sábado, 23 de julho de 2011

As 10 principais notícias de negócios da semana

A última semana teve acontecimentos em setores variados, desde investimentos em infraestrutura e logística pela Vale, aquisição de uma rede varejista do nordeste pela Máquina de Vendas e o adiamento da oferta de ações da Copersucar.

Vale anuncia investimentos de 3,5 bilhões de reais

O presidente da Vale, Murilo Ferreira, anunciou nesta semana um investimento de 3,5 bilhões de reais no estado de São Paulo em um período de três anos. O foco do investimento será logística e infraestrutura. Um dos alvos desses investimentos será o Porto de Santos. No entanto, a cifra precisa da aprovação do conselho de administração da empresa, que ainda não tem data para se reunir.

Com Webjet, Gol supera TAM em junho

A Gol encerrou o mês passado com uma participação no mercado doméstico de 37% ante 35,39% em maio. Se incluída a participação de 5,51% obtida pela Webjet no mês passado, a Gol teria ultrapassado a TAM, que registrou 41,68% ante 44,43%. Em fevereiro, a Gol havia ultrapassado a TAM pela primeira vez desde a sua fundação, há 10 anos, mesmo sem a Webjet.

Máquina de Vendas volta a ser segunda maior do varejo

A Máquina de vendas, varejista formada por Ricardo Eletro, Insinuante e City Lar, anunciou a aquisição da rede Eletro Shopping, que atua na região nordeste do país. O valor da operação não foi informado. Com a aquisição da Eletro Shopping, que dará origem à Máquina de Vendas Nordeste, a varejista passará a contar com 900 lojas, em todo território nacional, e deve aumentar o faturamento deste ano para 7,2 bilhões de reais, contra previsão anterior de 6,3 bilhões. Ao adquirir a Eletro Shopping, a Máquina de Vendas abre maior vantagem em número de lojas em relação ao Magazine Luiza que, com as Lojas do Baú, soma 732 unidades. A liderança do setor é do Grupo Pão de Açúcar.

Bombril terá 240 produtos de cosméticos em 2012

A Bombril, que criará a Bril Cosméticos – resultante da compra de 75% da marca Ecologie, em maio -- terá 240 produtos de cosméticos – 120 da Ecologie e a outra metade das duas marcas que a empresa lançará no próximo ano. Os nomes não foram revelados. Uma delas será direcionada a mulheres de 20 a 30 anos, com lançamento previsto para março, e a outra para as acima de 40 anos chegará as lojas no segundo semestre de 2012. As marcas contarão com produtos para cabelos e corpo, que receberam investimentos de cerca de 9 milhões de reais.


Como o mundo azedou o IPO da Copersucar

Tudo caminhava para o que seria a maior abertura de capital do ano no Brasil. A Copersucar, empresa comercializadora de açúcar e álcool, se preparava para captar 2,7 bilhões de reais na bolsa brasileira. Para os especialistas, a estratégia da empresa era boa, e a distribuição de recursos prevista era adequada. Mas um mundo, literalmente, cheio de problemas atravessou o caminho. Com a crise da dívida americana e a crise financeira europeia, o mercado global vive dias de frio na barriga que, inevitavelmente, dão cólica nos investidores do Brasil e do exterior. E assim a Copersucar resolveu adiar sua abertura de capital.

Operação internacional cresce nos resultados da Natura

A Natura está rindo à toa com suas operações no mercado internacional. Isso porque, o crescimento em alguns países, como México e Colômbia, onde as operações ainda estão em consolidação, foi superior a 55%. No primeiro trimestre do ano, no mercado internacional, a receita líquida da Natura somou 118,8 milhões de reais, crescimento de 36% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A companhia agora está voltada para consolidar as operações no México e Colômbia.

Fiat eleva fatia na Chrysler e se torna majoritária

A Fiat se tornou oficialmente o acionista majoritário do Grupo Chrysler, após fechar acordo para comprar participação de 1,5% do governo canadense e outra de 6% do Departamento do Tesouro dos EUA na montadora norte-americana por 125 milhões de dólares e 500 milhões de dólares, respectivamente. Os acordos elevaram a participação da Fiat na Chrysler de 46%, para 53,5%, em bases totalmente diluídas. A montadora também pagará 75 milhões de dólares pelos direitos dos governos do Canadá e dos EUA para comprar uma participação remanescente do fundo de saúde para aposentados gerenciado pelo sindicato United Auto Workers (UAW) na Chrysler.


Excelsior está à procura de um comprador

A Excelsior Alimentos, companhia controlada pela Sadia, deverá ser alienada integralmente. Até março de 2012, a Sadia deverá apresentar ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) um documento vinculativo celebrado com o potencial comprador da companhia.

Chery inicia construção de fábrica em São Paulo

A montadora chinesa Chery lançou a pedra fundamental de sua fábrica em Jacareí, localizada a 70 quilômetros da capital paulista. A unidade avaliada em 400 milhões de dólares produzirá dois modelos: os utilitários S18 e o A13, a partir de 2013, quando as obras devem ser concluídas. Serão 170.000 unidades por ano. Os outros quatro modelos que compõem o portfólio brasileiro da empresa continuarão sendo importados.

Vale e Petrobras acertam megaprojeto em fertilizantes

A Vale e a Petrobras mantém conversas sobre a instalação de um megaprojeto de fertilizantes em Sergipe. O projeto é avaliado em até 4 bilhões de dólares. Um ponto fundamental para a manutenção do projeto é o arrendamento ou cessão para a Vale da jazida de carnalita que a Petrobras tem em Muruim (SE). Falta a Petrobras decidir se vai optar pelo arrendamento ou cessão da reserva. O projeto seria 100% da Vale.

Fonte: Exame

Marcello da Silva Batista

Banco do Brasil oferece acesso à conta pela TV digital

Cerca de 50 milhões de clientes do Banco do Brasil passam a contar com um novo serviço. Por meio de uma solução desenvolvida em parceria com a empresa de software Totvs, é possível realizar transações bancárias e ter acesso aos serviços por meio do controle remoto do televisor.

Segundo o BB, para isso, é preciso ter a TV conectada a um conversor de TV digital (set-top box) que traga o software de interatividade e tenha o selo Sticker Center, cujo aplicativo é totalmente integrado ao portal gerenciador de aplicações baseado no padrão DTVi (nome dado à implementação do padrão Ginga), voltado a negócios interativos. Os stickers são aplicativos que podem ser acionados por meio do controle remoto direto na tela da TV, trazendo informações úteis, informativas, de entretenimento ou comércio eletrônico.

O novo serviço, ainda segundo o banco, tem por objetivo estimular a interatividade por meio da TV digital. No conforto do sofá, os clientes poderão realizar suas operações bancárias diretamente na TV, com o chamado T-Banking. No decorrer dos próximos anos, novos aplicativos e serviços serão lançados pela parceria, como o desenvolvimento de simuladores de crédito e seguros bancários.

Por enquanto, a solução vem embarcada nos conversores das marcas Visiontec e D-Link, mas a previsão é de que, nos próximos meses, a tecnologia esteja presente em equipamentos de outras marcas. O BB ressalta que, ao incentivar a interatividade, trazendo o conceito do Sticker Center para os clientes, a solução permite que o telespectador aproveite as vantagens da experiência de ver televisão em alta definição, com aplicativos vinculados ao conteúdo e serviços que mais lhe agradam.

Trem-bala descarrila no leste da China e dois vagões caem no rio

Pequim -Um trem-bala descarrilou neste sábado no leste da China, informou a agência de notícias oficial Xinhua, precisando que dois vagões caíram e um rio deixando, pelo menos, 11 mortos.

O trem, que fazia o percurso entre Hangzhou y Wenzhou, descarrilou na província de Zhejiang (leste) às 20H30 (09H30 em Brasília), segundo a agência, que cita o corpo de bombeiros local.

A China está investindo milhares de milhões de dólares na construção de malha ferroviária de alta velocidade. Recentemente, no dia 30 de junho, o primeiro-ministro chinês Wen Jiabao havia inaugurado oficialmente uma linha de alta velocidade, com custo avaliado em 33 bilhões de dólares, entre Pequim e Xangai.

Os grandes investimentos transformaram o setor em foco de corrupção. Segundo uma auditoria estatal, pessoas ligadas à direção das construtoras desfalcaram no ano passado 187 milhões de iuanes (29 milhões de dólares) na linha projetada entre Pequim e Xangai.

Governo estuda liberar venda de bebidas alcoólicas em jogos da Copa

O ministro dos Esportes, Orlando Silva, disse hoje (22) que o governo está analisando o pedido da Federação Internacional de Futebol (Fifa) de liberar a venda de bebidas alcoólicas em estádios durante a Copa do Mundo. O Estatuto do Torcedor proíbe o consumo e a venda de álcool nos estádios.

“A Fifa pautou esse tema para nós. Nós estamos examinando a conveniência, a oportunidade ou não de manter a regra ou suspender a regra do consumo de bebida alcoólica”, disse o ministro.

Segundo Silva, o tema será discutido na elaboração do projeto de lei que vai determinar as normas para o Mundial de 2014. “Nós não vamos decidir sobre esse tema sem ouvir, por exemplo, o Ministério Público [Federal]”, ressaltou. O ministro lembrou que em alguns países o consumo de bebidas com álcool é permitido nos estádios.

Silva disse que o projeto de lei deverá ser enviado ao Congresso Nacional na primeira quinzena de agosto e que a decisão sobre o tema levará em conta vários fatores, como os contratos de patrocínio. “É um evento internacional, tem compromissos internacionais, tem patrocinadores da Fifa, mas tem também a estratégia do Brasil”.

Governo libera arquivos para caça a torturadores

O Ministério da Justiça liberou totalmente o acesso ao Arquivo Nacional para 12 representantes de perseguidos políticos e familiares de mortos e desaparecidos durante o regime militar, que, segundo o governo, procuram identificar torturadores e assassinos da ditadura. Os pesquisadores são ex-ativistas ou parentes de atingidos pelo período autoritário.

O pedido de acesso foi feito há cerca de um mês pela Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, entidade civil, ao ministro. O trabalho começará na próxima semana e não poderá sofrer nenhuma restrição do Estado.

A decisão consta da Portaria 1.668, de 20 de julho de 2011, do ministro José Eduardo Martins Cardozo, publicada no Diário Oficial de quinta-feira.

