quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Conselho da ONU entrega pedido palestino a comitê de revisão

O Conselho de Segurança da ONU concordou de forma unânime, nesta quarta-feira, 28, em entregar o pedido palestino para integrar a Organização das Nações Unidas a um comitê que o avaliará nas próximas semanas. A comissão permanente sobre a admissão de novos membros ao órgão mundial é composta por todos os 15 membros do conselho, que atualmente inclui o Brasil.

Normalmente, o período de revisão para uma candidatura de adesão é de no máximo 35 dias, mas diplomatas ocidentais disseram que esse limite pode ser aumentado e pode levar muito mais tempo para os palestinos.

O chefe da delegação palestina nas Nações Unidas, Riyad Mansour, recebeu bem a decisão.

"Estamos gratos ao Conselho de Segurança por agir de forma decisiva e clara sobre nosso requerimento", disse. "O processo está seguindo adiante passo a passo, e esperamos que o Conselho de Segurança assuma sua responsabilidade e aprove nosso requerimento."

Ele reiterou que os palestinos esperavam que o processo não demorasse muito. O presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse que quer a revisão concluída dentro de semanas.

O comitê permanente fará sua primeira reunião na sexta-feira.

Os Estados Unidos prometeram vetar o requerimento palestino, que precisa da aprovação do conselho a fim de passar para a Assembleia Geral da ONU para confirmação. Até agora, dizem os diplomatas ocidentais, os palestinos têm apenas seis votos garantidos para o seu lado.

Resoluções do Conselho de Segurança precisam de nove votos a favor e nenhum voto contra dos cinco membros permanentes a fim de serem aprovadas.

Marcello da Silva Batista

Aposentadorias e pensões para vítimas de enchentes em SC serão antecipadas

A partir de 13 de outubro, segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de dez municípios de Santa Catarina que decretaram estado de calamidade pública por causa das enchentes poderão pedir o adiantamento da aposentadoria ou pensão. O Ministério da Previdência Social publicou nesta quarta-feira, 28, no Diário Oficial da União, a portaria que autoriza a antecipação.

O segurado deve ir ao banco onde recebe o pagamento e assinar um termo para pedir o adiantamento. A medida não vale para os segurados que recebem auxílio-doença, salário-maternidade e auxílio-reclusão. Os interessados podem obter mais informações pelo telefone 135.

O valor antecipado será o mesmo que o segurado recebe mensalmente. O beneficiário poderá pagar o adiantamento em até 36 parcelas mensais, que serão descontadas na folha de pagamento a partir de março de 2012. De acordo com a Previdência Social, não serão cobrados juros.

A portaria vale para os seguintes municípios catarinenses: Agronômica, Aurora, Brusque, Ituporanga, Laurentino, Lontras, Presidente Getúlio, Rio do Oeste, Rio do Sul e Taió. O ministério também autorizou a antecipação para os segurados de Antonina, no Paraná, e Eldorado, em São Paulo.

O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, disse ontem (27), após reunião no Palácio do Planalto, que o governo federal deverá liberar ainda o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para a população atingida por fortes chuvas no início do mês. Colombo se reuniu com as ministras da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra.

Fonte: Estadão

Marcello da Silva Batista

Argentina volta a barrar calçados brasileiros

Pelo menos 3,3 milhões de pares de calçados, no valor de US$ 33,8 milhões, estão retidos no Brasil à espera da emissão das licenças não automáticas de importação pelo governo da Argentina. O levantamento foi feito pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e indica que o prazo máximo de 60 dias previsto para esse tipo de operação admitido pela Organização Mundial do Comércio não está sendo respeitado. Há casos em que a espera, pelas empresas brasileiras, passa de 200 dias.

A retenção das cargas nas próprias fábricas ou em depósitos na fronteira pode causar prejuízos às empresas brasileiras e aos lojistas argentinos que fizeram as encomendas. Eles temem perder parte das vendas da coleção primavera-verão e também do Dia das Madres, comemorado em 17 de outubro naquele país.

