Com um terço da população de 30 mil habitantes atingida pela enchente, Água Preta terá de ser reconstruída em uma área livre de risco. De acordo com Coutinho, o governo estadual já desapropriou 219 hectares com esse objetivo. A intenção é abrigar os moradores em barracas do Exército durante a obra de reconstrução das casas.
Em Palmares, que também teve área desapropriada pelo governo estadual para reconstrução, o prefeito José Bartolomeu de Almeida Melo (PDT) espera a instalação de 500 abrigos do Exército. "Parte do povo quer voltar, mas vai ter de ter paciência", disse. Segundo ele, a ordem dos governos federal e estadual é não deixar áreas de risco serem reocupadas.
Mais vítimas. Segundo boletim divulgado ontem pela Defesa Civil de Alagoas, as três novas vítimas são de União dos Palmares, a 80 km de Maceió, e estavam desaparecidas desde a grande enchente da semana passada. Ainda segundo a Defesa Civil, o Estado tem 69 desaparecidos. Quinze cidades decretaram estado de calamidade pública, quatro estão em situação de emergência e 28 registraram prejuízos causados pelas enxurradas.
Em Branquinha, a 69 km da capital, o Corpo de Bombeiros resgatou 150 sem-terra que estavam ilhados na zona rural do município. Eles disseram aos bombeiros que estavam havia mais de uma semana à espera de socorro. Alguns comeram barro para não morrer de fome. Os bombeiros disseram que ninguém precisou ser hospitalizado. Em Murici, a parte baixa da cidade continua sem energia nem água.
Mais verba. O chefe de gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho, visitou áreas atingidas em Alagoas ontem.
Alagoas e Pernambuco também poderão receber do Ministério dos Transportes mais de R$ 70 milhões para recuperação das rodovias danificadas pelas chuvas, segundo informou ontem a assessoria do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O decreto para liberação dessa verba deve ser assinado ainda nesta semana.
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