Em 10 anos, País ganha 1 milhão de moradores que se declaram amarelos

Luciana Nunes Leal - O Estado de S.Paulo

O Brasil viveu, na última década, uma explosão da população de origem asiática, explicada em grande parte pelo retorno de brasileiros que moravam no Japão e pela chegada de imigrantes vindos principalmente da China.

Dados do Censo 2010 apontam 2,084 milhões de residentes no País que se declararam de cor ou raça amarela - um aumento de 1,322 milhão de habitantes em relação ao ano 2000, equivalente ao município de Guarulhos.

Em dez anos, os "amarelos" cresceram 173,7%. Embora a proporção ainda seja muito pequena, os orientais e seus descendentes passaram de 0,45% para 1,09% da população.

O pesquisador Kaizô Beltrão, professor da Fundação Getúlio Vargas e especialista em estudos demográficos, aponta uma terceira razão para o aumento dessa população: maior identificação dos mestiços com suas origens, o que pode ter levado filhos de brasileiros com asiáticos a se declararem amarelos.

No novo desenho da distribuição dos asiáticos, o Nordeste, e não mais o Sudeste, apresentou a maior proporção de população amarela, embora em números absolutos a concentração continue no Sudeste. São Paulo, que tem a maior comunidade japonesa do País, deixou de ser o Estado com maior porcentual de asiáticos e descendentes e caiu para sétimo lugar, apesar de ter tido aumento no número absoluto.

A atração pelo Nordeste pode ser explicada pelo aquecimento econômico, com investimentos em infraestrutura e serviços e aumento da demanda por mão de obra. Na população nordestina, o número de amarelos subiu quase dez vezes: passou de 67 mil em 2000 para 631 mil em 2010.

O Piauí passou a ser o Estado com maior proporção de asiáticos, com 2,3% da população total. Segundo o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico, Warton Neiva, há um grande número de asiáticos no agronegócio, especificamente na pecuária. Em Teresina, onde o número de asiáticos cresceu 14 vezes, é perceptível a presença de chineses em lanchonetes improvisadas para venda de pastel e caldo de cana.

Em Fortaleza, o aumento também foi impressionante, de 3,5 mil para 33 mil. Hoje é mais fácil achar uma temakeria na orla do que um local que venda tapioca. Discretos, os chineses não gostam de se identificar. Dono de uma loja de eletrônicos, Edson (nome fictício) se adaptou com facilidade aos costumes locais. Difícil foi a alimentação. "Mas agora há restaurantes de comida japonesa, então melhorou."

Embora detalhes do Censo 2010 sobre nacionalidade ainda não estejam disponíveis, alguns números oficiais dão pistas para o aumento da população amarela. Segundo o Ministério da Justiça, o número de chineses legalmente residentes no Brasil aumentou 25% entre 2009 e 2010, passando de 28,5 mil para 35,2 mil. O Censo 2000 registrou a presença de 15 mil chineses.

Atrativos. Investimentos da China em agricultura e energia têm trazido profissionais mais qualificados ao País. Além disso, há um grande número de chineses que chegam com visto de turista e se acabam se radicando no Brasil. Atuam na economia informal em comércio de importados e no setor de alimentos.

Na tentativa de evitar o aumento de imigrantes ilegais, o Itamaraty recomendou à embaixada brasileira na China atenção redobrada nos pedidos de vistos. Por enquanto, não há recomendação formal de restrição.

Identificação. Outro dado que comprova a vinda de asiáticos para o Brasil são as autorizações concedidas pelo Ministério do Trabalho a estrangeiros. O número para filipinos foi de 1.542 em 2006 para 6.531 em 2010.

Outra informação reforça a tese de que o aumento da população amarela se deve ao retorno de brasileiros. Dados da Associação Brasileira de Dekasseguis indicam que o número de brasileiros no Japão caiu 14,4% em 2009. "O movimento dekassegui aumentou a identidade dos mestiços que antes podiam se declarar brancos e agora se declaram amarelos." / COLABORARAM TIAGO ROGERO, BRUNO BOGHOSSIAN e CARMEN POMPEU

FONTE: ESTADÃO.COM.BR

Bebê é roubado em hospital do Rio

Um bebê foi levado por uma falsa médica de um hospital em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, na tarde desta sexta-feira, 23. Por volta das 17h30, a suspeita entrou com uma roupa branca no Hospital São José dos Lírios e conseguiu acessar suas dependências após se identificar como médica na portaria.

Segundo o diretor do hospital, Sérgio Moutinho, como muitos médicos de fora fazem cirurgia no local, a liberação na entrada é natural.

Logo depois de entrar, a falsa médica se dirigiu à ala da maternidade e disse para uma das mães, Eliza da Silva Barbosa, de 27 anos, que levaria seu bebê, a recém-nascida Ayanna Milla Barbosa de Moraes, para realizar alguns exames. O problema foi descoberto quando uma enfermeira do hospital foi verificar a situação da criança e descobriu que ela não estava lá. Após realizarem buscas nas dependências do prédio, os médicos passaram a notícia para a mãe e chamaram a polícia.

De acordo com Moutinho, imagens do circuito interno de câmeras do hospital mostram claramente o momento em que a suspeita entra e sai do hospital. Nesse intervalo, ela aparece saindo do quarto com o bebê no colo, entrando no banheiro, e saindo com apenas um sacola, sem nada mais nas mãos. A hipótese é que ela tenha levado a criança dentro da sacola. Os pais reconheceram a suspeita nas imagens.

Na manhã deste sábado, 23, a polícia está no local ouvindo testemunhas. A principal pista sobre o caso fornecida até agora foi dada por uma loja de material médico, onde a falsa médica comprou a roupa branca. Após ver as imagens do roubo no noticiário, os comerciantes reconheceram a moça e passaram o número do cartão de crédito utilizado na compra.

Marcello da Silva Batista

Dilma demitirá todos diretores do Dnit e da Valec, dizem jornais

A presidente Dilma Rousseff demitirá todos os diretores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e da Valec, estatal que controla as ferrovias federais, publicaram jornais neste sábado, após conversa da presidente com veículos impressos na véspera.

Dnit e Valec, órgãos comandados pelo Ministério dos Transportes, têm sido alvos de denúncias de irregularidades em obras públicas desde o início deste mês, quando foi publicada acusação de que a pasta seria usada pelo Partido da República (PR) para arrecadação de propina.

Desde o início das denúncias, várias autoridades da pasta, incluindo do Dnit e da Valec, já foram demitidas ou pediram exoneração, incluindo o então ministro dos Transportes Alfredo Nascimento, que é do PR.

De acordo com os jornais que conversaram com a presidente, Dilma disse que as demissões acontecerão independente da filiação partidária e têm o objetivo de reformular o setor.

"Sairão todos os dirigentes do Dnit e da Valec", afirmou a presidente, de acordo com as edições deste sábado das publicações. "Estamos fazendo uma renovação, todos sairão, independente de endereços partidários."

Segundo os jornais, Dilma evitou criticar as nomeações políticas para cargos do governo. "Não se pode demonizar a política nem as relações com os ministério", afirmou. Na sexta-feira Hideraldo Caron pediu demissão do cargo de diretor de Infraestrutura Rodoviária do Dnit. Ele é a primeira pessoa ligada ao PT a perder o posto em meio às denúncias nos Transportes. Sua saída vinha sendo reivindicada por lideranças do PR, que consideravam que a sigla vinha sendo a única responsabilizada pelos escândalos na pasta.

Marcello da Silva Batista

Sobe para 92 o número de mortos nos atentados na Noruega

A Noruega amanheceu de luto neste sábado pelos 92 mortos nos dois ataques de sexta-feira em Oslo, segundo um novo balanço ainda provisório divulgado pela polícia.

Pelo menos 85 pessoas morreram no ataque a tiros em meio a uma reunião de jovens trabalhistas na ilha de Utoeya, perto de Oslo, e outros sete na explosão de uma bomba no bairro dos ministérios, na capital norueguesa. Os atentados estão sendo considerados a maior matança na Europa desde os de 11 de março de 2004 em Madri, quando morreram 191 pessoas.

Ainda segundo a polícia, o suspeito desses atos é um "fundamentalista cristão", de 32 anos, que está sendo interrogado neste sábado e que foi identificado pela imprensa norueguesa como Anders Behring Breivik. O primeiro-ministro da Noruega, Jens Stoltenberg, qualificou de "tragédia nacional" o duplo atentado.

"Nosso país jamais havia sido afetado por um crime desta magnitude desde a Segunda Guerra Mundial", declarou Stoltenberg durante entrevista à imprensa."É um pesadelo", afirmou, referindo-se "ao medo, ao sangue e à morte" que enfrentaram os jovens.

"O fato dói ainda mais porque Utoeya é um lugar onde vou a cada verão, desde 1974. Ali conheci a alegria, o compromisso e a segurança. O local, famoso agora por uma violência brutal, era um paraíso da juventude que se transformou em inferno, em poucas horas", precisou.

O suspeito de autoria do atentado a bomba no centro de Oslo na sexta-feira, havia comprado seis toneladas de fertilizantes no começo de maio, informou uma porta-voz da Central de Compras Agrícolas.

Fonte: exame

Marcello da Silva Batista

Morte de Amy Winehouse domina Twitter

A morte da cantora pop Amy Winehouse tornou-se o assunto mais discutido do mundo, no Twitter, apenas 10 minutos após as primeiras notícias serem divulgadas pelas redes de TV na Inglaterra.

A hashtag #amywinehouse subiu à primeira colocação dos trending topics nos minutos seguintes a divulgação, pela rede de TV britânica Sky News, de que a artista foi encontrada morta no apartamento em que vivia, em Londres.

O buzz no Twitter foi acompanhado por uma onda de acessos simultâneos a sites notícias e celebridades, como os americanos TMZ, conhecido por noticiar primeiro a morte de Michael Jackson, e CNN. A forte curva de acessos tornou a estabilidade destes sites intermitente, como é praxe após acontecimentos de grande impacto.

As circunstâncias da morte de Amy ainda não foram divulgadas. As primeiras suspeitas são de que a jovem de 27 anos tenha sofrido uma overdose por consumo de drogas. Reconhecida como artista brilhante e carismática, Amy vivia um drama público de dependência química.

Neste ano, a cantora encerrou precocemente uma turnê de shows na Europa após não conseguir cantar canções inteiras e esquecer trechos de letras, apresentando sinais inequívocos de debilidade.

