segunda-feira, 2 de maio de 2011

Mundo está mais seguro com morte de Bin Laden, diz Obama

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta segunda-feira (2) que o mundo está mais seguro após a morte do líder da al-Qaeda, Osama bin Laden, em um ataque de forças norte-americanas no Paquistão.

"Podemos todos concordar que é um dia bom para os Estados Unidos. Nosso país manteve o compromisso de buscar a justiça, que foi feita. O mundo é um lugar melhor e mais seguro por causa da morte de Osama Bin Laden", disse o presidente durante cerimônia de entrega de medalhas de honra a veteranos da Guerra da Coreia.

Obama aproveitou a ocasião para prestar uma homenagem às Forças Armadas americanas. "Como nação, não há nada que não possamos fazer, quando trabalhamos juntos. Com esse espírito de patriotismo nós vimos todas as mutidões que se reuniram no país interiro, segurando bandeiras, cantando o hino, pessoas orgulhosas de viver nos Estados Unidos", disse o presidente que já lançou sua pré-candidatura à Presidência em 2012.

"Preciso dizer que como comandante em chefe não poderia estar mais orgulhoso de nossas mulheres e homens em uniformes", continou o presidente, que agradeceu diretamente ao secretário de Defesa, Robert Gates, "um dos melhores secretários de Defesa de nossa história".
A morte de Bin Laden foi anunciada pelo próprio Obama em pronunciamento na TV na madrugada desta segunda-feira (2). Osama bin Laden, líder da rede terrorista da al-Qaeda, foi o responsável pelos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos EUA, que mataram cerca de 3.000 pessoas.

De acordo com Obama, a morte foi consequência de uma ação de inteligência do Exército norte-americano em parceria com o governo do Paquistão, que localizou o terrorista -que tinha entre 53 e 54 anos- durante a semana passada.

O diretor da CIA, Leon Panetta, disse que a rede terrorista da al-Qaeda deve "quase certamente" tentar vingar a morte de Bin Laden.

"Apesar de Bin Laden estar morto, a al-Qaeda não está", disse o diretor da principal agência de espionagem dos EUA. "Os terroristas quase certamente vão tentar vingá-lo, e nos devemos -e vamos- permanecer vigilantes e resolutos."

A secretária de Estado Hillary Clinton disse que os EUA vão continuar combatendo o Talibã no Afeganistão, após o assassinato do terrorista Osama bin Laden por tropas americanas no Paquistão.

Fonte: G1-GLOBO

Marcello da Silva Batista

Conselho da ONU classifica morte de Bin Laden como "avanço crucial"

O Conselho de Segurança das Nações Unidas recebeu com satisfação a notícia da morte do líder da Al Qaeda, Osama bin Laden. Em declaração conjunta, os membros do Conselho foram unânimes em classificar o ato como um "avanço crucial". O Conselho de Segurança das Nações Unidas recebeu com satisfação a notícia da morte do líder da Al Qaeda, Osama bin Laden. Em declaração conjunta, os membros do Conselho foram unânimes em classificar o ato como um "avanço crucial".

Os membros do Conselho acreditam que os países devem atuar em condições que favoreçam a propagação do terrorismo para "prevenir, neutralizar, reduzir e isolar as ameaças". Pediram, no entanto, que todas as medidas respeitem as obrigações dos países em relação ao direito internacional e os direitos humanos.

"Não se poderá vencer o terrorismo apenas mediante a força militar, medidas judiciais ou operações de inteligência, mas mediante uma aproximação contínua e exaustiva que contemple a participação ativa dos Estados, das organizações internacionais e regionais e da sociedade civil", indicou a declaração.

O anúncio do Conselho segue os pronunciamentos do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e do presidente da Assembleia Geral, Joseph Deiss, sobre o assunto.

"A morte de Osama bin Laden anunciada pelo presidente (Barack) Obama é um marco na luta contra o terrorismo", afirmou Ban, acrescentando que "a ONU seguirá adiante nesse trabalho e vai continuar liderando a campanha (contra o terrorismo) junto dos líderes mundiais".

Na mesma linha, declarou Deiss, reiterando o compromisso do organismo internacional na luta antiterrorista, insistiu que "o terrorismo é inaceitável em todas as suas formas e manifestações".

O anúncio da morte de Osama Bin Laden -- apontado como responsável pelo ataque de 11 de setembro de 2001 em NY -- levou americanos às ruas em comemoração. Líderes de todo o mundo saudaram o fim do líder da rede Al Qaeda no que consideraram ser uma vitória contra o terrorismo.

O fato gerou, entretanto, um alerta geral em países e embaixadas pelo mundo diante da possibilidade de ataques em retaliação à morte de Bin Laden.

Militares americanos mataram Bin Laden em sua mansão, em Abbottabad, a cerca de 50 km da capital paquistanesa. A ação durou 40 minutos e contou com 20 homens, em três helicópteros.

O governo dos EUA confirmou nesta tarde que, seguindo tradições islâmicas, o corpo de Bin Laden foi lançado ao mar -- às 2h no horário de Washington (18h de domingo em Brasília), -- depois da confirmação de sua identidade.

Ele relatou que além dos testes de identidade, a esposa de Bin Laden o identificou pelo nome quando os militares estavam na residência. Segundo o assessor de segurança nacional do presidente americano, John Brennan, o líder a teria usado como escudo no momento da invasão americana.

Fonte: UOL

Marcello da Silva Batista

Prefeito de NY diz que espírito da cidade nunca esteve tão fortalecido

Horas depois do discurso do presidente Barack Obama anunciando a operação contra Osama bin Laden, a festa continuava em Nova York nesta segunda-feira, com milhares de pessoas celebrando a morte do homem que idealizou o maior ataque à cidade.

Em tom patriótico, as celebrações ocorreram principalmente na Times Square e no Marco Zero, onde multidões agitavam bandeiras americanas e gritavam slogan pró-Estados Unidos.

O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, também discursou no Marco Zero, onde homenageou as vítimas do 11 de Setembro.

"Osama Bin Laden está morto e o espírito de Nova York nunca esteve tão fortalecido. A construção que vocês veem aqui é uma maneira de repreender todos os que tentaram destruir nossas liberdades", disse Bloomberg.

"Nada vai nos devolver as pessoas amadas que perdemos, mas estamos reconstruindo das cinzas e das lágrimas um monumento ao espírito americano. Dez terríveis anos atrás, algo terrível ocorreu neste lugar. Hoje, vamos deixar os espíritos que estão à nossa volta vivenciarem paz e justiça."

TRIUNFALISMO E REFLEXÃO

De acordo com a correspondente da BBC Bárbara Plett, uma mulher começou a cantar o hino nacional no Marco Zero, emocionando os presentes.

"Estou em êxtase. Há uma energia muito boa aqui, porque o que prevalecera até então era algo negativo", disse um americano que se identificou como Eric, acrescentando que a notícia iria fortalecer a moral das tropas americanas.

"Fiquei feliz por ter sido nós que pegamos Bin Laden", disse outro americano, chamado Rick.

Outro homem disse que estava "muito feliz por todos os nossos soldados e suas famílias que se sacrificaram... nada disso foi em vão".

Em meio ao sentimento de triunfalismo, algumas pessoas no Marco Zero preferiram dedicar o momento para a reflexão e acenderam velas em memória às vítimas dos ataques às Torres Gêmeas.

Outros disseram estar apreensivos em relação aos desdobramentos que se seguirão à morte de Bin Laden.

