Segundo a delegada Adriana Sauthier Accorsi, titular da Delegacia de Proteção a Criança e Adolescente de Goiânia, afirmou que as investigações sobre o caso tiveram início há cerca de dois meses, após uma série de denúncias anônimas. Após o início das investigações, uma funcionária da creche também relatou as agressões.
Para comprovar as suspeitas de maus-tratos, a polícia decidiu instalar câmeras escondidas dentro do estabelecimento, o que acabou comprovando o crime, segundo a delegada. "Foi confirmado que ela [a proprietária] praticava tortura. Ela xingava, gritava e batia muito. As crianças tinham medo dela", afirmou ela.
Accorsi afirmou ainda que foram registrados casos em que a mulher obrigava crianças a ficarem sentadas na urina, esfregava mão de crianças em muro e colocava elas trancadas em banheiros no escuro.
A delegada disse também que, com base nas imagens, foi solicitada a prisão da proprietária da creche, mas que a Justiça não acatou o pedido. A suspeita já foi intimada à prestar depoimento, mas, de acordo com Accorsi, ela não compareceu. "Ela enviou apenas o advogado que disse que ela não quer ser filmada".
Uma nova data para que a suspeita seja ouvida ainda não foi marcada. "Agora estamos concentrados em ouvir os pais das crianças", disse a delegada.
Procurado pela reportagem, o advogado da suspeita, Rodrigo Mastrella, afirmou que ela ainda não se apresentou à polícia porque teme por sua integridade física. Ele acrescentou ainda que esteve na creche nos últimos dias para pegar alguns documentos e acabou sendo hostilizado.
Marcello da Silva Batista
Nenhum comentário:
Postar um comentário