Fonte: Exame

Marcello da Silva Batista

Ataques na Noruega mataram 92 pessoas, diz polícia

A polícia da Noruega informou neste sábado (23) que subiu para 92 o número de mortos após a explosão na sede do governo e o tiroteio na ilha de Utoeya, em Oslo, na sexta.

"Oitenta e cinco pessoas foram confirmadas mortas no tiroteio na ilha", disse o porta-voz da polícia, Trine Dyngeland. O número de feridos não foi informado.

Equipes de emergência estão vasculhando a água com barcos e câmeras subaquáticas em busca de vítimas que tentaram fugir do atirador a nado.

Questionado sobre rumores de que testemunhas teriam visto um segundo atirador na ilha, o porta-voz da polícia disse que não há relatos concretos de um segundo homem, "embora nenhuma possibilidade esteja excluída".

Motivação política

A polícia não confirmou oficialmente a identidade do principal suspeito, que a mídia da Noruega revelou como sendo o norueguês Anders Behring Breivik, de 32 anos, que teria ligações com a extrema-direita do país.

"Eu acho que o que nós vimos hoje é que a violência motivada pela política é uma ameaça à sociedade e pedimos à polícia uma detalhada e efetiva investigação, que ainda está em andamento", disse neste sábado o ministro de Relações Exteriores Jonas Gahr Store.

O suspeito está colaborando com a polícia, disse o chefe da polícia Roger Andresen, durante uma entrevista coletiva.

Um homem com uma faca no bolso foi detido do lado de fora de um hotel onde o primeiro-ministro Jens Stoltenberg visitava sobreviventes e parentes de vítimas do atirador.

Ataques
Em Oslo, uma explosão quebrou várias janelas do prédio de 17 andares em que o premiê, Jens Stoltenberg, despacha, e danificou gravemente prédios em praticamente um quarteirão inteiro, incluindo o local onde funciona a redação do jornal de grande circulação "Verdens Gang" (VG).

Na ilha de Utoeya, na periferia da capital, um atirador abriu fogo em um acampamento de verão de jovens do Partido Trabalhista, com cerca de 700 participantes. A polícia afirmou que foram encontrados explosivos não detonados na ilha.

Os dois ataques, segundo Sveining Sponheim, vice-chefe da polícia, têm conexão.

Imagens de Anders Behring Breivik foram divulgadas na sexta pela imprensa norueguesa. Ele seria um homem de 1,90 metro, loiro e de porte atlético, segundo a TV2.

De acordo com testemunhas, o autor da matança se apresentou na colônia de férias vestido de policial, afirmando ser responsável pela segurança dos participantes após a explosão ocorrida horas antes.

Várias testemunhas disseram que ele usou um fuzil automático no ataque.

Bomba
Antes deste incidente, uma bomba explodiu em Oslo, destruindo prédios do governo em um quarteirão inteiro e deixando mortos e feridos.

A polícia pediu aos habitantes da capital que evitem as grandes concentrações e permaneçam em casa em função da situação de emergência.

A imprensa relatou que poderia haver outras bombas na região, mas nenhuma explosão posterior foi registrada.

O premiê Jans Stoltenberg, que não estava no local na hora da explosão, disse que nenhum ministro foi atingido. Ele afirmou que a situação era grave e convocou reuniões de emergência para tratar da crise.

Fonte: Globo.com

Imagem de 'Nossa Senhora do Crack' causa polêmica em SP

Um fotógrafo e artista plástico causou polêmica na Cracolândia, região central de São Paulo conhecida pela presença de usuários de drogas, ao instalar a imagem de Virgem Maria à frente de uma parede com fundo azul e as seguintes inscrições em dourado sobre ela: “Nossa Senhora do Crack”. Acima dela, há uma luminária. A obra com a estrutura de gesso, presente nas igrejas católicas, foi feita por Zarella Neto e colocada na Rua Apa, em Santa Cecília, na sexta-feira (22).

A obra do artista estava na fachada de uma casa abandonada até a manhã deste sábado (23), quando dependentes químicos revoltados com o uso da imagem a destruíram.
Neto afirmou que sua intenção foi a de chamar a atenção das autoridades para o problema com as drogas na região. Para isso, ofereceu uma espécie de padroeira aos viciados que se concentram em frente ao local todos os dias para fumar cachimbos de crack.

Polêmica
“Eu achei uma ofensa à Nossa Senhora, eu como católico, não aprovo”, disse o frentista Luciano dos Santos.

Usuários de crack, que não quiseram se identificar, também não aprovaram o uso da imagem. "Achei ridículo. Na minha opinião é um pecado sem tamanho. Puzesse um outro nome, Nossa senhora da Apa, rogai por nós”, disse uma usuária.

“Quem fez isso aí errou, não devia ter feito porque, queira ou não, não pode envolver uma santa com o crack, que é uma santa da igreja, coisa de Deus, então nós tem que respeitar”, disse outro usuário.

Revolta
Nesta manhã, um grupo de usuários de drogas ficou revoltado com a obra. Um homem se dependurou na imagem e a derrubou no chão. “Nós quebramos porque é a santa do mal, é como se fosse a santa do mal. A santa do crack”, disse um usuário.

“Porque o crack não é bom, o crack não é de Deus e a santa é uma santa divina, uma coisa boa”, afirmou uma usuária.

Apoio
O padre Julio Lancelotti que trabalha com moradores de rua e dependentes químicos, diz que a idéia do artista foi louvável por levar uma esperança para quem vive no mundo das drogas. "Eu acho que agora quebrada ela ficou mais parecida com o povo que está aqui", disse o padre.

A moradora Maria Aparecida levou o que sobrou da imagem para casa. “Eu fiquei muito com pena, fazer isso. Vou deixar lá na porta do meu barraco”.

O que diz o artista
A idéia do artista que nasceu e mora no bairro há 33 anos era o de chamar a atenção das autoridades e moradores para o problema da Cracolândia. “Não tem a Nossa Senhora de Fátima, de Guadalupe, ela tá na Cracolândia porque ela é protetora do pessoal. Se na terra ninguém faz nada por eles, a santa seria a protetora”, disse Neto, que não imaginava que a obra fosse causar tanta polêmica.

O artista afirmou que vai colocar uma nova imagem da santa no lugar da que foi destruída.

Fonte: G1

Marcello da Silva Batista

Cantora Amy Winehouse é encontrada morta em Londres

A cantora Amy Winehouse foi encontrada morta em sua casa, em Londres, neste sábado (23), segundo a polícia de Londres. A cantora tinha 27 anos e um histórico de envolvimento com álcool e uso de drogas.

A cantora se apresentou em turnê pelo Brasil em janeiro deste ano, com shows em Florianópolis, Rio de Janeiro, Recife e São Paulo.

No mês passado, a cantora britânica abandonou uma turnê pela Europa após ter sido vaiada durante show na Sérvia por aparentemente estar bêbada demais durante a performance.

Durante 90 minutos, Amy balbuciou partes de suas canções e deixou o palco várias vezes, enquanto a banda continuava o show.

A cantora vinha enfrentando uma longa batalha contra as drogas e o álcool que vinham ofuscando sua carreira nos últimos anos. Um dos seus principais hits, "Rehab", falava sobre suas constantes idas às clínicas de reabilitação.

Causa não esclarecida
Um porta-voz da Polícia Metropolitana de Londres confirmou que a cantora de 27 anos foi encontrada morta na sua casa no bairro de Camden e que o motivo da morte ainda não foi esclarecido.

Uma ambulância do Serviço de Emergência foi chamada, mas segundo a polícia, já teria encontrado a cantora morta.

"A polícia foi chamada pelo serviço de emergência de Londres para o endereço na Camden Square pouco depois das 16h05 de hoje, sábado, 23 de julho, seguindo relatos de que uma mulher foi achada desacordada", diz a nota divulgada pela Polícia Metropolitana de Londres.

Segundo o texto, a cantora foi declarada morta no local. "As investigações sobre as circunstâncias da morte continuam. Neste estágio inicial, ela está sendo tratada como não esclarecida."

Winehouse foi aclamada pela crítica já aos 20 anos, com o lançamento de seu primeiro álbum, "Frank". Em 2006, o lançamento de "Back to black" consagrou a cantora. O disco foi vencedor de cinco prêmios Grammy.

Marcello da Silva Batista

Homossexual assumido, dr. Marcelo, do 'BBB', se casa no Rio

O ex-BBB Marcelo Arantes, que ficou conhecido como "dr. Marcelo" por ser psiquiatra, anunciou no Twitter que se casou. Em seguida, postou uma foto do braço dele e do parceiro.

A união civil do ex-BBB - que é gay - com seu companheiro foi oficializada no 14º Ofício de Notas no Rio de Janeiro e a foto do casal postada por ele na página do microblog.

Procurado pelo EGO, Marcelo estava ao lado de seu parceiro e limitou-se a dizer que está muito feliz. Impedido pelo companheiro de dar mais detalhes sobre a união, o ex-BBB disse apenas que eles estão juntos desde 2010 e moram em Copacabana, na Zona Sul do Rio.

"Oficializamos nossa união nesta sexta-feira, 22, no Rio. Há um mês minha família veio de Minas para um almoço para comemorar nossa decisão. Estou muito feliz!", disse Marcelo que convidou a amiga e também ex-BBB Thalita Lippi para ser a madrinha.

Pai: 'Emocionante'

O pai de Marcelo, o pesquisador Neilson Arantes, que comemorou com a mulher e mãe do psiquiatra, Joana, a união do filho, disse que ficou muito emocionado.

"Para mim, é a mesma emoção que senti com meus outros filhos que se casaram. Tenho mais três filhos além do Marcelo e é o mesmo sentimento de felicidade, de vê-lo redirecionando sua vida."

Fonte: EGO

Marcello da Silva Batista

segunda-feira, 11 de julho de 2011

EUA condenam Síria após ataque à embaixada americana em Damasco

O Departamento de Estado dos EUA condenou formalmente a Síria nesta segunda-feira (11) por falhar ao garantia a segurança da embaixada americana no país, em Damasco, após um ataque que, segundo os EUA, foi encorajado por uma TV pró-regime.

"Uma estação de TV que é fortemente influenciada pelas autoridades sírias encorajou essa violenta demonstração", disse o departamento em comunicado.