Uma americana afirmou que a morte era um final simbólico de um período traumático, mas ela teme pela possível retaliação da Al Qaeda: "Estou celebrando agora, mas depois terei medo".

Em contrapartida, muitos disseram acreditar que a morte de Bin Laden não terá impacto nas guerras em que os Estados Unidos estão envolvidos atualmente.

Fonte: UOL

Casa Branca não sabe se publicará fotos de cadáver de Bin Laden

A Casa Branca estuda se deve publicar ou não as fotos do cadáver de Osama bin Laden. Em conferência com jornalistas, o assessor da presidência para combate ao terrorismo, John Brennan, indicou que muitas informações já se tornaram públicas em um curto espaço de tempo após o fato.

"Queremos compartilhar toda informação que podemos para que os EUA e o mundo possam entender o que aconteceu", afirmou. Ele disse, no entanto, que não quer colocar em risco o sucesso de operações futuras contra outros líderes terroristas.

Até o momento, os EUA não divulgaram nenhuma imagem do corpo de Bin Laden. Uma foto do líder foi difundida depois do anúncio de Barack Obama, mas a imagem não era verdade.

Brennan confirmou nesta tarde que, seguindo tradições islâmicas, o corpo de Bin Laden foi lançado ao mar -- às 2h no horário de Washington (18h de domingo em Brasília), -- depois da confirmação de sua identidade.

Segundo ele, a ação também buscou evitar que a tumba do líder se transformasse em um centro de peregrinação para extremistas, além das dificuldades em encontrar um país que aceitasse o corpo.

Ele relatou que além dos testes de identidade, a esposa de Bin Laden o identificou pelo nome quando os militares estavam na residência.

O líder foi morto com um tiro de um dos cerca de 20 militares da Marinha dos Estados Unidos que invadiram, em três helicópteros, sua mansão de alta segurança em Abbottabad, cidade a cerca de 50 km da capital paquistanesa.

A operação durou 40 minutos e, segundo as autoridades americanos deixou ainda um dos filhos de Bin Laden, uma mulher e dois homens mortos. Nenhum militar americano ficou ferido.

Fonte: Folha UOL

Marcello da Silva Batista

Diretor de Combate ao Crime Organizado assume PF paulista

O diretor de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Roberto Ciciliati Troncon Filho, irá assumir na próxima sexta-feira a superintendência da PF em São Paulo.

Ele irá ocupar a vaga de Leandro Daiello Coimbra, que assumiu a diretoria-geral da PF no começo do ano.

No ano passado, Trocon foi um dos cotados para a direção da PF, inclusive com apoio do então diretor Luiz Fernando Corrêa, que se aposentou no final do governo Lula.

Com carreira feita em São Paulo, Troncon estava na reunião que resultou no afastamento do delegado e agora deputado Protógenes Queiroz (PC do B-SP) do comando da Operação Satiagraha, em 2008.

Daiello Coimbra também fazia parte do grupo de Corrêa, de quem foi colega de turma.

Deputada Jaqueline Roriz tem acesso a inquérito da Polícia Federal

O ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou os advogados da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) a terem acesso ao inquérito da Polícia Federal que a acusa. O pedido foi atendido na última sexta-feira (29/4), mas somente hoje a defesa teve acesso à decisão. A deputada foi flagrada em um vídeo recebendo dinheiro do delator do mensalão do DEM, em Brasília, Durval Barbosa.

Segundo o advogado de Jaqueline Roriz, José Eduardo Alckmin, o pedido para ter acesso ao inquérito já havia sido feito à própria Polícia Federal, mas foi negado. “Estranhamos que isso tenha ocorrido e não vemos explicação para o que aconteceu. É uma coisa que o Supremo já assentou, de que quem está sendo investigado tem que ter acesso a provas que estão no inquérito”, disse Alckmin.

O advogado ainda afirmou que apenas agora tem conhecimento das provas contra a deputada. “Depois vamos entrar em contato com a Polícia Federal para que seja feito o depoimento, pois a deputada está interessada em resolver a questão o quanto antes”. Por ser parlamentar, Jaqueline Roriz tem a prerrogativa de agendar uma data para depor.

Na semana passada, a Polícia Federal pediu que o STF autorizasse a tomada de depoimento e também a renovação do inquérito por mais 90 dias. Recentemente, Barbosa autorizou que os autos do processo fossem compartilhados com a Câmara dos Deputados, onde corre um processo no Conselho de Ética contra a deputada.

Fonte: Correio Braziliense

Marcello da Silva Batista

Presidente do Equador tenta se legitimar em plebiscito no próximo sábado

O presidente do Equador, Rafael Correa, tentará legitimar-se em um referendo sobre emendas à justiça no próximo sábado (7/5), numa busca de contornar o fantasma da instabilidade política que ronda o país desde a rebelião policial que gerou a crise de 30 de setembro de 2010.

Correa, que já venceu cinco eleiçoes seguidas, desde que assumiu o poder em 2007, propôs o referendo dois meses depois do levante policial por reajustes salariais, que deixou dez pessoas mortas. Segundo o presidente, a revolta teria sido instigada por opositores para tentar derrubá-lo e até assassiná-lo.

A oposição nega essas denúncias e tem promovido o "Não" no referendo através de várias frentes, alegando que o presidente socialista busca controlar o poder judiciário e restringir direitos e liberdades ao impor limites aos bancos de investimento e aos meios de comunicação, assim como restrições à imprensa.

O referendo propõe dissolver temporariamente o Conselho Judiciário para que uma comissão com um delegado do governo reestruture o setor e limite a liberdade condicional dos presos. O governo defende a consulta, alegando que a justiça vive uma crise que incentiva a insegurança -que admite ser seu calcanhar de Aquiles- mas, ao mesmo tempo, reconhece que será um plebiscito sobre sua gestão, no qual espera receber um voto de confiança da população.

"Cerca de 24% das pessoas vão votar 'sim' porque é o que o governo sugere, e cerca de 12% vão optar pelo 'não' com o mesmo argumento. Uma parte da população vota em função da confiança, mas isso pesa em todos os lados", afirmou Correa na noite de domingo, sem informar a origem desses dados.

"Se tivemos quatro anos de boa gestão, as pessoas vão querer que essa política tenha sequência", acrescentou o presidente, que descartou negociar com a oposição de direita caso venha a sofrer um revés no referendo. "Se perdermos, esqueça, preferiremos ir pra casa (nos demitir) do que vacilar diante da 'partidocracia'", afirmou durante a campanha.

A gestão de Correa tem a aprovação de cerca de 65% dos equatorianos, diante de cerca de 32% de reprovação, segundo uma pesquisa da empresa Santiago Pérez, divulgada no último dia 16 de abril.

Apesar de a popularidade do presidente ter subido após a rebelião policial, o episódio significou uma ruptura forte no processo de acumulação de legitimidade com os triunfos sucessivos nas eleições anteriores", analisou Hernán Reyes, cientista político da Universidade Andina. Além disso, a insurreição criou incertezas em alguns setores e entre agentes econômicos e reavivou o temor de volta da instabilidade vivida pelo país entre 1996 e 2007, quando o país teve oito presidentes, dos quais três foram depostos, afirmou Reyes à AFP.

"Este chamado busca gerar um voto de confiança para o presidente e pode ser aproveitado para assegurar algumas linhas estratégicas ou ainda minar sua credibilidade", acrescentou. "Caso o presidente vença, ele recobrará a força política e a legitimidade, que foram golpeados em 30 de setembro", afirmou o diretor da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), Adrián Bonilla, observando ainda que "uma vitória ampla legitimará as políticas passadas e futuras de Correa".

