"A capitalizacão da Petrobras trazia algum risco, porque envolvia um aporte de capital externo. Já esta sendo digerida, principalmente com compras do BC no mercado à vista. O BC está comprando recursos da Petrobras [que ingressaram no país para a capitalização da empresa]. Isso está sendo resolvido desta maneira", disse o ministro a jornalistas.
Apesar de dizer que o IOF não será elevado "neste momento", o ministro não descartou totalmente a possibilidade de implementar a medida no futuro. "Não tem nenhuma alteração de IOF neste momento. Depois das eleições, não sei (...) Não descarto nenhum mecanismo, mas não há a iminência da utilizacão de nenhum neste momento", disse Mantega. Segundo ele, todas as possibilidades "estão dadas" para o futuro.
O ministro da Fazenda explicou que a eventual adoção de algum mecanismo para conter a entrada de dólares nos próximos meses, que pressionam para baixo a cotação do dólar, vai depender do fluxo de entrada de recursos no país.
"A gente aumenta onde estiver 'pegando'. Onde estiver dando problema. A gente observa todos os mercados. Tem que olhar o mercado futuro, que é de swap reverso, e o BC faz isso quando avalia necessário. No caso da tributação, é a Fazenda quem faz. Eu olho todos os dias. Observo o movimento. Nesse momento, não há movimento que justifique essa medida", declarou Mantega.
O governo federal pode atuar em quatro frentes para tentar conter a queda do dólar, fator que barateia as importações e torna as vendas de empresas brasileiras no exterior mais caras. O Banco Central pode comprar dólares no mercado à vista, ou atuar por meio dos contratos de "swap reverso" no mercado futuro. O Tesouro Nacional, por sua vez, pode adquirir divisas para saldar os compromissos da dívida externa dos próximos dois anos, ou o Fundo Soberano pode ser acionado para adquirir os dólares, mecanismo que não foi utilizado até o momento.
Marcello da Silva Batista
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