"Nós fortemente condenamos a recusa do governo sírio a proteger nossa embaixada, e pedimos compensação pelos danos", diz o testo. "Apelamos ao governo sírio para que cumpra suas obrigações para com seus cidadãos também."

Mais cedo, partidários do presidente Bashar al Assad tentaram invadir as sedes das embaixadas dos EUA e da França em Damasco, segundo diplomatas dos dois países.

Marcello da Silva Batista

Na embaixada francesa, guardas tiveram de disparar para dispersar a multidão. O grupo continuava cercando o local.

No prédio da embaixada dos EUA, a multidão tentou entrar, nas logo deixou o local. Um funcionário americano, que não se identificou, disse à agência Reuters que a resposta das autoridades foi "lenta e insuficiente".

Não há relatos de vítimas em nenhum dos dois ataques, e os funcionários não ficaram em situação de risco.

O Departamento de Estado dos EUA condenou formalmente a Síria nesta segunda-feira (11) por falhar ao garantia a segurança da embaixada americana no país, em Damasco, após um ataque que, segundo os EUA, foi encorajado por uma TV pró-regime.

"Uma estação de TV que é fortemente influenciada pelas autoridades sírias encorajou essa violenta demonstração", disse o departamento em comunicado.

"Nós fortemente condenamos a recusa do governo sírio a proteger nossa embaixada, e pedimos compensação pelos danos", diz o testo. "Apelamos ao governo sírio para que cumpra suas obrigações para com seus cidadãos também."

Mais cedo, partidários do presidente Bashar al Assad tentaram invadir as sedes das embaixadas dos EUA e da França em Damasco, segundo diplomatas dos dois países.

Na embaixada francesa, guardas tiveram de disparar para dispersar a multidão. O grupo continuava cercando o local.

No prédio da embaixada dos EUA, a multidão tentou entrar, nas logo deixou o local. Um funcionário americano, que não se identificou, disse à agência Reuters que a resposta das autoridades foi "lenta e insuficiente".

Não há relatos de vítimas em nenhum dos dois ataques, e os funcionários não ficaram em situação de risco.

Marca Webjet deverá desaparecer caso compra pela Gol seja aprovada

O presidente da Gol Linhas aéreas, Constantino de Oliveira Junior, afirmou nesta segunda-feira (11) que a marca Webjet deverá desaparecer no futuro, caso a compra da companhia pela Gol seja concretizada e aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Em teleconferência para detalhar o negócio, o executivo disse que não vê perspectiva de aumento de tarifas nem demissões por causa da aquisição, e que a intenção da Gol é renovar a frota da Webjet.

“Deverá se extinguir a marca Webjet, ficar com a marca Gol, e isso não implicaria aumento de custo por essa operação”, disse Oliveira Junior, em teleconferência para detalhar o negócio. Ele diz que ainda não comunicou oficialmente o Cade sobre o negócio; pela lei, o órgão regulador precisa ser avisado em até 15 dias do anúncio.

A Gol anunciou na sexta-feira (8) acordo de compra da Webjet, quarta maior companhia aérea do mercado brasileiro. O negócio ainda depende da aprovação dos órgãos reguladores para se tornar realidade e foi fechado em R$ 311 milhões, dos quais cerca de R$ 96 milhões serão pagos aos atuais sócios e R$ 200 milhões são dívidas da Webjet com bancos. Segundo Leonardo Pereira, vice-presidende financeiro da Gol, os principais credores da Webjet são os bancos Bradesco, Safra e Citibank; as dívidas vencem até 2015.

Tarifas
De acordo com a previsão de Constantino Oliveira Junior, a aquisição não deverá resultar em aumentos de tarifas para o consumidor. "Entendemos que com a compra da Webjet a Gol se fortalece, passa a ter condições de oferecer mais serviços, tornar o serviço mais atraente por um custo baixo para os nossos clientes", disse o executivo, que afirmou que o processo de consolidação do setor é uma "tendência mundial' e não traz prejuízos ao consumidor.

"É muito importante conseguir escala, se tornar menos suscetível ao preço do petróleo ou à oscilação da demanda. (...) No mundo desenvolvido existe a concentração e não significa que o consumidor seja prejudicado", avaliou.

O empresário citou que, mesmo quando o mercado brasileiro era dominado por somente duas companhias (TAM e Gol), o preço médio das passagens não deixou de decrescer ao longo dos anos.

Renovação da frota
Segundo o executivo, a Gol pretende renovar a frota da Webjet para adequá-la aos padrões atuais da Gol, que tem 115 aeronaves Boeing Next Generation 737-700 e 737-800, mais modernas que os 24 Boeing 737-300 atualmente operados pela Webjet.

"Estamos imaginando que se o Cade e a Anac aprovassem hoje a operação, por exemplo, poderíamos renovar toda a frota em 18 a 24 meses", estimou.

Para Constantino, o fato de as duas companhias operarem Boeings deve baratear o custo de treinamento de pessoal na renovação. "Torna bem mais barato o treinamento dos tripulantes, conseguiremos renovar a frota sem grandes investimentos em pessoal", estima.

Além disso, avalia o executivo, o custo de operação das companhias por assento é parecido. "Não teremos que fazer uma reestruturação grande para que consigamos imprimir o ritmo da Gol naquilo que hoje é a frota da Webjet", estima.

Integração
A ideia, segundo Constantino, é manter as duas marcas até que o negócio seja aprovado pelas autoridades e, a partir daí, iniciar o processo de integração. Segundo o executivo, tal integração seria possível porque as duas empresas atuam no segmento de baixa tarifa.

A estimativa da companhia é de que a integração gere sinergia de R$ 100 milhões em dois anos após a aprovação do negócio.

Milhagens
O executivo afirmou que a Gol pretende solicitar ao Cade que parte das operações das duas companhias seja integrada mesmo antes da aprovação final do negócio pelo órgão.

"Vamos solicitar ao Cade a possibilidade de fazer acordo de codeshare (compartilhamento de voos entre as duas companhias) tão logo como possível. Mas depende do Cade", afirmou. Outro ponto a ser solicitado pela Gol antes do veredito final do órgão regulador é o de permitir que clientes Webjet possam pontuar no programa de milhagens Smiles, da Gol.

“Pretendemos ampliar o programa Smiles para os clientes da Webjet com as mesmas regras da Gol”, afirmou o executivo, que destacou que a definição das regras ainda depende de autorização do Cade.

Demissões
Constantino Oliveira Junior disse ainda que a empresa não prevê demissões em caso de concretização do negócio, porque a Webjet já tem um quadro de funcionários que ele definiu como "enxuto", sem excesso de funcionários e com um nível de terceirização mais alto que da Gol.

"Por ter um quadro tão enxuto não acredito que haja um processo de demissão, pelo contrário, a gente tem condições de à medida que renovar a frota e tornar mais o processo da Webjet mais produtivo nos permitirá provavelmente continuar o processo de contratação que já temos hoje", disse.

Similaridades
Para Constantino, as características similares entre Gol e Webjet favorecem o negócio, como o fato de as duas se dedicarem ao segmento de tarifas de baixo custo e de trabalharem com aeronaves da Boeing.

"A Webjet tem a mesma proposta que Gol, operação enxuta, tarifas competitivas, facilitaria integração da companhia", diz.

Fonte: G1

Marcello da Silva Batista

Obras para Olímpiadas em 2016 estão mais adiantadas do que as da Copa

O governo conseguiu aprovar no Congresso a medida provisória que altera as regras de licitação para as obras da Copa do Mundo e da Rio 2016. Para comemorar, a presidente Dilma Rousseff receberá, na quarta, os líderes dos partidos aliados em um jantar no Palácio da Alvorada. Mas o otimismo político não se traduz na realidade dos canteiros: a dois anos do início da Copa das Confederações, em julho de 2013, mais da metade das obras de mobilidade urbana tiveram seus cronogramas de conclusão reprogramados; São Paulo ainda não tem estádio para a realização dos Jogos, e os editais para concessão à iniciativa privada de três dos principais aeroportos brasileiros — Garulhos e Viracopos, em São Paulo, e o de Brasília — só saem em dezembro. Os editais de Confins, em Belo Horizonte, e do Galeão, no Rio de Janeiro, só devem estar prontos no ano que vem.

O Ministério do Esporte foi procurado pelo Correio, mas não quis se manifestar sobre o assunto. Segundo o relator da RDC na Câmara, o deputado José Guimarães (PT-CE), após a aprovação da matéria no Congresso, o cronograma ficará mais acelerado. “Os governadores, inclusive da oposição, começam a correr atrás do prejuízo nas obras estaduais. Vamos conseguir entregar tudo a tempo do Mundial”, acredita. A situação das obras da Copa fica ainda pior em contraste com outro grande evento esportivo brasileiro previsto para esta década, os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio, que estão em um estágio um pouco mais avançado, apesar de ter mais mais dois anos de folga. O cronograma em dia e a última visita feita pelos representantes do Comitê Olímpico Internacional geraram elogios à Cidade Maravilhosa. Isso ocorreu apesar de a passagem deles ter coincidido com um vendaval que assolou a capital fluminense e expôs um antigo drama conhecido dos cariocas: o alagamento das ruas ao redor do Maracanã e próximas à Praça da Bandeira. “Tudo bem, isso foi em junho, os jogos serão em agosto, nessa época nunca chove no Rio”, aposta um dos integrantes do Comitê Rio 2016.

Provocações
Os organizadores dos dois eventos trocam provocações. Para quem está planejando a Copa do Mundo de 2014, organizar a Olimpíada parece mais fácil: é apenas uma cidade e boa parte do aparelho urbano estará pronto, justamente por conta da Copa.

Responsáveis pela organização da Rio 2016 rebatem. As Olimpíadas envolvem um número maior de atletas, de diversas modalidades. Além disso, a concentração dos eventos em uma cidade só se torna uma vantagem por centralizar a atuação política e minimizar as vaidades na organização de um evento com mais de uma sede. Quanto ao tempo para erguer todas a estrutura necessária para a festa, o argumento é irrefutável: o Rio virou cidade-olímpica em 2009 e o Brasil, sede da Copa em 2007. Em ambos os casos, o prazo entre a escolha e a realização do evento é o mesmo: sete anos.