Exames de DNA confirmam morte de Bin Laden

Uma análise de DNA permitiu confirmar com "praticamente 100% de certeza" a morte de Osama Bin Laden, cujo corpo foi lançado ao mar nesta segunda-feira, após cerimônia a bordo de um porta-aviões americano, conforme anunciado por funcionários americanos de alto escalão.O líder da Al-Qaeda foi baleado na cabeça no final de uma operação dos Navy Seals, as forças especiais da Marinha americana, em sua mansão, localizada no Paquistão.

Um de seus filhos, maior de idade, uma mulher e dois homens que trabalhavam como mensageiros também foram mortos na operação, durante a qual o comando americano "não fez prisoneiros", confirmou o funcionário do Departamento americano de Defesa, que preferiu manter o anonimato.

Os membros do comando conseguiram identificar "visualmente" Osama Bin Laden quando chegaram no local, declarou um alto responsável da inteligência americana, que também preferiu não divulgar o nome.

Durante o ataque, também foi ouvida a voz de uma mulher, supostamente uma das suas esposas, que o chamou pelo nome.

A comparação de fotos do corpo do líder da Al-Qaeda com outras imagens mais antigas dele por um especialista da CIA também "permitiu determinar com 95% de certeza que se tratava efetivamente do corpo do Osama Bin Laden", disse ele.

"Hoje pela manhã, a CIA, junto com outros especialistas, fez uma primeira análise de DNA que mostrou praticamente 100% de ligação entre o código genético do corpo e o de outros membros da família Bin Laden", explicou.

Durante o ataque, documentos, de natureza ainda não revelada, foram levados pelo comando junto com o corpo. Eles serão analisados por um grupo de agentes da CIA mobilizados para isso.

Em meio ao receio americano de que uma sepultura do chefe da Al-Qaeda possa se transformar num local de peregrinação, seu corpo foi lançado ao mar, disse mais cedo nesta segunda-feira à AFP outro funcionário dos Estados Unidos.

Uma cerimônia fúnebre tinha acontecido momentos antes na ponte do porta-aviões americano Carl-Vinson, que navegava ao largo das costas paquistanesas e no qual o corpo tinha sido levado, afirmou um alto responsável do Departamento de Defesa.

A cerimônia foi realizada nesta segunda às 02h10 (horário de Brasília) e terminou cinco minutos depois. "O procedimento tradicional das cerimônias funerárias islâmicas foi respeitado", declarou ele.

O corpo de Bin Laden foi lavado e colocado num lençol branco, com pesos. Um oficial leu um texto religioso, traduzido em árabe por um intérprete, ainda segundo este responsável.

Logo em seguida, o corpo foi colocado sobre uma prancha, que foi virada para que pudesse deslizar para o fundo do oceano.

No Cairo, o religioso da mesquita de Al-Azhar, a mais alta instância do Islã sunita, informou que a religião era contra a imersão de corpos no mar.

Um dos onze porta-aviões americanos se encontra permanentemente ao largo das costas do Paquistão para que seus aviões possam participar do conflito no Afeganistão.

Marcello da Silva Batista

Embraer termina 1o tri com lucro quase 4 vezes maior

A Embraer anunciou nesta segunda-feira que teve lucro líquido de 176,4 milhões de reais no primeiro trimestre, ganho quase quatro vezes maior em relação aos 49,4 milhões de reais obtidos um ano antes.

Já o lucro atribuído aos acionistas da companhia ficou em 174,3 milhões de reais no período, contra 44,1 milhões no mesmo intervalo de 2010.

A base de comparação foi impactada pelo efeito combinado de impostos e variação cambial. De janeiro a março deste ano, a companhia obteve um crédito fiscal de 4,2 milhões de reais. No mesmo período de 2010, a empresa tivera nessa coluna uma despesa de 88,1 milhões.

A terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo teve receita líquida de janeiro a março de 1,757 bilhão de reais, 1,5 por cento abaixo do faturamento do primeiro trimestre de 2010. A Embraer havia informado em abril que entregou no primeiro trimestre 28 aviões, numa queda sensível sobre as 41 aeronaves despachadas um ano antes.

Ainda assim, a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de 259,8 milhões de reais, teve um aumento de 24 por cento na comparação com o primeiro trimestre do ano anterior. A margem Ebitda no período passou de 11,8 para 14,8 por cento.

A companhia atribuiu esse resultado a um maior mix de produtos, tendo uma maior participação de serviços aeronáuticos: 15,4 por cento contra 11 por cento um ano antes.

"Normalmente, as margens de serviços aeronáuticos são maiores do que os outros negócios da Embraer, e especialmente neste último trimestre suas margens ultrapassaram a média face ao mix de receitas", afirmou a empresa no relatório.

O resultado trimestral da companhia veio com um aumento das despesas gerais, administrativas e comerciais, impulsionado sobretudo pela apreciação do real.

"A apreciação de 7,4 por cento entre a taxa de câmbio média do real em relação ao dólar (...) representou um desafio adicional na gestão das despesas operacionais", acrescentou a Embraer no documento.

As despesas administrativas saltaram de 63,3 milhões para 95,4 milhões de reais ano a ano, enquanto o item outras despesas líquidas disparou para 14 milhões de reais no primeiro trimestre, contra 400 mil reais no mesmo período em 2010.

A Embraer manteve a expectativa de encerrar 2011 com uma receita líquida de 5,6 bilhões de reais, conforme divulgado no final de março.

(Por Vivian Pereira; Edição de Aluísio Alves)

Dilma deve levar dias para retomar ritmo de trabalho

A presidente Dilma Rousseff deve levar alguns dias para retomar seu ritmo normal de trabalho. Acometida por uma pneumonia, Dilma foi orientada pelos seus médicos a limitar a agenda presidencial e manter o isolamento no fim de semana.

Segundo o pneumologista do Instituto do Coração (Incor) Rafael Stelmach, não existe relação entre a vacina contra a gripe que Dilma recebeu na semana passada e a infecção pulmonar. "A pneumonia é uma doença comum em época de mudança de clima", ressaltou o médico, que não faz parte da equipe que atendeu a presidente no Hospital Sírio-Libanês no fim de semana.

Na avaliação do especialista, Dilma não tinha contraindicações para ser vacinada, mesmo apresentando alguns sintomas de gripe desde sua viagem à China. Stelmach explicou que a vacina é feita com vírus mortos que causaram gripe no ano anterior e que provavelmente a presidente se contaminou com uma outra cepa. "A vacina não tem poder de causar a doença", disse Stelmach.

O médico explicou que algumas pessoas apresentam reações à vacina, como febre, resfriado e mal-estar. A imunidade à gripe só vem após duas semanas da aplicação da vacina. O objetivo da vacinação é imunizar grupos mais suscetíveis à doença, como idosos, evitando assim que o quadro se agrave e se transforme em pneumonia. "Dependendo da gravidade, a pneumonia leva à morte", afirmou.

'Tratam corpos como objetos', diz familiar de vítimas do voo 447

O resgate da primeira das duas caixas-pretas do Airbus A-330 da Air France, que fazia a rota Rio-Paris e caiu no oceano, em 31 de maio de 2009, deixando 228 mortos, mexeu com os sentimentos das famílias das vítimas. Quase dois anos após o acidente, familiares reclamam da falta de apoio e respeito por parte da companhia aérea e do governo francês, e cobram que a análise do equipamento seja feita por um "país neutro."