Não é a primeira vez que isso ocorre neste ano. Em março, a demora da liberação também provocou a retenção de 1,8 milhão de pares de calçados no Brasil, que respondeu atrasando licenças para a entrada de carros produzidos na Argentina. Os dois governos conversaram e combinaram acelerar a emissão das licenças.

Os produtores de calçados reclamam dos novos entraves ao fluxo. Por acordo negociado em 2009, o Brasil limitou a exportação de calçados para a Argentina a 15 milhões de pares por ano. Mas não atingiu o limite em 2010, quando vendeu 14,1 milhões de pares, e dificilmente chegará ao teto em 2011. De janeiro a agosto deste ano o volume embarcado para aquele país não passou de 6,68 milhões de pares.

Fonte: Estadao

Marcello da Silva Batista

Renda de trabalhadores sem carteira assinada supera a dos formais

Pela primeira vez em 19 anos, a renda de trabalhadores sem carteira assinada e de autônomos superou a dos formais. O dado está na Pesquisa de Emprego e Desemprego no Distrito Federal (PED-DF), realizada pela Companhia de Desenvolvimento do DF (Codeplan) e Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O levantamento, divulgado ontem, mostrou que em julho de 2011 o rendimento médio real dos assalariados com carteira foi de R$ 1.197. Já os assalariados informais e os autônomos ganharam, respectivamente, R$ 1.222 e R$ 1.314. O fenômeno é inédito em toda a série histórica da PED, que teve início em 1992.

Outra surpresa na pesquisa foi o recuo dos postos de trabalho formais e o avanço dos informais entre julho e agosto deste ano, na contramão do que vinha acontecendo nos últimos 12 meses. Na comparação mensal foram suprimidas 5 mil vagas com carteira (recuo de 1%) e criadas mil sem carteira (alta de 1,1%). Se tomada a variação frente a agosto do ano passado, foi constatado que o mercado do DF comportou-se de maneira oposta e mais de acordo com o movimento de formalização que impera em todo o país: criou 21 mil postos com carteira e suprimiu 11 mil sem carteira.

O economista Júlio Miragaya, diretor de Gestão de Informações da Codeplan, acredita que ainda é cedo para saber as causas exatas das alterações. “Pode ser conjuntural”, comenta. No entanto, ele levanta uma hipótese sobre a renda maior de quem está na informalidade face à do trabalhador formal. “Como está havendo formalização intensa, pode ser uma forma de o empregador compensar o fato de não assinar a carteira”, suspeita.

Daniel Biagioni, sociólogo e analista do Dieese afirma que, apesar da atipicidade de agosto no que diz respeito à criação e à supressão de postos informais e formais, os trabalhadores com carteira continuam sendo maioria. “Atualmente, no DF, existem 521 mil contratados sob o regime celetista e 96 mil pessoas trabalhando sem carteira.” A quantidade de autônomos, 160 mil, também é inferior à de funcionários formalizados.

Mais dinheiro
Para o autônomo Valdeni Basílio de Camargo, 41 anos, sair de um emprego com carteira e investir em um pequeno negócio de lavagem de carros, montado em uma quadra do Sudoeste, representou uma elevação da renda. Há um ano, ele trabalhava com carteira assinada como auxiliar de manutenção e limpeza de um prédio. Ganhava R$ 700. Acabou tendo que deixar a função porque a empresa, terceirizada, foi substituída. Então, teve a ideia de alugar de um conhecido uma perua com apetrechos para lavar veículos e trabalhar por conta própria. O ganho mensal varia, mas, de acordo com ele, costuma ser superior a R$ 1 mil.

“Além de ser melhor do que trabalhar para os outros, consigo tirar mais. Estou pagando INSS (a contribuição com o Instituto Nacional do Seguro Social) por fora. Para mim, é a mesma coisa que ser fichado. É daqui que tiro dinheiro para pagar meu aluguel e a pensão dos meus filhos”, conta o morador de Planaltina.

