O laudo, se aceito pela Justiça no processo, pode impedir que Nunes seja levado a júri para ser julgado pelos homicídios. Com isso, o destino do réu seria o tratamento em uma instituição psiquiátrica.
A Justiça Federal, em Foz do Iguaçu, cidade onde Nunes foi preso tentando fugir para o Paraguai, decretou segredo judicial sobre o conteúdo do laudo.
O juiz federal substituto Mateus de Freitas Cavalcanti Costa disse que a decisão "visa preservar a privacidade e a intimidade do acusado, de sua família e da família das vítimas".
Após permanecer recolhido no presídio federal de Catanduvas (PR), Nunes está preso em hospital psiquiátrico na região de Curitiba.
CRIME
O cartunista e líder religioso Glauco Vilas Boas, 53, e o filho dele, Raoni, 25, foram assassinados a tiros no final da noite de 12 de março deste ano, em frente à casa em que moravam na cidade de Osasco (Grande São Paulo).
Cadu chegou a frequentar o local, onde ficava a sede da igreja Céu de Maria, fundada por Glauco em 1990 para difundir os princípios religiosos do Santo Daime.
Na noite do crime, Nunes apareceu no local armado com uma pistola e uma faca. Agrediu Glauco e Raoni e pediu, aos berros, antes de assassiná-los, para que o cartunista reconhecesse que ele era "Jesus Cristo".
Após o crime, Nunes fugiu de carro e só foi localizado durante abordagem na fronteira de Foz do Iguaçu com a cidade paraguaia de Ciudad de Leste.
Um policial federal chegou a ser ferido a tiros por Nunes na abordagem que antecedeu sua prisão.
Marcello da Silva Batista
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