Essa aura de organização da Rio 2016 não esconde, contudo, uma divergência política. O governo federal criou a chamada Autoridade Pública Olímpica para gerenciar o evento. Pela ideia inicial, a intenção era que a APO tivesse a palavra final em tudo, inclusive nas licitações e na elaboração dos contratos com aditivos inevitáveis em eventos deste porte. Atualmente, o orçamnto previsto para a Rio 2016 está em R$ 23,2 bilhões. O governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes, ambos do PMDB, bateram o pé e conseguiram tornar-se soberanos sobre as obras, o que melindrou o primeiro indicado para a APO, o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles.

Meirelles desistiu do cargo, negociou com a presidente Dilma uma vaga no Conselho de Governança para ter tempo de dedicar-se à atuação no mercado financeiro. A presidente decidiu nomear o ex-ministro das Cidades, Márcio Fortes, que na semana passada teve seu nome aprovado em sabatina no Senado (leia entrevista abaixo). Mas o primeiro compromisso de Fortes não foi muito animador. Há três semanas, ele participou de um evento no Consulado Britânico no Rio para troca de impressões sobre os Jogos de Londres 2012. Paes era o anfitrião e convidou para compor a mesa e falar sobre a Rio 2016 ninguém menos do que Henrique Meirelles. Fortes, presente no evento, não foi chamado sequer para a Mesa Oficial.

No caso da Copa do Mundo, o drama é mais explícito. O país corre atrás do prejuízo de ter feito opção política de inchar o número das cidades sedes. A Alemanha tem uma infraestrutura urbana muito mais completa que o Brasil, escolheu seis cidades-sede para o Mundial de 2016. O Brasil escolheu simplesmente o dobro. Uma testemunha presencial das negociações lembra do equilíbrio que o ex-presidente Lula fez para agradar a todos de olho nos dividendos eleitorais para sua então candidata a presidente, Dilma Rousseff. Hoje no cargo, ela tem uma herança difícil de administrar até 2014, ano em que poderá tentar a reeleição para o Palácio do Planalto.

Atendimento do 190 cai no descrédito

O 190 é o número do serviço de emergência da Polícia Militar. O 911 brasileiro deve ser discado por quem quer contato imediato com as autoridades, de maneira a prevenir ocorrências graves ou pedir a presença da polícia na busca de algum bandido que acabou de cometer um crime. Mas, no Distrito Federal, o atendimento, que em junho completou três anos gerido por uma empresa terceirizada (leia Memória), coleciona reclamações da população e tem o descrédito até de policiais militares.

O Correio encontrou um caso em que o pedido de ajuda ao 190 nem teve o registro no sistema da Polícia Militar, apesar de quatro ligações feitas pela vítima. O estudante Renato de Lima Cordeiro, 24 anos, acordou com uma visão desagradável em 17 de junho. Do alto do seu quarto, no quinto andar de um prédio da 205 Norte, ouviu o alarme do carro tocar, por volta das 7h45. Ao abrir a janela, enxergou um homem furtando as rodas do veículo. Ele gritou que ia ligar para a polícia, mas o bandido não se intimidou. “Ele me respondeu: ‘Pode chamar!’”, conta. Em seguida, Renato ligou para o 190. Por volta das 8h30, os policiais não haviam chegado. Na quarta ligação, o atendente mudou o discurso: em vez de repetir que uma equipe estaria a caminho, afirmou que não havia efetivo disponível e que deveria procurar a Polícia Civil.

O mais grave é que, apesar das repetidas ligações, o pedido de Renato nunca chegou ao 3ª Batalhão da Polícia Militar, na Asa Norte. O Correio teve acesso ao sistema de análise criminal da PM no mesmo dia da solicitação e não havia qualquer referência à reclamação do estudante. “Ela não chegou até nós, isso eu posso garantir, porque efetivo eu teria para atender”, afirmou o comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar,
tenente-coronel Leonardo Sant’Anna. Ele não se revelou surpreso que o pedido não tenha chegado a ao batalhão.

Informado pela reportagem que o pedido havia se perdido, Renato indignou-se: “Eu liguei quatro vezes, dava tempo de perseguirem os caras e, provavelmente, prendê-los. É um descaso com a população, porque a gente tem o dever de pagar impostos, mas tem direito aos serviços de segurança pública”, reclamou.

Descaso
A auxiliar de enfermagem Mariza de Araújo, 35 anos, também perdeu a confiança no 190. Na única vez em que precisou do serviço, uma equipe da PM que estaria nas proximidades do local da ocorrência, segundo o atendente, nunca apareceu. O pedido foi feito na metade do ano passado, durante um dos ataques de fúria do cunhado dela, que bebe muito e vive no mesmo lote da família, em Sobradinho. Um mês depois, em situação parecida, ela preferiu recorrer a um contato na corporação para garantir a presença da Polícia Militar. “Ele (um parente) se comunicou diretamente com a PM. Dessa vez, a polícia chegou sem demora. A gente não usa mais o 190”, explica Mariza.

Há ainda casos de orientações equivocadas para quem liga no 190. O motorista Fábio Nascimento, 35 anos, pediu que a PM garantisse a segurança da quadra dele em Ceilândia, em setembro do ano passado. Ele havia visto um cachorro da raça pit-bull circulando livremente durante a manhã, horário em que muitas crianças seguiam para escola. A atendente orientou-o a ligar no numero 197, da Polícia Civil. Obviamente, os agentes civis rebateram que o trabalho era mesmo da Polícia Militar. Em nova chamada ao 190, o discurso mudou. “O atendente falou que não iriam disponibilizar carro para isso, que a viatura só sairia em casos mais graves, como homicídio”, diz Fábio.

Fonte: Correio Braziliense

Marcello da Silva Batista

Governo aplicou apenas 20% dos R$ 410 mi previstos para o combate às drogas

Eles já chegam à impressionante marca de 900 mil no país, formando um exército de dependentes químicos da cocaína e crack que não para de crescer, de acordo com levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU). Desde junho do ano passado, o governo reservou quase meio bilhão de reais para alterar a realidade, mas até agora não foram aplicados nem 20% dos recursos previstos, apesar da deficitária estrutura de atendimento. O Plano Nacional de Combate ao Crack e Outras Drogas, anunciado ainda no governo Lula, não decola. Isso, apesar de a considerável cifra de R$ 410 milhões ter sido pulverizada entre os ministérios da Justiça, da Saúde e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Hoje, o Brasil sequer conhece a face de seus dependentes químicos, em especial do crack. O último levantamento oficial sobre o uso de drogas no país foi feito em 2005 e uma nova pesquisa seria concluída em março. Mais uma vez, fez água, conforme admite a própria Secretaria Nacional de Política sobre Drogas (Senad). Uma pesquisa feita pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), em dezembro do ano passado, mostrou que 98% dos municípios brasileiros têm dependentes químicos, inclusive, de crack. Desses, apenas 14,7% têm Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) e 8,4% contam com programas locais de combate ao crack.

Mesmo sem dados científicos sobre a realidade brasileira do crack, a secretária Nacional de Política sobre Drogas, Paulina Duarte, desdenhou da tese sobre o país viver uma epidemia de crack: “É uma grande bobagem.” O presidente da Comissão Especial de Combate às Drogas da Câmara dos Deputados, Reginaldo Lopes (PT-MG), discorda. Para ele, há um endemia que deve ser tratada como crônica. “Do ponto de vista político, é melhor tratar como epidemia, aprimorar e efetivar políticas públicas do que depois correr atrás do prejuízo”, destacou.

Sem atendimento
Ainda assim, o Plano de Enfrentamento do Crack e Outras Drogas deixa de contemplar cerca de 62% dos municípios brasileiros com a rede de atendimento pública a dependentes. Ele limitou o acesso às ações apenas a cidades com população acima de 20 mil habitantes, um total de 1.643 (29,5%). Para os demais, está prevista apenas a possibilidade de implantação de Núcleos de Apoio à Saúde da Família. Anunciada com alarde pela Senad, a construção de 2,5 mil leitos em todo o país significa apenas meia vaga para cada município brasileiro. Além disso, a tentativa de lançar editais públicos para contratação de vagas de internação não surtiu efeito. Foram tantas as exigências que não houve interessados.

Financiamento das ações
Agora, a presidente Dilma tenta tomar as rédeas do processo. No último dia 22, ela prometeu incluir as entidades de combate às drogas dentro das estratégias de governo, além de criar forma de financiamento das ações. A presidente, no entanto, rejeitou proposta de criar por medida provisória uma contribuição social de 1% sobre a venda de bebida e tabaco, para financiar o Fundo Nacional de Combate às Drogas. O governo analisa agora como financiar o problema. Os R$ 410 milhões destinados ao combate às drogas no ano passado foram pulverizados entre os ministérios da Saúde, que ficou com R$ 90 milhões; da Justiça, ao qual coube R$ 220 milhões; e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, que abocanhou R$ 100 milhões. Dos agraciados com a verba, apenas a pasta de Saúde diz ter gasto R$ 70 milhões dos R$ 90 milhões recebidos para a área.

Apesar da baixa execução orçamentária, a base do governo na Câmara dos Deputados pretende impedir um contigenciamento dos recursos destinados ao enfrentamento de drogas na votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que deve entrar na pauta na próxima semana. “Primeiro é necessário trabalhar a destinação orçamentária e a qualidade da política pública e depois a baixa execução, que não corresponde com a necessidade de enfrentamento”, destacou a deputada Érika Kokay (PT-DF), que integra a Comissão Especial de Políticas Públicas de Combate às Drogas. O psiquiatra Aloísio Andrade, presidente do Conselho Estadual de Política sobre Drogas de Minas Gerais, diz que é frustrante ver que os recursos do governo federal não têm conseguido alterar a realidade do assistência ao dependente no Brasil. “Enquanto patinamos sem uma política eficaz de combate à dependência química, estamos formando um exército de mulas em cabeça, soltando fogo pelas ventas", diz Andrade, se referindo aos usuários de crack.

Fonte: Correio Braziliense



Flanelinhas ainda exercem a profissão ilegalmente

A situação se repete nas ruas da cidade. O motorista estaciona o veículo em uma vaga e logo aparece alguém pedindo para vigiar o carro em troca de dinheiro. Constrangidos com a abordagem cada vez mais ousada, muitos condutores cedem ao pedido com medo de terem o carro arranhado ou de sofrerem algum tipo de agressão. Atualmente, existem 1.421 guardadores e lavadores cadastrados na Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest), que possuem autorização para exercer a atividade. Todos devem usar coletes verdes e crachás de identificação. A reportagem do Correio percorreu as ruas do Setor Comercial Sul e o estacionamento de um shopping no centro da cidade e verificou que muitos não trabalham uniformizados ou exercem a profissão ilegalmente.