O economista Carlos Alberto Ramos, professor da Universidade de Brasília, afirma que em um cenário de economia aquecida é comum a elevação da demanda por trabalho informal. É aberto espaço, por exemplo, para a oferta de serviços. Ele destaca ainda que as sucessivas altas do mínimo — que, de 2003 a 2011, subiu de R$ 240 para R$ 545, ou seja, 127% — podem ter contribuído de forma direta para a elevação de renda dos informais e autônomos detectada pela Codeplan e Dieese. O motivo é que o menor salário da economia funciona como uma espécie de indexador não oficial para esses trabalhadores. “Eles reajustam o preço de seus produtos e serviços quando o salário mínimo aumenta.”

A PED-DF revelou que em agosto último a taxa de desemprego ficou em 12,3%, quase estável frente aos 12,4% registrados para julho. Os segmentos que criaram vagas no período foram indústria (4 mil postos), construção civil (2 mil) e administração pública (2 mil). No comércio houve retração, com 2 mil vagas a menos.


Estudo
A PED é realizada no DF e em mais seis regiões metropolitanas: Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo. O Dieese também calcula a média nacional da taxa de desemprego. Em agosto, ela ficou em 10,9%, tendo recuado 0,1 ponto percentual frente a julho. Salvador teve a maior taxa, de 15,6%, e Belo Horizonte a menor, 7,6%.


Conferência trata do emprego decente
A Secretaria de Trabalho do DF, centrais sindicais e representantes do setor privado estão participando da I Conferência Distrital de Emprego e Trabalho Decente. O evento, que começou ontem e termina hoje, tem como principal objetivo debater igualdade de oportunidades e tratamento para todos, em especial para os grupos mais fragilizados dentro do mercado de trabalho, como negros e mulheres. A conferência será encerrada com a redação de um documento, que vai servir de base para as discussões da Conferência Nacional de Emprego e Trabalho Decente marcada para 2012.


Fonte: Correio Braziliense

Marcello da Silva Batista

Brasília tem previsão de céu claro; temperatura deve chegar aos 30 °C

A secura e o calor voltam a incomodar os brasilienses nesta quinta-feira (29/9). A previsão para esta quinta-feira (29/9) é de céu claro e névoa seca. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os termômetros devem registrar a máxima de 30 °C, nas horas mais quentes do dia. A temperatura mínima, registrada durante a madrugada, foi de 16 °C. Não há previsão de chuva para hoje.

E quem gosta do tempo chuvoso vai ter que esperar mais uns dias para ver a chuva cair, como explica o meteorologista Hamilton Carvalho. “A chuva só deve voltar na semana que vem, quando chega uma nova massa de ar frio no Distrito Federal”. Ele explica ainda que em outubro a chuva deve ficar mais constante.

Brasil leve o Título

A torcida paraense abraçou a Seleção Brasileira e a resposta veio com muita ousadia e alegria, o lema que Neymar repete diariamente no Twitter e carrega na chuteira. Ao melhor estilo brasileiro, o time de Mano Menezes venceu a Argentina por 2 a 0 na noite desta quarta-feira, no Mangueirão, em Belém, e ficou com o título da estreia do Superclássico das Américas – na ida, em Córdoba, empate por 0 a 0. A primeira conquista da era Mano teve assinatura de Lucas e Neymar, duas das principais promessas do país para a Copa do Mundo de 2014.

É verdade que o time da Argentina não estava com suas principais estrelas. Mas Argentina é sempre Argentina, né Mano? Portanto, dá para dizer que a Seleção acabou com o jejum diante de adversários de peso, depois de derrotas para os hermanos, para a França e para Alemanha. Além disso, muito embora o Superclássico das Américas não seja um torneio tão importante, essa conquista ajuda a minimizar um pouco o fracasso na Copa América.

