sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Rússia acusa países ocidentais de serem 'cúmplices' de crise síria
"Os Estados ocidentais, ao incitar os opositores sírios a realizar ações intransigentes (...) são cúmplices de atiçar a crise", declarou Riabkov, citado pela Itar-Tass, acrescentando que "a responsabilidade de buscar uma solução para deter o derramamento de sangue repousa sobre a oposição", que se recusa a negociar com o regime.
"As autoridades da Síria garantiram que estão dispostas a realizar rapidamente um referendo sobre a Constituição e a promover eleições", declarou Riabkov, em uma entrevista concedida durante uma viagem à Colômbia. "Por isso, a oposição tem a responsabilidade de buscar uma solução para deter o derramamento de sangue", mas se nega a negociar com o governo e exige sua saída, acrescentou.
O chanceler russo, Serguei Lavrov, disse depois de se reunir em Damasco nesta semana com o presidente da Síria, Bashar al-Assad, que o regime sírio estava disposto a negociar com a oposição e que em breve fixará a data de um referendo sobre uma nova Constituição.
A oposição considera que não é possível realizar negociações sem a saída de Bashar al-Assad. Já um plano da Liga Árabe para resolver a crise exige que Assad transfira seus poderes ao vice-presidente.
Fonte: UOL
Marcello da Silva Batista
Sozinho, Brasil não pode romper acordo automotivo com México
Isso porque o primeiro artigo do acordo define como "partes contratantes" do documento Mercosul e México.
Quando o texto se refere à possibilidade de rompimento do acordo, afirma que "a parte contratante que desejar denunciar este acordo deverá comunicar sua decisão à outra parte contratante com 60 dias de antecipação".
Após anunciar a intenção de romper a parceria, o acordo se mantém por um ano antes de ser interrompido.
DEFICIT
A necessidade de revisão do documento surgiu por causa do elevado deficit comercial brasileiro com o país em veículos, que ultrapassou US$ 1,5 bilhão em 2011.
Pelo acordo de 2002, decisões como a alta no IPI para veículos que não tenham 65% de conteúdo regional não valem para o México.
Técnicos mexicanos vieram ao país e mantiveram reuniões com representantes brasileiros nesta semana.
O ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores) afirmou ontem que as discussões estão em nível preliminar.
Além de ter de convencer os outros integrantes do Mercosul, o Brasil precisa enfrentar a oposição das grandes montadoras se quiser romper o acordo automotivo.
O Itamaraty afirmou que as negociações técnicas com o México serão retomadas nas próximas semanas.
Diversos modelos vendidos no mercado interno são fabricados pelas empresas no México, como o Fusion (Ford), Fiat 500 e Freemont (Fiat), Jetta (Volkswagen), Captiva (GM) e March, Sentra, Tiida e Versa (Nissan).
Fonte: UOL
'Na minha ótica, fim da greve está decretado', diz comandante da PM
O comandante geral da Polícia Militar da Bahia, coronel Alfredo Castro disse na manhã desta sexta-feira (10) que, para o Comando da Polícia Militar, a greve já não existe mais. "Tudo tem começo, meio e fim. Na minha ótica, o fim da greve está decretado. Existe uma pequena minoria que resiste à convocação do comando da PM", disse em entrevista coletiva.
"O que está acontecendo agora, a partir de hoje, é que o comando está tomando como ausência ao serviço e vai abrir um processo administrativo para avaliar as punições", afirmou. Entre as punições anunciadas, haverá corte nos pontos, que não terá caráter retroativo aos dias de greve. As associações envolvidas no movimento ainda se pronunciaram. Nova assembleia está marcada para o fim da tarde desta sexta-feira.
Ainda segundo o comandante, um levantamento feito até as 9h desta sexta-feira apontava que 85% dos policiais militares já estavam nas ruas de Salvador e região metropolitana. Ele admitiu, no entanto, que em bairros do subúrbio da capital há ausência expressiva de policiamento. "Buscamos reforço de tropas de reserva como o Choque e unidades especializadas como a Caartinga", disse.