De acordo com os dados da 5ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), de janeiro a 22 de junho deste ano, 194 pessoas foram autuadas por não possuírem a autorização do governo local — média superior a uma por dia. Elas foram pegas nas ruas trabalhando como guardadoras e lavadoras de carros, mas não apresentaram qualquer documento que comprovasse a participação no curso oferecido pela Sedest. De acordo com o delegado-chefe, Laércio Rossetto, a cada 10 pessoas levadas para a delegacia, oito têm passagem pela polícia. A maioria por furto, tráfico e uso de drogas. Alguns, no entanto, eram acusados de homicídio. Em 2010, 61 foram autuados na mesma condição.

Em 21 de junho, Antônio Erasmo de Oliveira, 44 anos, foi identificado e preso como autor do crime de roubo seguido de violência sexual contra uma mulher de 45 anos. Após o crime, policiais civis da 1ª DP (Asa Sul) localizaram o acusado trabalhando como flanelinha no estacionamento do Hospital de Base. Antônio tem diversas condenações, no Distrito Federal e no Rio de Janeiro, por roubo qualificado, atentado ao pudor, estupro, sequestro e cárcere privado. “O centro da cidade não pode ser terra sem lei, eles estão intimidando, ocupando os espaços públicos e cobrando como se fossem donos dos terrenos. Qualquer um tem o direito de ir e vir, mas não de incomodar e ameaçar”, diz Rossetto.

Surpresa
A gerente de contas Daiann Virginio, 31 anos, moradora do Jardim Botânico, já foi ameaçada por um guardador de carros no estacionamento de um shopping da capital federal. “Estava indo com muita frequência lá por causa do trabalho e ele queria me cobrar pela semana. Eu disse que não ia pagar e ele falou para eu não deixar mais o carro lá, pois teria uma surpresa”, conta. Até hoje, Daiann fica desconfiada quando precisa voltar ao local. Apesar da ameaça, ela costuma deixar o carro sob a responsabilidade de um flanelinha no Setor Comercial Sul. “Nele eu confio e todo mundo do trabalho deixa as chaves. É isso ou não tem onde estacionar. Em quatro anos, nada aconteceu”, explica.

Perto dali, a empresária Helena Carvalho, 42 anos, moradora de Taguatinga, perdeu quase uma hora para conseguir uma vaga. Ela vai ao Setor Comercial Sul com frequência, mas não confia nos guardadores. “Medo, todo mundo tem, a gente nunca sabe o que eles podem fazer. Prefiro esperar para estacionar, fico esperando até alguém sair”, diz. “Sempre fico intimidada com a forma com que eles nos abordam. Faço um sinal positivo e dou uma moeda por medo. Já arranharam o meu carro porque não dei dinheiro”, conta a empresária.

E é essa fama que incomoda o guardador e lavador Nilson Moreira, 49 anos, morador de Valparaíso. Ele fez o curso da Sedest há um ano, mas trabalha nas ruas de Brasília desde 1973. “Esses falsos flanelinhas atrapalham muito a gente que trabalha direito”, lamenta. O presidente do Sindicato dos Guardadores e Lavadores de Carro do Distrito Federal, Valdivino Diogo da Silva, luta para acabar com o trabalho ilegal. “Quem não está com colete deve sair fora, tem que haver uma punição mais firme”, diz. “A gente sai pela rua, recolhe colete roubado, sabe quem é trabalhador e quem é traficante. Mas, para a polícia, somos todos marginais.”

Fiscalização
De acordo com o subsecretário de Operações da Secretaria de Ordem Pública e Social (Seops), Alexandre Sérgio Ferreira, o órgão realiza diversas ações em todo o Distrito Federal e retira das ruas aqueles que trabalham como guardadores de carros, mas não têm registro profissional. “Levamos essas pessoas para a delegacia, esse é o nosso papel. Mas o governo deve abrir uma frente de trabalho para tirá-las da informalidade”, ponderou. O subsecretário admitiu não conseguir evitar que eles voltem às ruas, mas garantiu a continualidade das ações para fiscalizar a atuação dos flanelinhas.

O que diz a lei...

A Lei Federal nº 6.242, de 23 de setembro de 1975, dispõe sobre o exercício de guardador e lavador autônomo de veículos. O artigo 1º determina que o exercício da profissão depende de registro na Delegacia Regional do Trabalho. De acordo com a determinação, a concessão só é concluída se o interessado apresentar Carteira de Identidade, Atestado de Bons Antecedentes, certidão negativa, comprovantes de votação eleitoral e documento que comprove a quitação com
o serviço militar. O Decreto nº 79.797, de 6 de agosto de 1977, regulamenta o exercício da profissão. O guardador atuará em áreas externas públicas, destinadas a estacionamentos, e compete a ele orientar ou estacionar e retirar os veículos
das vagas, mas, para isso, ele deve ser habilitado e autorizado pelo proprietário.
O carro e os objetos que estiverem em seu interior ficarão sob vigilância do guardador, de acordo com o parágrafo 3º. Todos deverão apresentar cartão de identificação fornecido por sindicato, cooperativa ou associação.

Marcello da Silva Batista

FGTS para doméstica confunde empregador

As empregadoras que se dispõem a pagar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) das domésticas -benefício que não é obrigatório para a categoria- reclamam das dificuldades no procedimento. Como resultado, muitas acabam desistindo.

Apenas 4,65% de 1,99 milhão de trabalhadoras com carteira assinada no país recebem o pagamento, segundo os últimos dados da Caixa Econômica Federal, de maio. O número, no entanto, poderia ser maior, afirmam especialistas no tema.

A discussão ganha força com a possibilidade de o depósito se tornar obrigatório. Após a Organização Internacional do Trabalho ter aprovado uma convenção que estende para os domésticos os direitos de outras categorias, o Ministério do Trabalho anunciou que irá elaborar uma proposta nesse sentido.

"O processo precisa ser facilitado para se tornar acessível. O empregador não tem um departamento humano, com profissionais que têm conhecimentos específicos, para fazer esse pagamento", diz Mario Avelino, presidente do Instituto FGTS Fácil.

Há até um projeto de lei em tramitação, do senador Paulo Paim (PT-RS), que pretende simplificar o recolhimento do FGTS pelo empregador doméstico.

DOCUMENTO

Entre os requisitos para iniciar o depósito, está a inscrição do contratante no Cadastro Específico do INSS. Para isso, ele deve procurar uma agência do INSS ou solicitar a matrícula pela internet.

O patrão deverá ainda baixar uma guia (GFIP Avulsa) para realizar o pagamento. O documento possui mais de 40 campos. Entre eles, um que pede o número do PIS/Pasep do funcionário. Se o empregado não possuir o dado, é necessário fazer mais essa inscrição.

Para o superintendente nacional de FGTS da Caixa, José Maria Oliveira Leão, o procedimento não é complicado. "A pessoa pode até ter alguma dificuldade no primeiro recolhimento, mas nos seguintes, fica mais simples", avalia.

Após recusar teste do bafômetro, Romário bate-boca no Twitter

O deputado federal e ex-jogador Romário (PSB-RJ) bateu boca neste domingo no Twitter com seguidores que criticaram o fato dele ter se recusado a fazer o teste do bafômetro na madrugada deste domingo (10), no Rio. Romário teve a carteira de habilitação apreendida após ter sido parado pouco depois da meia-noite numa blitz da Lei Seca na avenida Armando Lombardi, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

No começo da discussão na internet, Romário afirma que é pública a informação de que não bebe. "Não é novidade q vcs sabem q eu não bebo né, e tb não é novidade q já fui parado outras vezes.Como qualquer cidadão tenho direito de recusar."

Na sequência, ele diz ser "100% a favor da Lei Seca, os números, pesquisas e estatísticas já comprovaram q diminuiu e muito o numero de acidentes", mas ao ser provocado por seguidores que diziam não acreditar que o ex-atleta não bebe, responde: "Não me preocupo nem um pouco se alguém acredita ou não sobre este assunto de eu beber".

Mesmo irritado, com muitos seguidores que usam palavra de baixo calão para ofendê-lo, Romário não baixou o tom ao nível de seus críticos."Tô recebendo uns twits aqui dizendo pra eu bloquear os babacas e imbecis q querem fazer graça em cima de mim. Pelo contrário."

"Só uma perguntinha p alguns : Qual foi o mau exemplo q eu dei em relação à blitz da Lei Seca?", questiona em meio a ofensas de seguidores.

O documento do deputado ficará retido por cinco dias e o deputado terá de pagar multa de R$ 957,70 e responderá processo administrativo no Detran.

O carro, uma Land Rover, foi liberado porque um dos acompanhantes do ex-jogador estava habilitado para conduzir o veículo.

A assessoria parlamentar do deputado confirma que a conta Romário11 é do parlamentar, mas não comentou o assunto.

Romário tem mais de 219 mil seguidores no Twitter.

Fonte: Folha.com

Marcello da Silva Batista

Mergulhadores acham 110 corpos em barco que afundou no Volga

Os mergulhadores que participam dos trabalhos de resgate encontraram cerca de 110 corpos --30 deles de crianças-- no interior do barco "Bulgaria", que afundou no domingo (10) com quase 200 pessoas à bordo nas águas do rio Volga, informou hoje o escritório de imprensa do Serviço de Resgate da república autônoma da Udmúrtia.

"Segundo a prospecção preliminar feita por mergulhadores da república da Tartária, no barco há aproximadamente 110 corpos, 30 deles de crianças", afirma em comunicado o Serviço de Resgate citado pela agência Interfax.

Mais cedo, um porta-voz do centro regional de Emergência havia dito que o número de mortos no acidente poderia "se aproximar de pessoas que se encontram desaparecidas" e que eram "poucas as possibilidades de encontrar sobreviventes".

Por enquanto, as autoridades russas confirmaram a morte de seis pessoas que viajavam a bordo do "Bulgaria", um barco fabricado na Tchecoslováquia em 1995.

Segundo o porta-voz de Emergência, equipes de resgate rastreiam ambas as margens do rio e as ilhotas que há na área onde o "Bulgaria" foi a pique na busca de sobreviventes.

As autoridades locais informaram que 50 passageiros, 23 tripulantes e outras seis pessoas que não figuravam na lista de viajantes foram resgatados com vida.