"Eles (França) respondem a processo. Não podem ser os responsáveis pela análise", defendeu a nutricionista Sylvie Mello, que perdeu o irmão e a cunhada em viagem de lua de mel a Paris. Segundo ela, o resgate da caixa-preta não traz conforto para as famílias. "Para nós, o que tinha que acontecer, já aconteceu. A localização da caixa pode significar algo só para o futuro, para evitar ocorrências deste tipo", disse.

Sylvie conta que a família recebeu com tristeza a informação da ministra francesa dos Transportes, Nathalie Kosciusko-Morizet, de que os corpos encontrados serão levados primeiro para a França, e não para o Brasil. "Minha família está toda em choque. Meu pai, minha mãe. Tenho familiares em depressão. Daí, com esta notícia, surgem várias perguntas: será que os corpos deles (irmão e cunhada) serão resgatados? Será que vão ser os dois, ou um só?"

A nutricionista critica a prioridade, nas buscas, ao resgate das caixas-pretas, e cobra uma preocupação maior com a procura dos restos mortais. "Eles tratam os corpos como meros objetos, como se fossem malas, e não vítimas", disse.

A fotógrafa brasileira Alexandra Salvador, que perdeu o noivo, o diplomata suíço Ronald Dreyer, disse que faz questão de não acompanhar as notícias a respeito dos desdobramentos da tragédia. Ainda assim, ficou sabendo do resgate da caixa. "Tomo conhecimento pelos amigos, que se preocupam, mas, sinceramente, estou muito desgastada com isso tudo. São dois anos", disse.

Decepcionada com o tratamento que tem recebido do governo francês e da Air France, Alexandra considera a localização do equipamento "mais uma ação de marketing, tudo parte de um 'circo' criado pelo BEA" (Escritório de Investigações e Análise para a Aviação Civil), órgão do governo francês. "Se puderem ser punidos, bem, mas já não acompanho tudo isso", disse.

Fonte: Estadão

Marcello da Silva Batista

Japão eleva ao máximo grau de seriedade de acidente nuclear

A Agência de Segurança Nuclear do Japão decidiu elevar o grau de seriedade do acidente nuclear na usina Daiichi, em Fukushima, de 5 para 7 - o maior nível na escala internacional -, de acordo com a rede de televisão NHK. As autoridades já haviam anunciado que estudavam a mudança.

Segundo a NHK, a decisão foi tomada pela Agência de Segurança Nuclear e Industrial do Japão. No nível sete, o acidente nuclear japonês torna-se tão grave quanto o desastre nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, considerado o pior acidente nuclear da história. Antes da nova classificação, ele era comparável ao acidente de Three Mile Island, que aconteceu nos EUA em 1979.

As autoridades da agência e da Comissão de Segurança Nuclear concederão uma entrevista coletiva na terça-feira para explicar a mudança no grau do acidente.

Os problemas na usina de Fukushima começaram logo após o terremoto e o tsunami subsequente de 11 de março. Os desastres provocaram problemas no sistema de refrigeração de alguns reatores, o que posteriormente gerou o vazamento de material radioativo na região. As informações são da Dow Jones.

Fonte: Estadão

Marcello da Silva Batista

Egípcio Ayman Al Zawahiri deve assumir lugar de Bin Laden

O egípcio Ayman Al Zawahiri, um cirurgião oftalmologista que ajudou a fundar o grupo militante Jihad Islâmica Egípcia, deve tomar o lugar de Osama Bin Laden como líder máximo da Al Qaeda.

Ele já era o ideólogo-chefe da organização, e alguns especialistas acreditavam que ele fosse o “cérebro operacional” por trás dos atentados de setembro de 2001.

Zawahiri era o número dois da organização, somente atrás de Bin Laden, na lista com 22 “terroristas mais procurados” anunciada pelo governo americano em 2001. Os Estados Unidos oferecem um prêmio de US$ 25 milhões por sua captura.

Zawahiri teria sido visto pela última vez na cidade de Khost, no Leste do Afeganistão, em outubro de 2001, e passou a viver escondido depois da invasão americana que derrubou o regime do Talibã.

Acreditava-se que ele estivesse escondido na região montanhosa perto da fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão, com a ajuda de líderes tribais locais simpáticos à sua causa.

Mas o assassinato de Bin Laden em Abbottabad, ao norte da capital paquistanesa, Islamabad, sugere que seu local de esconderijo pode ser outro.

Zawahiri já foi o mais proeminente porta-voz da Al Qaeda, aparecendo em 40 vídeos e gravações de áudio da organização desde 2003, a mais recente delas em abril deste ano.

A mulher e os filhos de Zawahiri teriam sido mortos em um ataque aéreo americano no fim de 2001.

Ele também foi indiciado pelos Estados Unidos por seu papel nos ataques a bomba a embaixadas americanas no Quênia e na Tanzânia em 1998, e foi condenado à morte à revelia no Egito por suas atividades com a Jihad Islâmica nos anos 1990.

Fonte: Correio Braziliense

Marcello da Silva Batista

Dilma deve lançar nesta semana programa de gestão de terras indígenas

A presidenta Dilma Rousseff deverá lançar nesta semana o Programa Nacional de Gestão Ambiental e Territorial de Terras Indígenas (PNGAT), que regulamenta ações nessas terras.

O programa começou a ser desenvolvido nos últimos dois anos de governo de Luiz Inácio Lula da Silva, mas não ficou pronto a tempo de virar decreto.

O lançamento coincide com a realização do Acampamento Terra Livre, que terá início amanhã (2) em frente ao Congresso Nacional, onde cerca de 500 lideranças indígenas pretendem permanecer até quinta-feira (5) para exigir garantias do governo de que poderão ficar em suas terras.

O programa já está na Casa Civil, que finaliza estudos de ordem jurídica para que a presidenta possa assinar nesta semana o decreto que cria o programa.

De acordo com o secretário nacional de Articulação Social da Secretaria-Geral da Presidência da República, Paulo Maldos, a criação do programa ocorreu com a participação direta dos índios.

“Nos últimos dois anos, o PNGAT foi uma parceria de igual para igual entre órgãos de governo e índios de todo o país”, disse ele.

Entre os órgãos governamentais envolvidos na criação do programa estão a Fundação Nacional do Índio (Funai), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), além de convidados dos ministérios da Defesa e da Justiça.

“Esse programa define como será o desenvolvimento dessas terras de acordo com as culturas indígenas. Isso foi definido pelos índios que vão estabelecer como será a gestão ambiental, a gestão do território, entre outras coisas”, explicou o secretário.

Para Maldos, ao contrário do que afirmou a subprocuradora-geral da República, Deborah Duprat, a questão indígena não está estagnada. Ele citou a disposição do governo de transformar a Comissão Nacional de Política Indigenista em conselho, com maior poder decisório sobre as políticas que deverão ser implementadas.

“É necessário avançar. Nós, do governo, reconhecemos isso, mas existem coisas importantes que estão sendo feitas”, acrescentou.

De acordo com Paulo Maldos, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, já deu a orientação para que se trabalhe com a bancada governista no Congresso para que o conselho seja criado.

“Com a transformação da comissão em conselho, os índios passarão a definir a política indigenista oficial, junto com representantes do Estado brasileiro. O ministro acatou o pedido dos índios e deu a orientação de se fazer todo o esforço na bancada do governo para aprovar o projeto que já está tramitando”, informou.

“Isso é uma vitória enorme dos índios. Eles terão uma força importante para participar de todas as políticas públicas, denunciar abusos e tudo o mais”, considerou Paulo Maldos.

