O julgamento do ex-líder servo-bósnio Radovan Karadzic foi retomado hoje no Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia (TPII), cujos juízes consideram preocupante que o processo siga um ritmo tão lento e possa chegar a demorar quatro anos, e lembraram que seu trabalho não é somente a de preservar um julgamento justo, mas também rápido.
O processo é retomado hoje após duas semanas de recesso concedidas a Karadzic para que pudesse estudar o material que a Promotoria lhe entregou recentemente com novas provas, algumas das quais poderiam ser exculpatórias, segundo o acusado.
Essas provas são relacionadas com os diários do ex-líder militar servo-bósnio Ratko Mladic e que foram encontrados na residência de sua esposa.
O juiz que preside o caso se queixou tanto da "quantidade sem precedentes" de documentação apresentada pela Promotoria, assim como da infinidade de moções apresentadas pelo acusado, que começou em outubro de 2009.
O TPII deveria terminar os juízos em andamento em primeira instância antes de 2012, de acordo com o mandato das Nações Unidas.
Karadzic, que se defende a si mesmo, culpa os fiscais pela demora de seu processo, mas ele mesmo se negou a assumir um advogado de defensa, o que agilizaria o julgamento, segundo os magistrados, e solicitou todo tipo de adiamentos por se queixar da falta de tempo para preparar sua defesa.
O ex-líder servo-bósnio é acusado de 11 crimes de guerra e lesa-humanidade, supostamente ocorridos durante a guerra da Bósnia.
Marcello da Silva Batista
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