O que chamou a atenção nesta quarta-feira, além do apoio incondicional da torcida paraense, foi a desinibição de jogadores como Cortês e Lucas, dois dos melhores em campo. Além, é claro, da ousadia e alegria de Neymar, que infernizou os argentinos, e da experiência de Ronaldinho Gaúcho, que com toques precisos e dribles desconcertantes mostrou que está se achando novamente na Seleção. Ao final, gritos de “olé” e de “é campeão” dos paraenses, um show à parte na torcida.

A Seleção Brasileira volta a jogar no próximo dia 7 de outubro, contra a Costa Rica, em San José. Pouco tempo depois, no dia 11, o desafio é contra o México, em Torreon. Para esses dois amistosos, o técnico Mano Menezes voltou a convocar jogadores que atuam na Europa. E também alguns que jogam no Brasil.

Ousadia e alegria

Antes de a bola rolar, um pouco de falta de educação e um show da torcida paraense. Se no momento do hino nacional argentino algumas pessoas vaiaram, em sinal de desrespeito, quando o sistema de som do Mangueirão encerrou o hino brasileiro antes da hora, a galera toda continuou cantando. Um lindo espetáculo.

Já com a bola rolando, os 45 minutos do duelo desta quarta-feira foram bem melhores do que os 90 em Córdoba, no empate por 0 a 0 da primeira partida. Xodó da torcida e alvo dos gritos histéricos das garotas, Neymar mostrou ousadia e alegria logo nos primeiros minutos, com dribles curtos no meio de campo.

Com a Argentina recuada e em busca do contra-ataque, a Seleção Brasileira procurou explorar a velocidade de Lucas, que aos 18 minutos foi acertado no nariz por Papa e teve de ser atendido para estancar sangramento. O meia, porém, só fez valer seu futebol na parte final do primeiro tempo.

Foi dos pés do são-paulino que saiu a melhor jogada de ataque do Brasil, aos 38 minutos. O garoto arrancou pelo meio, deixou os marcadores para trás e colocou Borges em boa condição. O atacante do Santos cruzou para Neymar, mas seu companheiro de clube não alcançou a bola. O lance, porém, foi bonito.

Antes disso, Neymar já havia dado mais uma demonstração de alegria e ousadia. O garoto partiu para o ataque, deu um drible da vaca e tentou cruzar. Sem sucesso.

Fora isso, a Argentina arriscou em poucas bolas alçadas na área. E Ronaldinho Gaúcho, que algumas vezes colocou a mão na virilha, dando sinais de incômodo, tentou em duas oportunidades marcar em cobranças de falta. Ambas passaram longe do gol de Orion. E o 0 a 0 permaneceu no placar.

Ousadia e alegria – Parte 2

A boa atuação da Seleção Brasileira no primeiro tempo continuou no segundo. E co Lucas sendo o destaque. Logo em seu primeiro lance, aos oito minutos, o meia do São Paulo abriu o placar. Ele recebeu ótimo passe de Danilo, ganhou de Sebá na velocidade e bateu na saída do goleiro Orion. Um belo gol!

Se o ânimo da torcida paraense já era grande, depois do gol aumentou ainda mais. Melhor para a Seleção Brasileira, que empurrada pela torcida ficou mais solta em campo. A cada toque de Neymar na bola, aliás, a arquibancada fervia e os gritos das meninas tomavam conta do estádio Mangueirão.

Aos 14 minutos, um lance curioso envolvendo Neymar e Guiñazu, do Internacional. O argentino foi desarmar o santista com um carrinho e na hora que segurou na camisa do craque brasileiro arrancou um dos números 1 das costas do camisa 11. O atacante, aliás, teve de trocar de uniforme.

Com a vantagem e a torcida empolgada, o ambiente ficou favorável para os jovens, como queria Mano Menezes. A ousadia e alegria de Neymar, que deu chute no ar e infernizou os argentinos, contagiou também Bruno Cortês, que fez a festa pelo lado esquerdo do ataque. Só não deu mais para Lucas, substituído e aplaudido aos 24.