O secretário informou ainda que o governo está atento à questão da criminalização de lideranças indígenas, mas não considera que seja uma ação generalizada pelo país. Uma área em que o governo tem consciência de que as criminalizações indevidas ocorrem é no sul da Bahia.

“Realmente, há problemas históricos na região do extremo sul da Bahia, envolvendo os índios Pataxós ou Tupinambás. É uma região que sofreu influência da elite do cacau, da ditadura militar e depois, das oligarquias. Houve distribuição de títulos em cima de terra indígena; fazendeiros e até juízes se apossaram das terras, formaram fazendas em cima de terra indígena. Os índios ficaram dispersos em todas aquelas cidades por terem sido expulsos das terras de forma violenta nos anos de 1960 e 1970. Já na década de 90, com as discussões sobre os 500 anos do descobrimento, eles começaram o processo de retomada. Há naquela região um problema realmente de um processo mal-arranjado. Os índios fazem o processo de retomada e os fazendeiros entram com as ações”, ponderou.

Segundo Paulo Maldos, no último dia 19 de abril, Dia do Índio, o ministro da Justiça pediu ao diretor-geral da Polícia Federal (PF), Leandro Daiello Coimbra, que as denúncias de abuso da Polícia Federal, principalmente na Bahia, se transformem em processos internos.

“O ministro da Justiça pediu que fosse encaminhada uma reunião de indígenas reclamantes com a Funai e com o diretor-geral da PF, para que tudo seja colocado na mesa e que esses processos sejam estancados. Ele quer que os abusos gerem processos na Polícia Federal para que haja um tratamento da situação”, garantiu o secretário.

Marcello da Silva Batista

Direção do Hospital Universitário de Brasília pede demissão coletiva

A diretoria do Hospital Universitário da Universidade de Brasília (HUB) entregou nesta segunda-feira (2/5) ao reitor José Geraldo Júnior um pedido de demissão coletiva em função da Medida Provisória (MP) 520, em tramitação na Câmara dos Deputados, que pretende criar a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). A medida propõe um novo modelo de gestão para os hospitais universitários, administrado pelo Ministério da Educação (MEC).

A carta dos médicos informa que a demissão é irrevogável e se dá em função da “evidente divergência de postura ideológica e prática” entre a administração superior da Universidade de Brasília (UnB) e os diretores do hospital em relação à MP.

Desde que a medida foi enviada ao Congresso Nacional, no último dia do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, os sindicatos da categoria se posicionaram contra a mudança. O texto do projeto fala em “apoiar a prestação de serviços médico-hospitalares, laboratoriais e de ensino e pesquisa nos hospitais universitários federais”.

De acordo com o MEC, a criação da Ebserh é uma tentativa de regularizar a situação dos hospitais universitários, cujas contas estão sendo questionadas pelos órgãos de fiscalização e controle. Hoje, boa parte dos funcionários dos hospitais é contratada por meio de fundações de apoio ou por outras modalidades de terceirização, consideradas ilegais. Essa função seria assumida pela Ebserh. Os sindicatos alegam que a MP oficializa a terceirização e a privatização dos serviços oferecidos pelos hospitais universitários.

A carta é assinada pelo diretor-geral do HUB, Gustavo Romero, pela diretora de Serviços Assistenciais, Elza Noronha, pela diretora de Ensino e Pesquisa, Maria Imaculada Junqueira e pela diretora executiva, Laene Gama. A Agência Brasil procurou os diretores do hospital, mas não conseguiu contato até a publicação desta reportagem.

Marcello da Silva Batista

Unicamp oferece empréstimo gratuito de bicicletas no campus

A Unicamp começa a disponibilizar nesta segunda-feira, 2 de maio, 10 bicicletas comunitárias aos alunos, funcionários e professores da universidade para circular dentro do campus por um período de 4 horas. O empréstimo é gratuito e para fazer uso é necessário realizar um cadastro no site e levar a identidade estudantil ou funcional da Unicamp no ponto de empréstimo, localizado na área central do campus, no Pavilhão do Ciclo Básico.

O lançamento do Mobic - Mobilidade Intracampus - nome dado ao projeto, foi feito na sexta-feira (29), no Ciclo Básico I, pelo pró-reitor de Graduação, Marcelo Knobel. "Vamos começar com poucas bicicletas para fazer um teste. Mas a segunda fase do projeto prevê um sistema automatizado e com vários pontos de empréstimo pelo campus", antecipou o pró-reitor.

O projeto tem a função de ser uma alternativa ao transporte automotivo no campus, afirmou Leandro Medrano, urbanista da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC) e coordenador do Serviço de Apoio ao Estudante (SAE).

"Nossa ideia, em uma segunda fase do projeto, é partir para o empréstimo de 300 bicicletas, com um sistema parecido aos já existentes em Paris, Bogotá, Barcelona, Madri e em outras cidades pelo mundo. O objetivo é incentivar outras formas de locomoção que não sejam o automóvel", explicou Medrano.

O projeto é fruto de uma parceria entre o SAE, através da Pró-reitoria de Graduação (PRG), e o Escritório Modelo de Arquitetura (MOD), da FEC.

Em março, produção nacional de petróleo superou 2 milhões de barris

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou hoje (2) que a produção de petróleo em março de 2011 nos campos nacionais foi de 2,082 milhões de barris por dia, o que representa aumento de 2,2% se comparada com o mesmo mês de 2010 e de 1 % em relação ao mês anterior.

A produção de gás natural foi de 61 milhões de metros cúbicos por dia, volume 3,3% superior ao mesmo mês do ano passado.

Entre os 20 maiores campos produtores de petróleo e gás natural, apenas dois são operados por empresas estrangeiras (Frade/Chevron e Ostra/Shell). Aproximadamente 92,9% da produção de petróleo e gás natural, foram provenientes de campos operados pela Petrobras.

Em torno de 91,2% da produção de petróleo e 73,3% da produção de gás natural do Brasil foram provenientes de campos marítimos. A plataforma P-54, localizada no Campo de Roncador, continuou a ser a de maior produção pelo segundo mês consecutivo extraindo 138 mil barris de petróleo e gás (petróleo equivalente) por dia.

Presidente Obama visitará marco zero de Nova York na quinta-feira

O presidente americano, Barack Obama, visitará o marco zero de Nova York, local que abrigava as torres gêmeas do World Trade Center, na quinta-feira, após o assassinato de Osama Bin Laden por forças americanas no Paquistão.

Um funcionário da Casa Branca, que pediu para não ser identificado, disse que o presidente se encontrará com familiares das vítimas dos ataques de 11 de setembro de 2001, mortas quando a Al-Qaeda lançou aviões sequestrados contra os famosos prédios da cidade.

Programa Espacial Brasileiro deve contar com "ajudinha" do setor privado

A inclusão do setor privado na execução do Programa Espacial Brasileiro está em análise pelo governo. Ainda na primeira quinzena do mês, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, encaminhará à Presidência da República documento com a avaliação do desempenho do Programa Nacional de Atividades Espaciais (Pnae) e os desafios para os próximos anos.

A afirmação é do presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Marco Antonio Raupp, que esteve hoje (2) na Reunião Magna de 2011 da Academia Brasileira de Ciências (ABC).

As decisões relativas ao Pnae deverão ser tomadas ainda neste semestre, segundo Raupp, visando à sua inclusão no Plano Plurianual (PPA). A avaliação da participação industrial será feita pela AEB e pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) na próxima sexta-feira (6). A última atualização do Pnae foi feita em 2004.