Sobre o interior do estado, informou o coronel Alfredo Castro informou que o comando das unidades da PM responsáveis pelo policiamento nas regiões oeste e norte da Bahia, afirmou que 80% do efitivo está trabalhando normalmente nesta sexta-feira. "No interior, 80% dos policiais já voltaram ao trabalho. Estamos fazendo intervenções em cidades do sul, como Ilhéus, Itabuna e Porto Seguro e Paulo Afonso, no norte, onde ainda o efetivo não é satisfatório para que o policiamento volte ao normal", disse o comandante da Polícia Militar.
A greve da PM começou no dia 31 de janeiro, após decisão de integrantes da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra). O presidente da entidade e ex-policial militar Marco Prisco foi preso na quinta-feira (9), durante desocupação do prédio da Assembleia Legislativa da Bahia.
Oficiais
Policiais militares filiados à Associação dos Oficiais da PM da Bahia (AOPMBA) se reuniram na noite de quinta e decidiram não aderir à greve de parte da categoria. "Nós estamos juntos com seis associações e todas são a favor do fim da greve, embora a proposta do governo, principalmente a questão salarial, não atenda às nossas necessidades", disse Edmilson Tavares, presidente da AOPMBA. Convocada em caráter extraordinário, a reunião teve 205 participantes: 151 votaram contra a greve e 54 foram favoráveis.
Também na noite de quinta-feira, a assessoria do governo do estado reafirmou que o governador Jaques Wagner não apresentará uma nova proposta aos PMs. De acordo com a Secom, não há orçamento para ceder um aumento superior aos 6,5% propostos. O pagamento das Gratificações por Atividade Policial, as chamadas GAPs, que estão entre as reivindicações dos grevistas, também só poderão ser pagas a partir de novembro deste ano.
Embora a Assembleia Legislativa tenha sido desocupada na manhã de quinta-feira, a greve foi mantida na Bahia. Policiais vinculados à Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares (Aspra), grupo que liderava a ocupação, passaram o dia reunidos no Sindicato dos Bancários, no Largo dos Aflitos, em Salvador.
Os oficiais da PM, que preferem negociar sem cruzar os braços, dizem colocar o bem da população em primeiro lugar. "Nossa intenção não é enfraquecer o movimento, mas não podemos paralisar nossas atividades prejudicando o povo baiano, o povo baiano já sofreu muito. Agora é momento de união, de reconstruir", disse Edmilson Tavares.
Tavares se mostrou surpreso ao ser informado por jornalistas, ao fim da reunião, que a categoria entrou em greve no Rio de Janeiro. "Não, o comando aderiu? Estou sabendo agora, mas infelizmente há uma orquestração dessas greves. Quando o movimento começou, sem a nossa participação, nós sempre fomos mediadores, e nós estamos assim, não podemos deixar o povo sofrer, nossa decisão foi em favor do povo", afirmou.
Carnaval
Durante a coletiva desta sexta, o coronel Alfredo Castro comentou sobre a permanência dos homens do Exército na capital baiana e também sobre o planejamento de segurança durante o carnaval, que começa na quinta-feira (16). "Estamos passando por um momento de transição, o Exército fica no reforço do policiamento até essa transição acabar. O planejamento para o carnaval está mantido. Esse plano é feito sempre após o carnaval do ano anterior. Teremos o reforço de cerca de 3.200 policiais militares de cidades do interior. Serão deslocadas tropas como o Choque e unidades especializadas, como a Caatinga. O policiamento está garantido", afirmou.
Fonte: G1
Marcello da Silva Batista
Nova ministra seguirá orientação do governo, diz Dilma
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (10) que a nova ministra da Secretaria de Política para Mulheres, Eleonora Menicucci, vai seguir a orientação do governo em suas atribuições na pasta.
"[Eleonora] vai atuar segundo as diretrizes do governo em todos os temas sobre os quais tiver atribuição", disse Dilma.
Menicucci tomou posse nesta sexta-feira em solenidade no Palácio do Planalto. Na última terça-feira, questionada sobre sua posição quanto à legalização do aborto no país, disse que o assunto "diz respeito ao Legislativo" e não ao Executivo.
