O presidente da Comissão dos Direitos da Criança, do Adolescente e do Idoso da OAB-MG, Stanley Gusman, disse que J. está bem acompanhado e constatou que o adolescente estava à vontade na sala durante toda a audiência e assegurou que está sendo mantida a integridade física e emocional do menor.
Sem falar uma palavra, em menos de meia hora, o goleiro Bruno, Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, e Luiz Henrique Romão, o Macarrão, deixaram o Juizado da Infância e da Juventude, em Contagem (MG) e voltaram para a penitenciária Nelson Hungria.
Todos foram intimados a prestar depoimento na condição de testemunhas e chegaram no Juizado por volta das 13h30 desta quinta-feira, 22, mas decidiram não responder às perguntas do juiz Elias Charbil Abdou Obeid sobre a participação do menor J. no desaparecimento de Eliza Samudio.
Antes de entrar no Juizado, o advogado do menor, Eliezer Jonatas de Almeida, disse que como seu cliente já falou com o juiz, não haveria necessidade de falar novamente hoje. Ele afirmou ainda que J. está aliviado mas ansioso. Caso seja considerado culpado, o adolescente pode cumprir medida socioeducativa de até três anos de internação. O Ministério Público e o advogado de defesa do menor têm 24 horas cada para apresentar as alegações finais ao juiz.
"Ele não vai repetir palavras que não foram ditas e sim colocadas na boca dele. Essa história de mão jogada para cachorro não existe", disse Almeida, que alegou ainda que Bola e Nenêm não são as mesmas pessoas. Nenêm, segundo o menor, seria um homem, alto, magro, negro e calvo. Perguntado se foi a polícia que colocou as palavras na boca do menor, o advogado respondeu: "Vocês deduzem".
Almeida disse ainda que o menor sustenta que foi simplesmente contratado para dar um susto em Eliza. "Ele nunca soube quem é Bola e também não levou a polícia na casa do Bola".
Mesmo assim, o advogado do menor disse que não vai pedir a anulação dos depoimentos que já foram feitos porque estão apenas no inquérito e não na Justiça. O advogado do menor alega ainda que o menor teria sido agredido com um "tapa na cara' quando prestou depoimento no Rio de Janeiro.
Já os advogados dos outros suspeitos disseram apenas que seus clientes não falariam.
Marcello da Silva Batista
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