De acordo com o presidente da AEB, é preciso articular melhor os vários integrantes do sistema, que são a própria agência, como órgão de planejamento e coordenação; os órgãos executores (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – Inpe e Centro Técnico Aeroespacial – CTA) e as empresas contratadas para desenvolvimento de subsistemas dos programas espaciais ou de veículos lançadores.

Para melhorar o desempenho dos executores do Pnae e, em consequência, tirar o atraso que o Brasil sofre nessa área, Raupp destacou a necessidade de estimular o desenvolvimento da indústria para a produção dos componentes espaciais, devido ao alto valor agregado desses produtos em função da tecnologia embutida. “O desenvolvimento da indústria com capacidade de inovação, competitiva, é um dos objetivos da política [espacial]”, afirmou.

A ênfase à participação do setor privado não implicará, porém, em privatização do Inpe ou do CTA, garantiu Raupp. O MCT e a AEB vão propor a expansão da atuação das empresas privadas no Pnae na construção de satélites e na prestação de serviços. Segundo Raupp, essa medida resolverá, em grande parte, a questão de alocação de recursos humanos para o programa, na medida em que o setor privado ficará responsável pela contratação de pessoas para operar os sistemas espaciais ou desenvolver novos sistemas.

Além disso, a entrada da indústria resolve uma questão de logística, que é o fato das instituições que executam o Pnae terem que “operar sob um marco legal inadequado”, que é a Lei das Licitações. “A Lei 8.666 não é lei para regulamentar o universo de atuação dessas entidades. Isso prejudica muito a capacidade de contratar serviços, de contratar obras de alta tecnologia”.

Outra variável que está sendo examinada são as demandas possíveis que se apresentam ao programa espacial. “O norte do Programa Espacial Brasileiro é resolver problemas da sociedade e a parte científica e tecnológica”. Segundo Raupp, estão sendo avaliados que programas de satélites são demandados por outros agentes do governo, como o Ministério da Defesa e o das Comunicações (devido ao Programa Nacional de Banda Larga).

Marcello da Silva Batista

Comércio espera aumento de 7% das vendas para o Dia das Mães

O comércio varejista do Distrito Federal espera um crescimento de 7% das vendas para o Dia das Mães, comemorado neste domingo (8/5). No mesmo período de 2010, houve aumento de 6,5%. A data, considerada a segunda melhor do ano para a atividade, perde apenas para o Natal. Segundo a assessoria do Sindicato do Comércio Varejista, confecções, perfumes, sapatos, acessórios de couro e eletrodomésticos lideram as compras.

Para o presidente do órgão, Antonio Augusto de Moraes, dois fatores favorecem essa elevação. O primeira é a ampliação do prazo para pagamento, por meio da possibilidade de compras por crediário ou cartão. O sindicato estima que 67% dos presentes serão comprados com cartão de crédito. O segundo fator é o acesso das classes D e F aos meios de consumo.

Dilma muda agenda e recebe dois ministros durante repouso

A presidente Dilma Rousseff, que teve pneumonia diagnosticada, se reuniu com pelo menos dois ministros nesta segunda-feira no Palácio da Alvorada, apesar de oficialmente ter cancelado os compromissos de sua agenda, informou uma fonte do governo. Apesar da recomendação médica de repousar por alguns dias antes de retomar a agenda, Dilma terá encontros com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e com o ministro da Casa Civil, Antônio Palocci.

Palocci vai tratar com Dilma da questão dos aeroportos. Esse encontro constava na agenda oficial de Dilma para esta segunda-feira, antes de ela ser internada no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, quando foi confirmado o diagnóstico de pneumonia leve. Nessa reunião, segundo a fonte que não quis se identificar, ela pretende discutir como o governo levará adiante a concessão dos terminais de Campinas, Guarulhos e Brasília, anunciada sem detalhes por Palocci na semana passada, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).

Dilma não requisitou cuidados médicos especiais desde que retornou de São Paulo a Brasília, no fim da manhã desta segunda. A presidente aproveitou o período em que ficou no hospital para fazer exames de rotina, que estavam agendados para o final desta semana. A mesma equipe médica que sempre a acompanha está de prontidão no Palácio da Alvorada, residência oficial.

Segundo a fonte, a presidente está bem disposta a planeja inclusive retomar os despachos no Palácio do Planalto na terça-feira, dependendo da evolução do tratamento por antibióticos.

Em 2009, Dilma passou, com sucesso, por um tratamento contra um câncer no sistema linfático, detectado em estágio inicial. Na semana passada, por causa de uma gripe, a presidente cancelou duas vezes viagem ao Rio de Janeiro para participar da edição latino-americana do Fórum Econômico Mundial. Dilma chegou a realizar reuniões no Palácio da Alvorada, residência oficial, em vez de usar o Palácio do Planalto.

Fonte: Terra

Marcello da Silva Batista

Como Osama bin Laden foi encontrado

Depois de quase uma década escondendo-se dos seus perseguidores americanos, Osama bin Laden foi encontrado e morto no Paquistão. Há dois fatos notáveis aí. O primeiro é bin Laden, o mais procurado terrorista de todos os tempos, ter conseguido escapar por tanto tempo. A segundo é os americanos terem conseguido achá-lo.

Esconder-se, hoje em dia, não é tarefa fácil, é claro. Basta usar o celular para que a operadora saiba onde a pessoa está. O acesso à internet, por qualquer meio, pode revelar a localização de alguém. Satélites e aviões espiões fazem fotos detalhadíssimas que permitem identificar uma pessoa na rua. Programas de computador revelam o rosto oculto por trás de barbas e bigodes falsos. E a tradicional indiscrição das pessoas continua intacta na era da internet. Como, então, Osama bin Laden conseguiu ficar quase dez anos oculto?

Para bin Laden, a única maneira de manter-se a salvo de seus perseguidores era esconder-se numa caverna, com o mínimo possível de comunicação com o exterior. Foi o que ele fez. A "caverna" em questão era uma mansão em Abbottabad, no Paquistão. Com três andares, a enorme casa era uma fortaleza projetada para proteger seu morador tristemente ilustre. Era cercada por muros de até 5,5 metros de altura com arame farpado no topo, e quase não tinha janelas voltadas para fora.Construída em 2005, a fortaleza de bin Laden já chamava atenção por ser muito maior e mais rica do que as casa em volta dela. Mas não era só isso. Os oficiais americanos divulgaram, no domingo, que a casa não tinha telefone e nem acesso à internet. Não se usava celular nela. E todo o lixo era queimado, em vez de ser entregue ao serviço público de coleta. Por que pessoas tão ricas abririam mão de confortos tecnológicos básicos? Era tudo muito suspeito, é claro.

Mas os americanos só repararam que a mansão existia quando resolveram seguir um antigo mensageiro da Al Qaeda, quatro anos atrás. No ano passado, descobriram que o homem morava naquela enorme fortaleza com seu irmão e as respectivas esposas.

Os dois irmãos não tinham nenhuma fonte de renda que justificasse o fato de morarem numa casa avaliada em 1 milhão de dólares. E as medidas de proteção na mansão eram tantas que parecia óbvio que alguém muito importante estava escondido ali. Não era, é claro, um simples mensageiro.

No final, o feitiço havia se voltado contra o feiticeiro. Foram os próprios cuidados de segurança do terrorista que atraíram suspeitas. Depois de um ataque aéreo que durou cerca de 40 minutos no domingo, bin Laden estava morto. E, assim, Barack Obama estava pronto para ir à TV dar a notícia.