"Eu já dei entrevistas, sobretudo nos anos 70, 80 e 90, quando o feminismo necessitava de marcar posições e muitas mulheres ousaram dizer até da sua vida privada. Não me arrependo, mas, a partir de sexta-feira, eu sou governo e a matéria da legalização ou descriminalização do aborto é uma matéria que não diz respeito ao Executivo, diz respeito ao Legislativo", declarou na ocasião.
Lei Maria da Penha
Nesta sexta, Dilma também elogiou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiu nesta quinta-feira que o Ministério Público pode denunciar o agressor nos casos de violência doméstica contra a mulher, mesmo que ela não apresente queixa contra quem a agrediu.
"[Trocamos o comando da SPM] num momento de fato muito especial para todas as mulheres brasileiras, que é o fato de que ontem o STF teve uma decisão em relação a Lei Maria da Penha que fortalece a luta das mulheres e elimina as controvérsias a respeito da aplicação dessa legislação", disse a presidente.
"Ontem, tenho certeza que todos nós, mulheres e homens brasileiros demos um passo na construção de uma sociedade em que de fato a luta contra violência e a discriminação avançou."
Trajetória e direito das mulheres
A presidente fez menção à trajetória da nova ministra, quando ambas, militantes de esquerda, foram presas na mesma cela no presídio Tiradentes, em São Paulo.
"Ela construiu e reconstruiu a sua vida, como cada um de nós [que lutaramos contra a ditadura] teve que fazer. Ela conquistou seus espaços e foi capaz de desenvolver, sem sombra de dúvida, uma trajetória profissional [...] e sobretudo uma trajetória de compromisso com as mulheres trabalhadoras, com todas as mulheres deste país", afirmou Dilma.
Também reafirmou, durante seu discurso, que é necessária "atuação firme" do governo em todos os ministérios e que, "para que as mulheres não sejam alvo de desrespeito ou constrangimento", é preciso "uma ação conjunta com a Justiça". "Para que deixem de ser vitima da covardia de agressores que agem dentro e fora das casas, têm o compromisso desta Presidência", disse.
"É fundamental que o governo dê sua contribuição, para que deixem de ganhar menos por funções iguais apenas porque não são homens. [...] Precisamos das ações de governo em todas as instâncias, União, estados e municípios", afirmou a presidente.
Marcello da Silva Batista
Pesquisadores concluem que massagem modifica a função celular dos órgãos
Além da “mudança estrutural”, a massagem funciona a partir de mecanismos biológicos semelhantes aos de remédios específicos para a dor. O trabalho foi publicado na edição de fevereiro da revista especializada Science Translational Medicine. Para chegar a essas conclusões, Mark Tarnopolsky, um dos pesquisadores envolvidos no estudo, explica que foram feitas biópsias para analizar a genética de tecidos musculares coletados do quadríceps de 11 homens jovens que haviam feito exercícios em uma bicicleta ergométrica até a exaustão muscular. Ambas as pernas foram submetidas aos exames — antes, imediatamente após, 10 minutos depois do exercício e duas horas e meia mais tarde. Apenas uma perna de cada voluntário foi massageada. “Nas duas pernas, encontramos alterações na expressão genética de 592 genes na segunda biópsia e de 1.309 na última”, explica o cinesiologista.
Ele diz que, na perna massageada, nove genes extras tiveram suas expressões alteradas. “Descobrimos que a massagem ativa a mecanotransdução (forças mecânicas que influenciam o crescimento e a forma de praticamente todos os tecidos e órgãos do corpo), o que potencializa a biogênese mitocondrial”, resume. Tarnopolsky frisa ainda que, durante a pesquisa, ele e sua equipe descobriram também que a redução da dor proporcionada pela massagem pode envolver o mesmo mecanismo de drogas anti-inflamatórias convencionais. Outra surpresa foi que a massagem, ao contrário do que se costuma acreditar, não ajudou a diminuir o ácido lático dos músculos machucados.
