sábado, 28 de agosto de 2010

Polícia faz retrato falado do suspeito de assassinato no Park Way

A Polícia Civil do Distrito Federal confecciona o retrato falado do assassino do contador Gesley Nogueira Amaral, 42 anos, que morreu vítima de três facadas dentro de casa em um condomínio familiar, na manhã de quinta-feira (26/8), na Quadra 5 do Park Way. Ontem, agentes levaram a empregada doméstica da residência até a 4ª Delegacia de Polícia (Guará) para ser ouvida em depoimento. Ela é a única testemunha do crime. A mulher teria visto quando um homem invadiu a casa do contador, subiu as escadas e o esfaqueou. Gesley acabava de se vestir para ir ao trabalho, em um escritório de contabilidade em Águas Claras. Ontem, familiares e amigos se despediram dele trajados com camisetas brancas com a frase: “Saudade eterna, te amaremos para sempre”. O corpo de Gesley foi sepultado no Cemitério Campo da Esperança.

As circunstâncias da morte do contador são apuradas pelo delegado Jeferson Lisboa, chefe da 4ª DP. A primeira suspeita levantada pelos familiares era de que Gesley teria sido vítima de um assalto. Porém, o assassino fugiu sem levar nada. “Nenhuma hipótese está descartada (latrocínio e homicídio)”, ponderou o responsável pela investigação. “Todos os indícios serão investigados. Acredito que terminaremos antes de 30 dias”, limitou-se a dizer, temendo atrapalhar as investigações.

Gesley morava em um condomínio fechado, onde residem quatro famílias, todos parentes da esposa dele. Os muros que cercam as casas são altos, com cerca de 4 metros de altura, e o portão elétrico fica constantemente trancado. A família ainda não sabe como o assassino entrou no condomínio. Segundo a polícia, no momento do crime havia pessoas nas outras casas do conjunto.

Na manhã de quinta-feira, por volta das 8h, Gesley era o último a sair de casa. Ele ainda se vestia para seguir até o trabalho. O carro dele estava na porta de casa. Os três filhos, de 15, 12 e 9 anos, e a esposa, que é professora, já tinham saído para a escola. A empregada doméstica — que não teve o nome revelado — também estava na residência. Ela teria testemunhado o assassinato.

A faca usada no crime — tipo peixeira — está no Instituto de Criminalística da Polícia Civil para perícia. Amostras de sangue e impressões digitais ajudarão no desempenho da investigação. “Não podemos adiantar nada. Precisamos de provas técnicas”, disse Lisboa. Com o depoimento da doméstica, os peritos vão elaborar o retrato falado do invasor. “Ainda é cedo para dizer sobre a divulgação dele.” Durante o sepultamento, os familiares não quiseram dar entrevista.

Marcello da Silva Batista

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