Concessionárias da Honda suspendem pedidos de veículos novos nos EUA

As concessionárias da japonesa Honda nos EUA suspenderam os pedidos dos modelos de carros vindos do Japão. O lançamento de um modelo CR-V também foi adiado, por pelo menos um mês, devido a escassez de peças.Segundo comunicado divulgado pela montadora, por conta do terremoto que assolou o Japão em março, a produção deve permanecer limitada até o final do ano.

As fábricas da Honda nos EUA têm produzido 50% a menos. A montadora no país produz cerca de 80% dos veículos comercializados no continente americano, mas alguns modelos são feitos exclusivamente no Japão. Os veículos produzidos no país asiático são: Honda Fit, Civic híbrido, híbrido Insight, híbrido CR-Z, Acura TSX e TSX RL.

Na semana passada, companhia anunciou queda de 38% na produção no 1º trimestre do ano. A montadora não descarta aumentar as perdas nos próximos trimestre por causa da desaceleração da produção.

Euforia sobre morte de Osama não contagiou os mercados

Os mercados financeiros não se contagiaram tanto quanto os americanos que saíram as ruas para comemorar a morte do líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden. A notícia, divulgada nesta madrugada, contagiou os investidores, mas não foi capaz de sustentar as bolsas ao longo do dia.

"Os mercados inicialmente reagiram positivamente à morte de bin Laden com a valorização do dólare, mas isso deverá ser um evento transitório", destaca Andrew B. Busch, estrategista da BMO Capital Markets.

Os principais índices acionários americanos terminaram em queda. O índice Dow Jones fechou em leve baixa de 0,02%. O S&P 500 recuou 0,20% e o Nasdaq 100 caiu 0,33%. No Brasil, o índice Bovespa encerrou o dia com desvalorização de 1,01%, aos 65.463 pontos.

“O petróleo, bem como outras commodities, devem apresentar certa queda não necessariamente por conta de Osama, mas antes de tudo por um conjunto de fatores que vão desde o fim do Quantitative Easing nos EUA agora em junho, até as medidas contracionistas nos países emergentes”, afirmou André Perfeito, economista da Gradual Investimentos.

O preço do barril de petróleo tipo Brent (negociado em Londres) caiu 1,04%, para 124,58 dólares hoje. Para o analista-chefe da Danske Markets, Arne Lohmann Rasmusse, a recepção morna do mercado indica que Osama não está no topo da “agenda de risco global”, disse em relatório.

“Não é possível saber o efeito ‘líquido’ de Osama nos mercados mundiais; já faz muito tempo que o choque nas Torres Gêmeas afetou a estrutura de preços mundiais, descriminar isto frente os novos desafios da geopolítica não faz sentido”, completa Perfeito.

Segundo análise da consultoria independente, Stratfor, ainda é difícil entender o que a notícia representa no momento, mas ela permite que Obama declare a vitória, ao menos em parte, sobre a Al-Qaeda.

“Isso também abre a porta para o início da retirada do Afeganistão, apesar do efeito prático da morte de Bin Laden”, mostra a análise. “Igualmente possível é o fato de que isso pode incentivar ações da Al-Qaeda em nome de Bin Laden”, pondera o texto.

Ameaças

Foi noticiado hoje também que talibãs paquistaneses ameaçaram "vingar" a morte de Osama bin Laden. A ameaça foi enviada em comunicado à imprensa do país árabe e no qual expõe de maneira prioritária seu ponto de vista ao Governo do Paquistão.

Marcello da Silva Batista

Homem que asfixiou ex com sutiã é condenado a 14 anos em MG

A Justiça condenou na noite desta segunda-feira um homem de 27 anos, acusado de matar asfixiada a ex-companheira em junho de 2008 em Belo Horizonte. A maioria dos jurados considerou o réu culpado por homicídio e vilipêndio (desrespeito) a cadáver, e ele foi condenado a 14 anos de prisão. O julgamento ocorreu no salão do I Tribunal do Júri do Fórum Lafayett, na capital mineira, e foi presidido pelo juiz Christian Gomes Lima.

Segundo a denúncia, o acusado estava inconformado com o término do namoro e asfixiou a vítima, inicialmente com as mãos, até que ela caísse no chão. Vendo que ainda estava viva, ele pegou o sutiã da namorada e continuou a asfixiá-la com a peça até a morte. Em seguida, o acusado tirou toda a roupa da ex-companheira e colocou um rato morto em sua boca.

Diante disso, o Ministério Público havia pedido que o réu fosse julgado pelos crimes de homicídio duplamente qualificado - por motivo torpe e com emprego de asfixia - e vilipêndio a cadáver. Com a decisão dos jurados de considerá-lo culpado de todas as acusações, o juiz estipulou as penas de 13 anos em regime fechado e mais 1 ano em regime aberto.

O juiz não concedeu ao réu o direito de recorrer em liberdade. Se após a fase de recursos for mantida a decisão, ele deverá cumprir as penas isoladamente, começando pela mais grave. O acusado está preso no presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte.

Fonte: Terra

Marcello da Silva Batista

Otan não baixará a guarda no Afeganistão, apesar da morte de bin Laden

A Otan defendeu nesta segunda-feira a continuidade de sua missão antiterrorista no Afeganistão, mesmo com a morte de Osama bin Laden, confrontando, assim, a crescente pressão da opinião pública europeia para que os governos de seus países retirem rapidamente suas tropas do país islâmico.

A operação norte-americana que acabou com a vida de Bin Laden no Paquistão "acertou um duro golpe na Al-Qaeda e em seus seguidores", congratulou-se a Força Internacional de Assistência à Segurança (Fias) da Otan, em Cabul.

Trata-se de um "êxito significativo" para todos aqueles que "combatem o flagelo do terrorismo mundial", afirmou o secretário-geral da Aliança Atlântica, Anders Fogh Rasmussen, em um comunicado divulgado em Bruxelas. Um dos membros da rede terrorista localizada no Iêmen reconheceu a morte de Bin Laden como uma "catástrofe".

A imediata conclamação do presidente afegão, Hamid Karzai, aos talibãs - aliados da Al-Qaeda- para que abandonem os combates, mostra claramente a relevância da morte de Bin Laden.

"De qualquer forma, muda a situação da campanha no Afeganistão, cujo ponto de partida foi Bin Laden, responsável pelos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos", observou François Heisbourg, conselheiro da Fundação para Investigação Estratégica em Paris.

A partir do momento em que Bin Laden não está mais vivo, fica mais difícil justificar a presença militar da Otan na região, independentemente da realidade local", acrescentou.

A pressão da opinião pública europeia, que ja vinha reclamando do envio de soldados, "vai acentuar-se", prevê o analista.

A Fias, sob comando da Otan desde agosto de 2003 e integrada por 140.000 efetivos, prevê completar a transferência da responsabilidade de todas as operações para as tropas afegãs ao final de 2014, quando se dará o término de um período de transição iniciado este ano.

A partir de então, os soldados estrangeiros que permanecerem no Afeganistão assumirão um papel de apoio cada vez mais limitado.

"Contudo, quase dez anos depois dos atentados de 11 de setembro, que levaram à invasão do Afeganistão, para acabar com o poder dos talibãs, o terrorismo continua ameaçando diretamente a segurança do mundo ocidental e de seus parceiros", afirmou nesta segunda-feira Rasmussen.

"A Otan deve, portanto, continuar sua missão para assegurar-se de que (o Afeganistão) não volte a converter-se num refúgio para o extremismo", completou.