Mas quem disse que não tinha espaço para os veteranos brincarem? Ronaldinho Gaúcho também se empolgou e adotou a ousadia e alegria. Diante desse cenário, o segundo gol era questão de tempo. E aos 30 minutos, Cortês fez ótima jogada e tocou para Diego Souza, que cruzou para Neymar coroar sua atuação: 2 a 0.

Enfim, a Seleção Brasileira voltou a mostrar sua essência e a convencer, mesmo que contra uma Argentina cambaleante. De um jeito ou de outro, esse é o primeiro título do Brasil na era Mano Menezes e no projeto Copa 2014. Que venham mais!

Fonte: G1

Marcello da Silva Batista

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Será o maior corte de gastos da história', diz Obama sobre plano

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta segunda-feira (19), em pronunciamento na Casa Branca, que a proposta para reforma das contas do governo que será enviada ao Congresso será “o maior corte de gastos da história”.

"No longo prazo, nossa prosperidade depende de pagar a dívida que acumulamos ao longo da última década. Nessa década, gastos do governo, cortes de impostos para milionários, duas guerras, nos deixaram com grandes dívidas. Se não fizermos nada, isso vai acabar nos ombros de nossos filhos", afirmou Obama.

"Washington precisa viver com o que tem. Precisamos cortar o que podemos, para pagar o que realmente interessa, investir no que promove empregos".

O plano prevê a redução do déficit dos EUA em US$ 4 trilhões ao longo dos próximos dez anos, valor que inclui o corte de gastos de US$ 1 trilhão aprovado no mês passado.

O presidente defendeu a reforma de todo o sistema tributário do país, com a eliminação de brechas para torná-lo "mais justo": "nosso sistema tributário não deve dar vantagens a quem tem mais lobby", afirmou.

"Estou propondo sérios cortes em gastos. Será o maior corte de gastos da história. Mas tem que ser balanceado. É por isso que esse plano elimina brechas para grandes empresas, que pequenas empresas e a classe média não têm", afirmou.Mas será preciso elevar a arrecadação para fazer a conta fechar. As classes médias não devem pagar mais impostos que milionários e bilionários. O secretário do (bilionário norte-americano) Warren Buffett não deve pagar uma taxa de impostos mais alta que o Warren Buffett", disse ele, defendendo que os mais ricos e as empresas mais ricas "paguem o sua justa parte" na reforma do orçamento.

"O plano requer que os americanos mais ricos voltem a pagar os mesmos impostos que pagavam nos anos 90, antes dos cortes de impostos do [ex-presidente George] Bush".

Obama apresenta seu plano para reduzir o déficit nas contas públicas do país, que deve ser levado ao supercomitê do Congresso encarregado de definir como o país vai alcançar a economia necessária para cumprir o plano aprovado em agosto, que permitiu elevar o teto da dívida pública e evitar um “calote”.

A proposta de orçamento enviada ao Congresso também pretende tornar viável o plano de US$ 447 bilhões para criação de empregos apresentado pelo presidente no início do mês, que prevê redução de impostos sobre a folha de pagamentos para empresas que contratarem e a criação de vagas recontratando professores, veteranos de guerra, reformando escolas e infraestrutura de transporte.

Redução do déficit em US$ 4 trilhões em dez anos
A proposta apresentada por Obama prevê a redução do déficit em mais US$ 3 trilhões ao longo da próxima década – além do US$ 1 trilhão contido no plano aprovado em agosto, e que permitiu a elevação do teto da dívida pública do país.

De acordo com o presidente, a proposta inclui quase US$ 580 bilhões em cortes e reformas em programas sociais, dos quais US$ 320 bilhões serão referentes a programas federais de saúde, como Medicare e Medicaid. A economia com a redução dos esforços de guerra no Afeganistão e no Iraque deve gerar outro US$ 1 trilhão.

Já a reforma no sistema tributário – com a eliminação de brechas, o fim dos benefícios fiscais concedidos entre 2001 e 2003, e a elevação de impostos para os mais ricos – deve elevar em mais US$ 1,5 trilhão a arrecadação do governo.