O modelo Emerson Rodrigues Alves, 33 anos, é praticante assíduo de exercícios físicos. Aos fins de semana, ele joga bola com os amigos — e conta que, frequentemente, precisa de massagens para atenuar eventuais dores musculares. “Tive algumas lesões nas costas durante os jogos, sem motivos aparentes”, comenta. Ele diz que a técnica foi tão eficaz que nem precisou ir ao médico depois. “Você vira outra pessoa. Diminui as cãibras, a circulação melhora”, enumera. Alessandra Ferreira de Sousa, fisioterapeuta, massagista e especialista em acupuntura, explica que a melhora sentida por Luiz se dá porque a massagem acelera o reparo tecidual de músculos e tendões. “Por isso, vários médicos a indicam para o tratamento pós-cirurgia, especialmente para cirurgias plásticas”, destaca.
Marcello da Silva Batista
Justiça Militar pede prisão de 11 líderes de greve no Rio de Janeiro
“Montamos um gabinete de gestão e todas as viaturas estão sendo monitoradas. Estamos com um reforço do Bope [Batalhão de Choque] para dar uma sensação de segurança maior”, informou o coronel, que garantiu que a greve não teve adesão em nenhuma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). O porta-voz da PM também descartou a necessidade de reforço por parte das Forças Armadas no Rio de Janeiro.
Os grevistas querem a liberdade do cabo Benevenuto Daciolo, preso na quarta-feira (8/2) acusado de crime militar, e piso salarial de R$ 3.500, além de benefícios como vale-transporte e tíquete-refeição. Ontem, a Assembleia Legislativa do Rio aprovou aumento de 39% nos salários das polícias Militar e Civil, do Corpo de Bombeiros e de agentes penitenciários até fevereiro de 2013, mas o texto final pode sofrer alterações.
Marcello da Silva Batista
Metrô para completamente por problemas de sinalização nesta manhã
Os carros voltaram a rodar por volta das 9h20, mas com lentidão em todas as estações do metrô. A viagem que costuma demorar entre 10 e 15 minutos está durando cerca de uma hora e vinte minutos. Diversos trens pararam nos trilhos e os passageiros ficaram presos nos vagões por 40 minutos, até o problema começar a ser solucionado. Este já é o quarto dia seguido que os usuários desse transporte sofrem com problemas técnicos. Na última terça-feira um trem ficou parado entre as estações Arniqueiras e Águas Claras por cerca de meia hora. Já na quarta, uma queda de energia deixou a viagem lenta entre as estações Asa Sul e Arniqueiras.
Na quinta-feira a situação foi ainda pior. Os trens voltaram a parar devido a problemas de tração. Segundo o usuário Alexandre Magalhães, os passageiros ficaram presos nos vagões e se queixavam da falta de informação. Muitos tentaram sair pelas saídas de emergência. Alguns chegaram a passar mal com o calor dentro dos vagões.
Marcello da Silva Batista
Especialistas em doença de Chagas dizem que governo deve integrar ações
Não há, nas cercanias, uma casa tão suscetível à presença de barbeiros, vetores da doença de Chagas, quanto a de Otino. Pouquíssimos vizinhos escaparam da doença. O agricultor diz que ele, a mulher e os nove filhos não pegaram. Seus pais são portadores do mal de Chagas. “Eu sei que houve um projeto para uma casa nova, que o dinheiro veio. Mas devem ter consumido ele por aí”, diz Otino. Quase seis anos depois de a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter certificado o Brasil como país virtualmente livre do principal vetor da doença de Chagas, o barbeiro Triatoma infestans, Otino, a mulher e os filhos continuam expostos a outros vetores. Os pais do agricultor são doentes crônicos sem qualquer tipo de assistência e acompanhamento médico. A família desconhece qualquer ação do governo, nas três esferas.
O sumiço do Estado e a invisibilidade dos doentes de Chagas foram mostrados pelo Correio em série de reportagens publicadas desde domingo. Para Otino e milhares de outras famílias brasileiras não dependerem apenas da sorte, o governo tem a obrigação de integrar ações de vigilância, com a retomada do controle dos vetores, e de atenção básica à saúde, com prioridade no atendimento aos doentes crônicos, conforme estudiosos da doença de Chagas ouvidos pelo Correio. A certificação conferida ao Brasil não garantiu o fim das transmissões vetoriais e, muito menos, o fim da doença, segundo esses pesquisadores.
Fonte: Correio Braziliense
Marcello da Silva Batista