O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, consulta neste sábado os principais órgãos do partido que lidera, o Fatah, e da OLP (Organização para a Libertação da Palestina) sobre o futuro do diálogo com Israel.
Os Estados Unidos convenceram israelenses e palestinos a retomarem as negociações diretas de paz, que começaram no início de setembro em Washington, pondo fim a quase dois anos de detenção brusca.
Até o momento, no entanto, os esforços da Administração americana fracassaram em alcançar uma solução de compromisso que permitisse aos palestinos continuar negociando enquanto Israel retoma a construção na Cisjordânia, ao expirar em 26 de setembro a moratória das obras nos assentamentos nesse território.
Desde primeira hora da tarde estão reunidos em Ramala importantes membros da OLP e do Comitê Central do Fatah para analisar quais serão as recomendações que explicarão perante as nações árabes que se reúnem na próxima semana no Cairo para abordar a questão e aconselhar a liderança palestina.
A posição palestina é que as negociações com Israel não podem continuar de forma paralela aos assentamentos, e essa será a tônica dominante nas reuniões que se mantêm durante o dia, segundo informa hoje o jornal "Al-Ayyam", editado em Ramala.
Espera-se que Abbas relate aos membros do Fatah e da OLP os últimos esforços norte-americanos, "que até o momento, não alcançaram nenhum avanço com relação a obrigar a Israel a cessar os assentamentos", manifestou o porta-voz da autoridade palestino, Nabil Abu Rudeina.
O enviado especial da Casa Branca para o Oriente Médio, George Mitchell, deixou Israel e os territórios palestinos ontem sem ter alcançado uma solução que permita sair deste primeiro obstáculo que representa a recusa israelense de prolongar por mais alguns meses a moratória a fim de dar uma oportunidade ao processo.
Na sexta-feira (1º), o primeiro-ministro israelense disse que os palestinos são os responsáveis pela atual estagnação nas conversas e afirmou que o reatamento da construção nas colônias da Cisjordânia não afetará o processo de paz.
"Durante 17 anos (os palestinos) negociaram com o governo israelense enquanto havia construção em assentamentos, incluído o último ano do anterior governo", manifestou o chefe do Executivo israelense em reunião com assessores.
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