Vários países europeus, no entanto, estão impacientes para retirar-se do Afeganistão, seguindo o exemplo de Holanda e Canadá, e deixar as tropas afegãs assumirem as operações ofensivas.

A Holanda retirou suas tropas no ano passado e Ottawa prevê fazer o mesmo nos próximos meses. A Polônia anunciou sua intenção de colocar fim a sua missão de combate em 2012 e a França estuda se irá manter seu contigente no nível atual.

Estados Unidos também preveem examinar a partir de julho a possibilidade de retirar parte de seus 100.000 militares, devido às condições do terreno.

Por isso alguns responsáveis da Otan reagiram com muita prudência a morte de Bn Laden. "O líder da Al-Qaeda era um idealista que inspirou os jovens militares" advertiu um oficial que pediu anonimato. "Com ou sem Bin Laden, a ameaça terrorista segue viva", acrescentou um militar de alta escalão.

Fonte: Correio Braziliense

Marcello da Silva Batista

Morte de Bin Laden é isca para golpes virtuais

A notícia sobre a morte de Osama Bin Laden já serve de isca para golpes em redes sociais e sites de buscas. Os criminosos utilizam o assunto em voga para atrair usuários menos avisados. O objetivo é roubar informações ou realizar fraudes. Um exemplo desses ataques virtuais no Brasil foi identificado pela empresa de segurança Eset.

A empresa recebeu um e-mail em português que trazia no título “Veja vídeo em que Osama Bin Laden aparece segurando jornal com a data de hoje e desmente sua possível morte relatada por Obama”. Se o usuário clicar no link inserido na mensagem, haverá uma tentativa de instalação, no computador, de um cavalo de troia bancário. O programa maligno é usado para roubo de dados financeiros.

As redes sociais também são alvos de ataques. No Facebook, a empresa já identificou páginas criadas com links maliciosos que prometem exibir vídeos da ação norte-americana, mas que, na verdade, levam a sites falsos, usados para a disseminação de programas malignos. A empresa alerta aos usuários que novos tipos de golpes irão aparecer utilizando a morte de Bin Laden como isca. Ela recomenda, aos interessados, que pesquisem por notícias diretamente nos portais ou sites conhecidos na web.

Marcello da Silva Batista

Bin Laden foi traído por falta de tecnologia

Washington - Num mundo onde tudo facilita a posse de um telefone e uma conexão à internet, a desconfiança com que Osama bin Laden encarava as novas tecnologias pode tê-lo traído.

A mansão de Abbottabad, no Paquistão, onde o cérebro dos atentados do 11 de Setembro foi morto na madrugada de domingo para segunda-feira não tinha nem ligação telefônica nem internet, segundo os dirigentes americanos, para evitar, provavelmente, que suas comunicações fossem vigiadas.

Mas este isolamento, espantoso numa habitação tão luxuosa, foi precisamente um dos indícios que permitiram encontrá-lo: um funcionário americano de alto escalão explicou nesta segunda-feira que havia considerado "surpreendente" que uma propriedade avaliada em um milhão de dólares não tivesse nenhum sinal de novas tecnologias.

"Tudo o que observamos - a segurança operacional extremamente sofisticada (...), a localização e a própria organização da residência, correspondiam perfeitamente a um refúgio de alguém muito importante, segundo nossos especialistas", acrescentou o funcionário, preferindo não ter o nome divulgado.

Paradoxalmente, os serviços americanos mobilizaram os meios mais sofisticados para organizar o ataque.

"Utilizamos toda a gama de nossas capacidades, reunindo informações com nossos meios tanto humanos quanto técnicos, submetendo-as a análises rigorosas de nossos especialistas em Bin Laden e a sua organização", destacou o diretor da CIA, Leon Panetta.

Entre os organismos mobilizados, a Agência de Segurança Nacional (NSA), com suas escutas, e a Agência Nacional de Informação Geoespacial (NGA), especializada em imagens por satélite, foram citadas por Panetta.

Fonte: Abril

Marcello da Silva Batista

Lançamento do corpo de Bin Laden no mar gera polêmica

Autoridades muçulmanas consideraram que a decisão de sepultar no mar os restos mortais de Osama Bin Laden não tem base no Islã, contradizendo os Estados Unidos, que garantem que o ritual foi respeitado e que, se fosse erguido, um túmulo poderia tornar-se um local de peregrinação.

Autoridades americanas indicaram que o corpo do líder da Al-Qaeda, morto na madrugada desta segunda-feira durante uma operação no Paquistão, foi submerso no mar a partir de um porta-aviões após uma cerimônia realizada conforme a tradição muçulmana.

A informação entrou em confronto com uma dura explicação de um líder da mais alta autoridade do islã sunita, a instituição Al-Azhar do Cairo, que ressaltou que "o islã não aceita a imersão do corpo no mar, apenas o enterro".

Esta regra vale "seja para uma pessoa assassinada ou falecida por morte natural", declarou à AFP Mahmud Azab, conselheiro do grande imã Ahmad Al Tayeb para o diálogo inter-religioso.

A escolha do mar limita-se a casos de força maior, como para as pessoas mortas a bordo de um barco, cujo corpo apresente riscos de decomposição, ressaltou.

A Grande Mesquita de Paris afirmou que a imersão dos restos é "totalmente contrária às regras sagradas do islã".

Uma fonte próxima à Grande Mesquita parisiense, Dalil Boubakeur, informou que, segundo a tradição muçulmana, "primeiro é preciso lavar o corpo do falecido com água com sabão, depois apenas com água e por último com água misturada com cânfora, para posteriormente envolvê-lo em três panos".

"O enterro é feito sob a terra, sem caixão. Os restos mortais devem ser colocados paralelamente à Meca, com a cabeça do morto levemente virada para a direita para que seu rosto esteja orientado em direção à Kaaba, o santuário sagrado de Meca", acrescentou a fonte.

Nos Estados Unidos, uma importante autoridade muçulmana, Muzammil H. Siddiqi, ficou chocado com a escolha da imersão.

"Não é um procedimento normal, não sei por quê fizeram isso", disse o presidente do Fiqh Council of North America, associação que interpreta a lei islâmica.

Siddiqi ressaltou, no entanto, que estas divergências em torno do ritual não devem ocultar o fato, detacado pelo presidente Barack Obama, de "que Osama bin Laden não é o líder dos muçulmanos, e sim da Al-Qaeda, que fez muitos muçulmanos sofrerem".

O responsável por uma das principais associações muçulmanas americanas disse, por sua vez, que o tema do local reservado aos restos mortais de Osama Bin Laden é um "detalhe anedótico".

Nihad Awad, diretor do Conselho para as Relações Americano-Islâmicas (CAIR), ressaltou que "o mais importante é que este terrorista tenha sido eliminado".

A administração americana garantiu, por sua vez, que não violou o ritual funerário.

O Pentágono informou que ocorreu uma cerimônia a bordo do porta-aviões americano Carl-Vinson, no mar de Omã, respeitando as tradições muçulmanas, antes que o corpo fosse lançado ao mar.

Os restos foram lavados e colocados em um pano branco, que posteriormente foi introduzido em uma bolsa com lastro. Um oficial leu um texto religioso que um intérprete traduziu ao árabe, informou a Defesa americana.

Mas os Estados Unidos destacaram seu temor de que uma sepultura terrestre se tornasse um local de memória para seus partidários.

"Queríamos evitar que (seu túmulo) se tornasse um local de peregrinação", afirmou à AFP um funcionário nos Estados Unidos.

Fonte: Exame

Marcello da Silva Batista