“Vamos continuar com um sobe e desce, mas acho que, a partir do 4º trimestre, começamos a enxergar um cenário que não é possível ver hoje”, disse Pinheiro.
Segundo ele, entre outras coisas, o mercado brasileiro tem se favorecido das boas repercussões que a política econômica trouxe ao país, como a elevação da classificação de risco da dívida soberana alcançada em 2011.
“O Brasil conseguiu não apenas manter a confiança dos investidores como elevou sua classificação de risco em meio à crise”, afirmou. “O custo das emissões externas vem caindo a cada ano e estamos em patamares muito próximos a países desenvolvidos com segurança em relação a nossa moeda”, continuou o professor.
Perspectivas econômicas internacionais (e nacionais)
Entretanto, ele lembra que, no cenário internacional, a perspectiva ainda é de baixo crescimento, por conta da crise na zona do euro, que deve trazer recessão para muitos países com baixa capacidade de equilíbrio fiscal.
O professor também aponta que, pela primeira vez na história, a China registra uma população urbana maior que a rural, o que pode gerar problemas na produção de alimentos.
Em relação ao Brasil, Pinheiro alerta que o País deve enfrentar um descompasso entre oferta e demanda, com pressões inflacionárias causadas pelas commodities agrícolas, reajuste do transporte público, preço do etanol e serviços. Segundo ele, no País, “os riscos à estabilidade financeira devem ser trazidos pelo fluxo de capitais e pela expansão do crédito ao consumo com garantias incompatíveis”.
Marcello da Silva Batista
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