O naufrágio, cujas causas são desconhecidas, aconteceu às 13h58 (horário local, 6h59 de Brasília) do domingo, junto à localidade de Siukeyev, quando o barco realizava uma travessia entre Bolgar e Kazan, na república da Tartária.

De acordo com a Emergência, na região onde o barco afundou a profundidade do grande rio russo supera os 20 metros.

Fonte: UOL

Marcello da Silva Batista

Inadimplência no semestre tem maior alta em 9 anos

Levantamento da Serasa Experian apontou o maior crescimento do nível de inadimplência em operações de crédito ao consumidor desde 2002, considerando o período semestral.

Entre janeiro e junho deste ano, o indicador de atraso nos pagamentos teve aumento de 22,3%. Segundo a área de análise da Serasa, o aumento dos juros, a alta do IOF (imposto sobre operações financeiras) e o encarecimento geral do crédito levaram à maior frequência de atrasos.

Somente em junho, o nível de inadimplência aumentou 7,9%, na comparação com maio e 29,8% em relação ao sexto mês do ano passado. Trata-se da maior variação desde maio de 2002.

No encerramento do semestre, os atrasos nos pagamentos de dívidas bancárias puxaram o índice mensal, com um aumentou de 8,1%, seguido pelas dívidas não bancárias (cartões de crédito, dívidas com financeiras, e contas de serviços públicos) e cheques sem fundo.

Marcello da Silva Batista

Reator 1 de Fukushima será coberto com lâminas de poliéster

A Tokyo Electric Power Company (Tepco), operadora da usina nuclear de Fukushima, começará neste mês a cobrir o edifício do reator 1 da central com lâminas de poliéster para tentar evitar que mais substâncias radioativas se dispersem.

A empresa planeja realizar a mesma operação nos edifícios das unidades 3 e 4, embora ainda não tenha dado datas específicas para isso, informa nesta quarta-feira, 15, a emissora japonesa NHK.

Além de prevenir a propagação das substâncias radioativas, o plano também procura evitar que as precipitações alaguem ainda mais os recintos dos reatores 1, 3 e 4, gravemente danificados por explosões após o terremoto de 11 de março.

A Tepco anunciou que as lâminas, de aproximadamente um milímetro de espessura, serão acopladas à estrutura de aço do edifício do reator 1, de 54 metros de altura.

A previsão é que a operação seja finalizada no fim de setembro, segundo a NHK.

Por outro lado, a Tepco informou que um novo sistema que começou a testar na terça-feira para descontaminar a água radioativa da usina parece funcionar com sucesso.

Após os primeiros testes, os técnicos comprovaram que o nível de césio 134 da água depois do tratamento era 2.900 vezes inferior, enquanto o de césio 137 tinha diminuído 3.300 vezes, indicou a emissora pública japonesa.

O sistema deverá ser iniciado na sexta-feira a fim de descontaminar as mais de 105 mil toneladas de água radioativa acumuladas nas instalações de Fukushima Daiichi.

O tratamento da água representa um importante passo nos trabalhos para controlar a central, já que a elevada radioatividade do líquido impede a passagem dos trabalhadores a várias zonas.

A Tepco espera poder levar os reatores de Fukushima ao estado de parada fria até janeiro de 2012.

Rio soma 60 mil homicídios a esclarecer em 10 anos

A Polícia do Rio tem uma dívida acumulada de pelo menos 60 mil homicídios não esclarecidos, a maioria ocorrida nos últimos dez anos. Entre as vítimas, 24 mil sequer foram identificadas. Os números foram levantados pelo Ministério Público do Rio para cumprir a meta estabelecida pela Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp), do Ministério da Justiça, que pretende elucidar ou arquivar todos os homicídios registrados até 31 dezembro de 2007.

Levantamento da Divisão de Homicídios (DH) mostra que na capital fluminense, que concentra a maioria dos homicídios, a elucidação pouco evoluiu. A divisão, criada em janeiro de 2010, esclareceu em seu primeiro ano de funcionamento 14% dos 1.425 homicídios dolosos.

Em 2007, análise do sociólogo Michel Misse apontava que no mesmo prazo a polícia esclarecia 11% dos assassinatos. Em 1994, o antropólogo Luiz Eduardo Soares apontou que 7,8% destes crimes eram denunciados ao MP com a autoria identificada em dois anos de investigação.

Nesta semana, a população teve mais uma demonstração das limitações da polícia: a investigação sobre o sumiço de Juan Moraes, de 11 anos. Ele desapareceu em 20 de junho durante ação da PM em Nova Iguaçu, mas a busca começou 9 dias depois. Uma testemunha, Wanderson de Assis, de 19, foi preso como traficante e depois ingressou no Programa de Proteção à Testemunha.

A perícia nas viaturas policiais foi feita uma semana depois e encontrou sangue. No dia 30, a Polícia Civil anunciou que uma ossada havia sido achada, mas a perícia disse que era uma menina. Uma semana depois, o exame de DNA provou que os restos mortais eram de Juan. A perita e o delegado foram afastados e os quatro policiais suspeitos de matar Juan e ocultar o cadáver estão sendo investigados.

O Rio está perto da média nacional de 8% de elucidação dos crimes, segundo o Mapa da Violência 2011. Países europeus e os Estados Unidos trabalham com média de 70% a 80%, embora registrem bem menos crimes do que o Brasil. Entre os homicídios não solucionados no Rio, o último caso de grande repercussão foi o da engenheira Patrícia Amieiro, cujo corpo está desaparecido desde 14 de junho de 2008, depois de seu carro ser atingido por disparos de PMs, ainda não julgados.

Gestora do Enasp no Rio, a promotora Renata Bressan diz que parte do problema é do Judiciário. "Não é só a polícia que é culpada. Em algumas comarcas, o número de processos ficou alto, porque juízes se negam a arquivar casos. Quando promotores acumulam muito trabalho, eles passam a trabalhar por amostragem." Segundo o Conselho Nacional do Ministério Público, Minas ocupa o segundo lugar no ranking dos homicídios não esclarecidos, com 20 mil casos. São Paulo teria 1,2 mil.

Falhas. A promotora aponta que a má gestão do programa Delegacia Legal, criado em 2000, contribuiu para o alto número de inquéritos inconclusos. Para cada Delegacia Legal, uma Delegacia de Acervo Cartorário (Deac) era criada para finalizar os inquéritos antigos e permitir que distrito informatizado começasse do zero. Caberia à Deac investigar os casos inconclusos, o que não aconteceu. "Na prática, o acervo cartorário virou um cemitério de inquéritos."

Marcello da Silva Batista

Verticalização atinge todo o País e 1 em cada 10 brasileiros já mora em prédios

"Reserve já o seu apartamento no Real Park Residence, condomínio clube próximo do Unique Shopping, com três quartos, duas vagas e academia", diz o anúncio de um prédio neoclássico, com andares a perder de vista. Seria mais um entre tantos folhetos distribuídos nos semáforos de São Paulo ou do Rio, não fosse a propaganda de um edifício em Parauapebas, no Pará, um município a 700 km de Belém e que há duas décadas não passava de uma grande mata.

Quem considera que "boom imobiliário" é uma expressão recorrente apenas nas grandes metrópoles brasileiras nunca esteve em Parauapebas ou em municípios como Ariquemes, em Roraima, ou Marabá, no Pará. Um recorte inédito do Censo Demográfico 2010 feito pelo Estado mostra que a verticalização se espalhou pelo País e cidades pequenas e médias são hoje os principais motores dessa tendência.

Nos últimos dez anos, o número de apartamentos da Região Norte cresceu em um ritmo 3,5 vezes maior que no restante do Brasil - que tem hoje 6,2 milhões de apartamentos, um número 43,2% maior do que em 2000.

Hoje, 1 em cada 10 brasileiros mora em prédios. A proporção ainda é duas vezes menor no Norte, mas o crescimento em locais como Rondônia, Amapá e Tocantins foi sem precedentes. Nesses Estados, os apartamentos se multiplicaram por sete e cresceram proporcionalmente 15 vezes mais que em São Paulo.

Entre as explicações, estão o aumento da renda, do emprego e do crédito. Morar em prédios também se transformou em status, símbolo de prosperidade. Além disso, a falta de terrenos nas grandes metrópoles levou o mercado imobiliário a novos endereços, seja para construir prédios para famílias de baixa renda ou para erguer torres neoclássicas nos moldes paulistanos.

Infraestrutura. O problema oculto nesses números dignos de crescimento chinês é que, com todos esses prédios, vieram as pessoas. E, com as pessoas, apareceram o trânsito, os assaltos, a falta de esgoto e muitos outros problemas estruturais, que nessas cidades se mostram ainda mais acentuados por falta de planejamento.

Para se ter ideia, 90% dos governos municipais não têm sequer um arquiteto ou engenheiro. Enquanto o adensamento urbano pode tornar as cidades mais compactas e funcionais, a verticalização sem regras piora consideravelmente a qualidade de vida dos moradores.

A preocupação, segundo especialistas, é que esses municípios estão repetindo os mesmos erros das grandes capitais que se verticalizaram nas décadas anteriores. "Temos legislações tão atrasadas que podem ser comparadas às americanas ou europeias do século 19. Não há discussão urbanística alguma nessas cidades", diz o urbanista Kazuo Nakano, do Instituto Pólis.

Marcello da Silva Batista

Eles ajudarão a fazer a Copa mais segura

Um é especialista em policiamento das áreas externas de praças esportivas, com tese de doutorado sobre o tema. Outro é a principal referência em policiamento nos estádios de futebol de São Paulo, com duas Copas do Mundo nas costas. Juntos, o tenente-coronel Carlos Celso Savioli, de 49 anos, e o major Leandro Pavani Agostini, de 47, estão levando o 2.º Batalhão de Polícia de Choque da Polícia Militar paulista a exportar o know-how conquistado em estádios de futebol da cidade a pessoas de outros Estados e até de fora do País.

Com a proximidade da Copa do Mundo do Brasil, o curso de policiamento em eventos para oficiais, comandado por Savioli e coordenado por Agostini, passou a reservar uma em cada quatro vagas para militares de outras partes do Brasil: das 35 vagas possíveis, até dez são destinadas a oficiais de corporações de outros Estados. Para a próxima edição, prevista para ocorrer entre 8 e 26 de agosto, quatro cadeiras já estão reservadas para policiais militares de Pernambuco. "Nos últimos cursos, recebemos oficiais de Amazonas, Mato Grosso e Ceará. Mesmo Estados que não têm cidade-sede do Mundial estão interessados. É um evento que vai mexer com o Brasil inteiro", diz Savioli. "Neste ano, recebemos visita também de policiais do Uruguai, interessados em nosso trabalho", orgulha-se.