Imposto Buffett
O imposto para os milionários foi apelidado de "imposto Buffett" depois de ter sido defendido pelo bilionário investidor Warren Buffett, que afirmou que a medida não afetará os investimentos nem os empregos..

"Enquanto os pobres e a classe média combatem por nós no Afeganistão e enquanto muitos americanos lutam para chegar ao fim do mês, nós, os mega-ricos, continuamos nos beneficiando com isenções fiscais extraordinárias", afirmou ele.

Buffet explicou que os impostos que pagou ao Estado federal representaram 17,4% de seus ganhos no ano passado, enquanto o das 20 pessoas que trabalham em seu escritório oscilou entre 33 e 41%.

A taxa de impostos dos ricos era muito mais elevada nos anos 1980 e 1990 e, no entanto, foram criados quase 40 milhões de empregos entre 1980 e 2000, recordou Buffett. "Vocês sabem o que aconteceu depois: impostos mais baixos e muito menos empregos criados". "As pessoas investem para ganhar dinheiro e uma potencial taxação jamais as fez fugir" completou.

Supercomitê de orçamento
Em agosto, o Congresso dos EUA aprovou um acordo para elevar o limite da dívida do governo federal do país e evitar um default (calote). A elevação do teto da dívida permitiu ao país pegar novos empréstimos e cumprir com pagamentos obrigatórios. Em maio, a dívida pública do país chegou a US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 22,2 trilhões), que é o valor máximo estabelecido por lei. Nos EUA, a responsabilidade de fixar o teto da dívida federal é do Congresso.

Parte do plano aprovado prevê a formação de um comitê formado por republicanos e democratas no Congresso para definir, até 23 de novembro, uma “segunda rodada” de cortes, entre US$ 1,2 trilhão e US$ 1,5 trilhão, que devem ser votados até 23 de dezembro.

O tamanho do corte aprovado será equivalente à elevação no teto da dívida que será então permitida. Se o corte aprovado for menor que US$ 1,2 trilhão, ou se o Congresso não chegar a um acordo, o teto da dívida será elevado em US$ 1,2 trilhão.

Marcello da Silva Batista

Dilma defende quebra de patentes de medicamentos em discurso na ONU

A presidente Dilma Rousseff defendeu a quebra de patente de alguns medicamentos em seu discurso na abertura da Reunião de Alto Nível sobre Doenças Crônicas, na sede da ONU, em Nova York, nesta segunda-feira, 19. A presidente voltou a afirmar que é favorável à quebra nos casos de remédios para tratamento de algumas doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes e hipertensão, e acesso gratuito a medicamentos para população de baixa renda para tratar essas doenças.

Em seu discurso, Dilma afirmou que 72% das causas não violentas de óbito entre pessoas com menos de 70 anos são com pessoas com essas doenças e aproveitou para destacar programas brasileiros. “A defesa ao acesso dos medicamentos e prevenção devem andar juntos”, ressaltou.

Dilma está em Nova York para participar Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Na quarta-feira, 21, a presidente fará o discurso de abertura da assembleia, no qual defenderá o reconhecimento do Estado palestino. É a primeira vez que uma mulher abre uma sessão da ONU.

Marcello da Batista

Cidade de Deus ganha moeda própria

A Cidade de Deus, favela da zona oeste do Rio, ganhou nesta quinta-feira, 15, sua moeda própria, que homenageia em suas cédulas moradores ilustres da comunidade. Com valor equivalente ao real, a CDD será válida apenas dentro do bairro e dará direito a descontos de até 10% para os consumidores que a utilizarem.

O projeto foi desenvolvido pela prefeitura do Rio e pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico Solidário do município. O objetivo é estimular o comércio local, evitando que os moradores deixem a comunidade para fazer compras em regiões vizinhas.

"Se não há consumo interno na comunidade, a riqueza local escoa para outras áreas", avaliou o secretário de Desenvolvimento Econômico Solidário, Marcelo Henrique da Costa.

