Os três foram assassinados com 73 facadas, em 28 de agosto do ano passado, no apartamento onde moravam, situado numa quadra nobre de Brasília.
O pedido da polícia foi feito ao Ministério Público e atinge a filha do casal, Adriana Villela, a delegada Martha, do policial José Augusto Alves, a vidente Rosa Maria Jaques e o marido dela, João Tochetto. Todos são suspeitos de atrapalhar as investigações em torno do crime em Brasília. Agora, o pedido de prisão depende de um parecer do MP e depois segue para as mãos do juiz Fábio Francisco Esteves, do Tribunal do Júri do DF.
A arquiteta Adriana Villela já havia sido presa anteriormente, mas conseguiu o direito a uma "liberdade restrita" da Justiça. Os delegados da Coordenação de Investigação de Crimes contra a Vida (Corvida), encarregados da investigação, apontam Adriana como mentora do crime. O motivo seria o patrimônio de mais de R$ 10 milhões deixado pelo casal. Mas até agora a Corvida não apresentou indícios consistentes para sustentar a acusação.
Ainda hoje o que se destaca no processo é a troca de acusações entre os policiais civis encarregados da investigação. Uma das provas seria a identificação de suas impressões digitais no apartamento do casal. Outro ponto seria sua suposta ligação com a vidente Rosa Maria Jaques, que se colocou à disposição da delegada Marta para apontar os criminosos e conduziu os policiais até Vicente Pires, uma área pobre da periferia de Brasília, onde foram localizados três suspeitos: Rami Jalau Kaloult, Cláudio José de Azevedo Brandão e Alex Peterson Soares.
A polícia teria encontrado com os dois últimos uma chave que abria a porta dos fundos do apartamento dos Villela. Eles foram presos, mas as prisões foram relaxadas por falta de provas consistentes.
Marcello da Silva Batista
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