Tradição. Especializada em policiamento em eventos, o 2.º Batalhão de Choque da PM paulista se tornou referência. Criado dois anos depois da Revolução Constitucionalista de 1932 como uma divisão de reserva para ficar à disposição do governador do Estado e atuar no controle de eventuais tumultos, o batalhão estreou em campos de futebol com 207 homens, em julho de 1934, em um jogo do Palmeiras, na época Palestra Itália, no Estádio do Parque Antártica, na zona oeste da cidade.

Hoje o batalhão tem cerca de 600 policiais e marca presença em todas as partidas de futebol profissional realizadas na capital. Para grandes jogos, como a decisão da Copa Libertadores entre Santos e Peñarol no Pacaembu, no mês passado, o batalhão destaca até 250 homens.

"Em 77 anos de história, criamos uma cultura de estádio que passa de policial para policial. Lá dentro você sente aqueles torcedores como se fossem uma só pessoa. Reagem da mesma maneira. Até por isso, o policial precisa estar atento ao jogo, olhar para a partida também. Isso influencia o comportamento daquelas pessoas", ensina o tenente-coronel.

Filho de um coronel da PM, Savioli entrou na corporação aos 19 anos. Em 2009, credenciou-se para comandar o batalhão após concluir tese de doutorado sobre estratégias de policiamento nas áreas externas dos estádios no Centro de Aperfeiçoamento e Estudos Superiores (Caes) da PM.

No comando do batalhão, confessa que faz uma contagem informal do tempo em que não estoura uma briga nos estádios paulistanos, como se tivesse na cabeça uma daquelas placas que registram há quantos dias não acontece um acidente em uma obra. "A última vez foi em um Corinthians e São Paulo no Morumbi, em setembro de 2009. São dois anos", diz. "Quando a gente é obrigado a tomar uma atitude repressiva, é motivo de aborrecimento. Fico até doente."

Palestras. Sob o comando de Savioli, o curso, que surgiu para aprimorar a formação de oficiais para atuar nos estádios paulistas, passou por uma adequação curricular feita especificamente para a Copa. A mudança usou como base a experiência do major Leandro Agostini, que trabalhou nos Mundiais de 2002, Japão-Coreia, e de 2010, na África do Sul. "Nessas adaptações, inserimos matérias sobre o perfil do público em eventos internacionais e outras mudanças, como um comparativo da legislação nos eventos da Fifa."

Integrante do comitê paulista para a organização da Copa de 2014, o major foi o responsável pela elaboração do programa paulista de segurança para o evento, concluído em julho do ano passado. Isso foi pouco depois de voltar do Mundial da África, onde atuou como observador oficial. Em 2002, viajou em um intercâmbio oficial com a polícia nacional japonesa. "Como preparamos com uma certa antecedência o programa paulista, ele está servindo de modelo para outros Estados."

Desde 2009, segundo o major, foram dezenas de palestras em seminários e encontros, alguns deles promovidos pelo Ministério da Justiça. Só neste ano foram sete palestras, quatro em Brasília e três no Rio, onde na próxima quarta-feira vai participar de outro seminário sobre grandes eventos, organizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Na PM desde os 21 anos, o major também lembra dos dois anos sem tumultos nos estádios paulistanos e, como todos no batalhão, orgulha-se disso. "Gosto de futebol e gosto muito do meu trabalho. Hoje digo que se pode levar a família a um estádio."

Fonte: Estadão

Marcello da Silva Batista

Pelo menos 50 presos cavam túnel e fogem de delegacia no Paraná

Pelo menos 57 presos fugiram da delegacia de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, durante a madrugada desta segunda-feira, 11. Eles cavaram um túnel de, aproximadamente, 10 metros e saíram pelo terreno vizinho, que fica ao lado da delegacia.

De acordo com informações do delegado Gil Tesserolli, 17 detentos já foram recapturados. Equipes realizam buscas na região em busca dos outros fugitivos.

Segundo o delegado, quatro policias estavam trabalhando no plantão no momento da fuga. As circunstâncias da fuga são investigadas.

Gol pode aumentar pedido à Boeing após compra da Webjet

A Gol pode aumentar seu pedido de aviões à Boeing depois de ver aprovada a compra da rival de menor porte Webjet, afirmou o presidente-executivo da companhia aérea, Constantino de Oliveira Junior, nesta segunda-feira.

Ele afirmou ainda que, uma vez concluída a aquisição, a Gol poderia renovar a frota da Webjet em 18 a 24 meses.

A compra da Webjet, quarta maior companhia aérea do Brasil em participação de mercado, foi anunciada pela Gol na sexta-feira por 311 milhões de reais, incluindo dívidas de cerca de 200 milhões de reais.

Com a Webjet, a Gol assume a liderança de participação em 8 das 10 principais rotas do Brasil, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e se aproxima da líder nacional TAM.

Entre os motivos citados por Constantino Junior para a aquisição está a frota da Webjet, composta por 24 jatos 737-300 da Boeing, modelo mais antigo que os 737-700 e 737-800 Next Generation operados pela Gol.

Segundo o presidente da Gol, isso deve simplificar a incorporação da operação da Webjet, não exigindo muito treinamento de pessoal, por exemplo.

"O plano é renovar a frota da Webjet com 737-700 e 800. Estamos imaginando que se o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e a Anac aprovassem hoje a operação, por exemplo, poderíamos renovar toda a frota em 18 a 24 meses", disse o presidente da Gol em teleconferência com jornalistas.

Segundo ele, a companhia pode aumentar o pedido de aviões para a Boeing para tornar a frota da Webjet mais eficiente. Em 2010, a Gol encomendou até 30 jatos 737-800 NG com entregas previstas para entre 2014 e 2017.

"Tem a possibilidade de ampliar nosso pedido junto à Boeing", disse Constantino. "A questão é que, se faço pedido hoje, a Boeing vai entregar em 2016, o que não resolveria o problema no curtíssimo prazo... Naturalmente, com uma frota maior, a tendência é que nós venhamos a ampliar também nosso pedido junto à Boeing para manter nossa frota jovem." Ele não comentou quantos aviões poderia adicionar ao pedido feito à fabricante norte-americana.

Além da encomenda adicional de aeronaves, a Gol trabalha com outras duas possibilidades: atualizar a frota da Webjet com renovação de alguns de seus contratos de leasing, mantendo os aviões da empresa e retornando apenas os 737-300, e buscar novos leasings operacionais de jatos.

A união de Gol e Webjet deve criar sinergias de 100 milhões de reais que poderiam ser capturadas dois anos após a aprovação do negócio por órgãos reguladores, disse o vice-presidente financeiro da empresa, Leonardo Pereira.

Segundo ele, os principais indicadores financeiros da Gol não devem ser alterados por ora. Até a aprovação da compra da Webjet, as empresas serão geridas de maneira separada.

Pereira afirmou que a dívida de cerca de 200 milhões de reais da Webjet tem vencimentos entre 2011 e 2015, e que a intenção da Gol é melhorar o perfil desse endividamento após a aprovação da compra por autoridades.

As ações da Gol recuavam 2,23 por cento perto das 12h, a 19,33 reais, contra queda de 1,55 por cento do Ibovespa. Na sexta-feira, os papéis da companhia aérea tiveram valorização de 3,51 por cento, diante da expectativa de que a compra da Webjet fosse anunciada após o pregão, o que se confirmou.

Fonte: Abril

Marcello da Silva Batista

Nestlé compra 60% de produtora chinesa de doces por US$1,7 bi

A Nestlé, maior companhia de alimentos do mundo, vai pagar 1,7 bilhão de dólares por uma participação de 60 por cento na fabricante chinesa de doces Hsu Fu Chi International.

A operação, maior aquisição já feita pela Nestlé na China, leva a companhia suíça para mais perto da meta de ter 45 por cento das vendas vindo de mercados emergentes em cerca de dez anos.

"Certamente não foi barato, mas é o preço que você tem que pagar para ter acesso a este mercado de alto crescimento", disse Jean-Philippe Bertschy, analista do Vontobel.

Mais cedo este ano, a Nestlé comprou 60 por cento de participação no Yunly Foods Group por um valor não revelado.

A Hsu Fu Chi produz doces, cereais, bolos e confeitos tradicionais chineses e emprega 16 mil funcionários. Se a operação for aprovada por acionistas independentes, a Nestlé vai ficar com uma participação de 16,5 por cento da família Hsu, que fundou a empresa em 1992 e permanecerá com 40 por cento do negócio.

Marcello da Silva Batista

Indústria de perfumes busca profissionais qualificados

O brasileiro gosta é de perfume. De acordo com a Euromonitor Internacional, empresa de pesquisa e análises de mercado e consumo, o Brasil é líder mundial de consumo de perfumes. No ano passado, o país teve faturamento de 6 bilhões de dólares contra 5,3 bilhões de dólares dos Estados Unidos.

Na indústria de perfumes, há espaço para profissionais da área de design, moda, marketing, administração e publicidade, dentre outros.

Atualmente, não existem cursos de graduação voltados para esse segmento, mas é possível completar a formação com cursos de especialização ou obter experiência em outras áreas, como, por exemplo, de cosmética. Atualmente, o profissional qualificado e com experiência vem do treinamento que as empresas oferecem ao longo da carreira.

O mercado busca “um profissional que valorize o mercado nacional, tenha um bom repertório cultural, no mínimo conhecimento de duas línguas estrangeiras, e pelo menos experiência no ramo da estética, cosmética ou higiene pessoal”, descreve Andreia Miron, coordenadora do curso de pós-graduação “A cultura do Perfume: essência e ciência” da Faculdade Santa Marcelina.

O mais importante, porém, é ter sensibilidade para a estética olfativa e sinestesia. A rotina do profissional dessa área envolve olfato, tato, audição, e trabalho com imagem, textura e sentido simultaneamente. E isto independe da formação do profissional.

De acordo com especialistas de mercado, um júnior na área de marketing tem em média, salário inicial de 5 mil reais e na área de gerência comercial, a partir de 7 mil reais.

Marcello da Silva Batista