Cerca de cem comerciantes já se cadastraram para receber a CDD - entre eles um vendedor de cocada, que fez a primeira venda com o uso da moeda. O projeto será operado pelo Banco Comunitário Cidade de Deus, que também dará acesso a linhas de crédito em reais para os pequenos empresários e empréstimos em CDD para os consumidores.

A nota de menos valor, de 50 centavos, traz a imagem da Casa do Barão, imóvel erguido no período colonial naquela região. Nas cédulas de 1, 2, 5 e 10 CDDs, estão os rostos de moradores ilustres.

Dona Geralda Maria de Jesus, de 82 anos, aparece na nota de 1 CDD. Moradora da Cidade de Deus desde 1965, ela criou um grupo que distribui leite e pão com manteiga para gestantes e crianças carentes da comunidade.

O projeto da moeda social da comunidade foi inspirado nos modelos do bairro Conjunto Palmeiras, em Fortaleza, onde circula a palma, e do município fluminense de Silva Jardim, que adotou o capivari.

Marcello da Silva Batista

Internação por cirrose alcoólica cresce 50% no estado de São Paulo

As internações por cirrose hepática causada pela ingestão de bebidas alcoólicas aumentaram quase 50% nos últimos cinco anos nos hospitais do estado de São Paulo. Em 2007, foram internadas cerca de 2,1 mil pessoas com o problema e a estimativa para este ano é de mais de 3 mil pacientes. Os dados são do Serviço de Hepatologia do Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo.

De acordo com o coordenador do serviço, o médico Carlos Baía, o levantamento indica que as pessoas passaram a ingerir mais bebidas alcoólicas. "A quantidade de álcool para provocar uma cirrose varia caso a caso. Geralmente são quantidades que as pessoas podem achar pequenas, como quatro ou cinco doses de bebidas destiladas por dia, se for consumido diariamente por dez anos".

O álcool inflama e destrói gradualmente as células do fígado que, ao longo do tempo, passa a ficar tomado por pequenas cicatrizes, e tem seu funcionamento prejudicado. Estima-se que em torno de 15% dos alcoólatras cheguem a esta etapa em um período entre dez e 15 anos de dependência.

"Uma das características do álcool é induzir tolerância e a pessoa precisa de uma quantidade cada vez maior para sentir o mesmo efeito de relaxamento inicial", destaca o médico.

As complicações decorrentes da doença podem ocorrer lentamente e desencadear o acúmulo de água na barriga, inchaço nas pernas, confusão mental, e até o desenvolvimento de câncer no fígado e hemorragias digestivas.

Baía ressalta que o transplante de fígado só é indicado em casos muito graves, quando o paciente já está com as funções vitais do órgão totalmente comprometidas. Segundo o Hospital de Transplantes, os dependentes de álcool correspondem a cerca de 15% das pessoas que estão na lista de espera.

"A porcentagem é baixa porque existem mecanismos para restringir a entrada dessas pessoas na lista. Não se faz transplante em uma pessoa que tem alto risco de voltar a beber", diz o médico. Para poder entrar na lista de espera do transplante, a pessoa tem de estar a pelo menos seis meses sem consumir bebida alcoólica.

Hepatites virais, principalmente a do tipo C, também desencadeiam a cirrose hepática. O médico orienta as pessoas a realizar o teste laboratorial com exame de sangue. "Prevenção é sempre a melhor escolha. A hepatite C, por exemplo, é uma doença silenciosa e o combate fica mais fácil se o diagnóstico for precoce", explica o hepatologista.

Terremotos matam três e deixam várias pessoas soterradas na Guatemala

Três pessoas morreram na cidade de Cuilapa, Guatemala, após três terremotos atingirem nesta segunda-feira (19/9) o sul do país, segundo socorristas. "Temos três mortos e vários soterrados, mas teremos que confirmar isso quando chegarem as unidades especiais de resgate", disse o porta-voz dos Bombeiros Voluntários William de León.

