Em sua casa foram cumpridos mandados de busca e apreensão de provas. De acordo com a delegacia, um advogado, cujo nome não foi revelado, teria prometido apresentá-lo, mas até a noite isso não tinha acontecido. Nenhum dos delegados envolvidos diretamente na investigação deu informações sobre o caso.
A própria Secretaria da Segurança Pública do Paraná divulgou uma nota dizendo que não se manifestaria. "Qualquer ação por parte do coronel Martins que esteja sendo investigada é considerada de caráter pessoal, de cidadão comum, sem relação nenhuma com a instituição que comandou", afirma a nota.
O filho de Martins foi morto por volta das 6 horas da manhã do dia 22 de outubro, no Bairro Boqueirão, quando deixava a namorada em casa, após saírem de uma festa. Ela levou dois tiros, mas sobreviveu. Ele morreu no local, após reagir à tentativa de roubo de seu automóvel. Logo depois foram presos dois adolescentes usuários de droga. As investigações estenderam-se até o meio do ano passado, mas não foram encontradas provas que mostrassem vínculo entre eles e a morte. Por isso foram soltos.
Desde agosto do ano passado, a polícia registrou nove mortes de usuários de droga no mesmo bairro. As investigações dessas mortes levaram a Delegacia de Homicídios a concluir que a autoria seria do coronel, o que levou ao pedido de prisão.
Um rapaz que supostamente teria sobrevivido a tiros, entrevistado sob anonimato hoje à tarde pela TV Paranaense, da Rede Paranaense de Comunicação, disse ter reconhecido o coronel quando lhe foram apresentadas várias fotografias na Delegacia de Homicídios. Dois inquéritos que a polícia investiga referem-se a quatro mortes ocorridas no dia 8 de agosto de 2010. Em um deles houve duas mortes e uma pessoa ferida. No outro apuram-se as circunstâncias de outras duas mortes.
O terceiro inquérito investiga a morte de duas pessoas e ferimentos em outra, em tiroteio ocorrido no dia 10 de novembro do ano passado. Uma quarta investigação em poder da polícia refere-se a ocorrência no dia 1º de janeiro deste ano, em que também duas pessoas morreram. O outro inquérito, com mais uma morte, já está na Justiça.
Fonte: Estadão
Marcello da Silva Batista
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