Fishlow prevê que, num prazo de seis meses a um ano, os estímulos monetários serão retirados nos Estados Unidos. "O Federal Reserve já tem limitado o acesso às linhas de redesconto."
O professor americano não acredita no risco de estouro de uma bolha imobiliária na China. "Pode ser que haja especulação, mas o governo chinês já atuou via alta de juros. Não vejo esse problema nos próximos anos", disse.
O economista, que também dirige o Centro de Estudos Brasileiros e o Instituto de Estudos para a América Latina na Universidade de Columbia, vê com preocupação a trajetória crescente dos gastos públicos no Brasil. "As pessoas falam do superávit primário, mas esquecem que o Brasil tem déficit nominal de 3% do PIB." E acrescenta: "Com déficit no setor público, o governo não tem como poupar e, consequentemente, não vai ter como investir no ritmo necessário para sustentar o crescimento da economia brasileira."
Questionado sobre a importância da economia nas eleições, Fishlow disse que há estudos que mostram que, nos Estados Unidos, o desempenho da economia decide o vencedor. "No Brasil, no entanto, isso ainda não está acontecendo. Porém, lembro que, em 1994, Fernando Henrique Cardoso foi eleito por causa do Plano Real."
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