Para ele, a capitalização em curso deverá somar 58 bilhões de dólares - o mesmo valor que o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse ser necessário captar, durante a teleconferência de ontem com jornalistas. O presidente da estatal afirmou, ainda, que a assembleia não vai debater todos os detalhes da capitalização. Saravalle, da Coinvalores, concorda. O analista aposta que a assembleia aprove o aumento de capital, mas não haverá detalhamento sobre a cessão onerosa de barris de petróleo.
Menor risco
O plano anunciado ontem enfatiza os investimentos em projetos no Brasil. Do total, 95% serão aplicados aqui. E a taxa de nacionalização exigida nos projetos será de 67%. Para Saravalle, a decisão é positiva para os fornecedores, e isto também pode repercutir até em novas aberturas de capital de empresas do setor de petróleo e gás. "A carteira da Lupatech duplicou de tamanho", afirmou. "E tem interessados nessas ações (que serão capitalizadas pela Petrobras)", disse.
Os investimentos no exterior diminuíram em relação ao último plano, mas o analista não vê isso como um problema. "Não vejo hoje um ativo de petróleo tão interessante como o pré-sal, e não haverá uma descoberta assim lá fora", disse. Entre as vantagens de investir mais no Brasil e diminuir investimentos no exterior, estão a redução da dependência de derivados no futuro, além da queda do risco cambial.
Marcello da Silva Batista
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