Mais de 5.000 refugiados palestinos escaparam de um campo na cidade de Latakia, noroeste da Síria, depois de disparos das tropas do governo, indicou nesta segunda-feira a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês).
"Milhares de refugiados palestinos escaparam do campo. Lá havia 10.000 refugiados e mais da metade fugiu", disse Chris Gunnes, porta-voz da agência, que pediu o acesso imediato ao campo de Raml, situado no setor do porto sírio de Latakia.
Barcos de guerra intervieram pela primeira vez para tentar pôr fim aos protestos contra o governo sírio em Latakia, onde mais de 20 pessoas morreram no domingo.
De acordo com os militantes sírios, é a primeira vez que os navios de guerra entram em ação desde o começo dos protestos e que disparam contra uma localidade, neste caso Latakia, o maior porto do país.
As forças sírias bombardearam hoje bairros residenciais de Latakia, segundo moradores, no terceiro dia de ações militares contra áreas sunitas da cidade portuária, onde há crescentes protestos contra o regime de Bashar Assad.
O ditador, que pertence à seita minoritária alauíta, vem aumentando a repressão a manifestantes desde o início do mês islâmico sagrado do Ramadã, no primeiro dia de agosto, período em que os protestos por sua renúncia tem se intensificado.
Antes de Latakia, os militares já haviam atacado Hama, cenário de um massacre contra dissidentes em 1982, Deir al Zor, capital de uma província tribal no leste da Síria, e várias localidades na província de Idlib, que faz fronteira com a Turquia.
Marcello da Silva Batista
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