Segundo o Instituto de Sismologia, Vulcanologia, Meteorologia e Hidrologia (Insivumeh), os terremotos mediram entre 4,8 e 5,3 graus na escala Richter, e seu epicentro foi localizado no departamento de Santa Rosa, a 130km da capital.

O porta-voz dos bombeiros anunciou o envio de cães farejadores, uma vez que casas foram soterradas e trechos de estradas, bloqueados. Na capital, centenas de pessoas foram retiradas de prédios públicos, no centro histórico e na chamada zona 10, onde fica o complexo hoteleiro e financeiro mais importante do país.

Um comunicado da Coordenadoria para a Redução de Desastres (Conred) informa que os tremores tiveram origem na falha de Jalpatagua, que se estende até El Salvador, e em falhas menores associadas ao sistema.

Marcello da Silva Batista

Número de celulares habilitados cresce 10% ao ano e já chega a 224 milhões

Nos primeiros oito meses do ano, foram registradas 21 milhões de novas linhas de celulares habilitadas no país, o que representa um crescimento de 10,39% no ano. O total de acessos à telefonia celular chegou a 224 milhões em agosto e o país já tem 114,88 linhas para cada 100 habitantes. Os números foram divulgados hoje (19) pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Em agosto, foram cerca de 3,7 milhões de novas habilitações, com crescimento de 1,67% em relação a julho. Do total de acessos em operação no país, a maioria (81,75%) é pré-pago e 18,25%, pós-pago.

Em 19 unidades da Federação já há mais de uma linha de celular habilitada por habitante: Distrito Federal, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Goiás, Rio Grande do Sul, Rondônia, Mato Grosso, Santa Catarina, Pernambuco, Paraná, Espírito Santo, Amapá, Rio Grande do Norte, Tocantins, Sergipe, Minas Gerais, Amazonas e Acre.

A empresa Vivo continua com a maior participação no mercado, com 29,54%. Depois, aparecem a TIM, com 25,99%, a Claro, com 25,36%, e a Oi, com 18,78%. A CTBC tem 0,3% de participação e a Sercomtel, 0,03%.

Fonte: Correio Braziliense

Marcello da Silva Batista

Mamadeiras com bisfenol devem ser banidas do mercado até 31 de dezembro

A partir desta segunda-feira (19/9), empresas têm três meses para deixar de usar a substância bisfenol A (BPA) na fabricação de mamadeiras plásticas. O Diário Oficial da União traz na edição de hoje a resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com a proibição de uso.

A Vigilância Sanitária determinou que as mamadeiras plásticas com BPA nacionais ou importadas somente poderão ser vendidas até o dia 31 de dezembro. A partir de 2012, as empresas e os estabelecimentos comerciais também serão responsáveis por retirar das prateleiras e esqoques os produtos não vendidos. Quem descumprir a norma pagará multa de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão e poderá ter o estabelecimento interditado.

O bisfenol A é usado na fabricação da maioria dos produtos plásticos, como potes, escovas de dente, copos, cadeiras e no revestimento interno de latas. Quando o plástico é aquecido ou congelado, moléculas do bisfenol podem se desprender e contaminar os alimentos. Não há estudos conclusivos sobre a possibilidade de a substância causar doenças em seres humanos.

No entanto, especialistas alegam que a exposição ao bisfenol pode provocar deficiências físicas e câncer. Diante das suspeitas, a Anvisa decidiu, por precaução, proibir o bisfenol nas mamadeiras para proteger a saúde dos bebês. Canadá e grande parte dos países europeus já baniram o bisfenol.

O presidente da Associação Brasileira de Produtos Infantis (Abrapur), Synésio da Costa, diz ser favorável a decisão da Anvisa. Porém, reclama que o prazo estabelecido para retirada das mamadeiras do mercado é curto. Segundo ele, a indústria já não fabrica mamadeiras com bisfenol desde 2010. A opção é pelo polipropileno, que não tem a substância proibida na composição.

Marcello da Silva Batista